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“Gerenciamento por categoria é uma jornada de conhecimento”, como uma boa estratégia pode transformar as suas gôndolas
No cenário atual do varejo supermercadista, compreender e aplicar o Gerenciamento por Categoria (GC) deixou de ser uma mera vantagem competitiva. Esse movimento passou a ser uma necessidade. Muito além de um simples planograma, o GC é um processo estruturado, contínuo e estratégico, que organiza a loja em torno do comportamento do consumidor, transformando a gôndola em uma ferramenta viva de conversão e resultado. E as melhores práticas de aplicação de um GC planejado, e que faça sentido para os objetivos de cada negócio, foi o assunto da palestra “Gerenciamento por Categoria: maximizando a gôndola”, conduzida por Fátima Merlin, CEO da Connect Shopper e mentora de GC, no Workshop Trade da SA+ Trade, promovido em parceria com a ASSERJ e a Associação de Supermercados das Américas (ALAS), realizado na última quarta-feira, 9 de outubro, no Lead Américas, na Barra da Tijuca. Logo de início, a palestrante deixou um recado bem claro a todos os presentes: “Existe uma ciência por trás do planograma. O planograma é 10% do trabalho do gerenciamento por categoria. O gerenciamento por categoria é um processo que começa há muitos anos e implica em várias coisas. Primeiro, conhecer o cliente. Como ele decide a compra?”. E deu um exemplo prático: “A primeira decisão para achocolatado, por exemplo, são os sabores. Se eu misturar chocolate com morango e outros sabores, deixo o coitado do cliente achando que está fazendo um shopper safari, perdido na gôndola sem entender nada. Essa segmentação equivocada gera confusão, desorganização e muitas vezes a não compra do cliente”. A definição de categorias A CEO da Connect Shopper enfatizou a premissa inicial para todo o processo, respeitar a hierarquia da decisão do cliente. Se isso não for tratado como primordial, o resultado será, inevitavelmente, a confusão e perda de venda: “Quando o planograma não respeita a hierarquia do shopper, isso gera improdutividade, ineficiência e, muitas vezes, perda de cliente. E pior: quando dou o mesmo espaço para marcas diferentes, ignoro o peso real de cada uma. Se uma tem uma porcentagem X e outra Y e elas têm o mesmo espaço, o que acontece? Ruptura daquilo que é relevante e superestoque daquilo que não é. Resultado: perdas e impactos diretos no desempenho da loja.” Por isso, Fátima Merlin reforçou: “GT não é planograma. Gerenciamento por categoria é um processo, que tem como um grande impacto o pilar do P de produto. 60% do resultado de um gerenciamento por categoria, e até do resultado do varejista, está atrelado ao mix ideal. Se eu tiver realmente aquilo que é relevante, de acordo com premissas orientadas pelo GC, respeitando os papéis de cada categoria, o que é destino, rotina, conveniência, sazonalidade, dentre outros, eu já tenho garantido 60% do meu resultado”. Esse mix ideal citado é construído a partir de uma análise estratégica e técnica, que começa pela definição dos papéis de categoria. “Como fazemos para classificar papéis de categoria? Na pior das hipóteses, vamos olhar presença em cupom e valor gasto. Quando olhamos isso, criamos um padrão. Muita presença em cupom e muito valor gasto: categoria destino, muita gente vai à loja e gasta bastante para comprar essa categoria. Quanto menor o gasto, mas ainda assim com muita presença em cupom, categoria rotina. E assim por diante. Tem que desenhar essa estratégia dos papéis de categoria e aplicar isso nas decisões de mix, promoção, pricing e de gôndola. Revisar o sortimento e a exposição a partir desse processo e monitorar resultado, para garantir que de fato se está conquistando aquilo que se almejava”, destacou a mentora de GC. O papel de cada categoria define como ela será trabalhada, quais produtos estarão presentes, o espaço que ocuparão e o tipo de ação promocional que merecem. Tudo orientado pelos cinco P’s (Produto, Preço, PDV, Promoção e “Prateleiras – Gôndolas”), como explicou a palestrante: “O papel da categoria determina como eu vou trabalhar cada categoria, o P de produto em termos de variedade, amplitude, profundidade de mix. Se é destino, eu tenho que ser especialista na categoria; se é rotina, reduzo a participação; se é conveniência, não preciso ter tudo de tudo. É o papel da categoria que determina cada P. Categoria destino, por exemplo, tem ruptura zero, não tolera. É a razão do cliente estar na loja. A gente cria regras de acordo com os papéis de categoria”. Segundo Fátima Merlin, um erro comum é tratar todas as categorias da mesma forma: “O que eu vejo visitando lojas é que tratamos praticamente todas as categorias iguais. Todas têm em média 5 a 8 marcas, todas as variantes de todas as marcas. Olha a oportunidade que temos de olhar o papel da categoria e aplicar isso em cada peça, inclusive no espaço que ela deve ocupar e na forma como deve ser segmentada.” A palestrante frisou que a aplicação do GC tem resultados claros e impactos imediatos para o negócio: “Chegamos a excluir entre 20% e 30% de itens irrelevantes que estão ocupando estoque e não trazem valor agregado, nem para o negócio, nem para o cliente. Estamos muitas vezes com mais coisas do que precisamos e, com certeza, não dando relevância ao que deveríamos”. Pilar essencial: o consumidor no centro das decisões Por conta desses dados, Fátima Merlin pontuou que o GC é, na verdade, a transformação da gôndola em um processo estruturado para melhorar a jornada de compra, facilitando a escolha do consumidor e entendendo a dinâmica de cada categoria convertida na prática. Ter muitas marcas e produtos semelhantes pode causar o efeito inverso do pretendido, criando uma barreira no processo de compra. A CEO da Connect Shopper também ressaltou que o GC, enquanto processo de consolidação de todos os P’s os conecta à proposta de valor e ao público-alvo. “O GC parte da proposta de valor do varejista: quem eu sou, o que quero entregar. Cada um tem uma estratégia, uma proposta de valor, ser um varejo de cuidados da casa, tradicional, de conveniência, gourmet. Isso implica em decisões de mix e na relevância de cada categoria. Mas mais do que clareza da proposta de valor, é preciso conhecer o público-alvo e o consumidor. Somar essas duas inteligências e desenhar tudo: produto, PDV, preço, promoção, gôndola na ótica do abastecimento e da exposição. Se eu pudesse resumir o GC em uma frase, seria: GC é todos P’s conectados. E, ali, pessoas.” A maior conclusão ao fim da apresentação de Fátima Merlin, para além da importância do GC, é que, no fim, sem pessoas preparadas, o processo não se sustenta: “Se não tivermos pessoas capacitadas para aplicar o gerenciamento por categoria, não como uma área, mas como um processo no dia a dia, vamos perder dinheiro e sem conectar todos os P’s com o cliente no centro das decisões”. E completou, com humor e propósito: “Quanto mais eu colocar o consumidor no centro das decisões, melhor será o resultado. Com um clique hoje o cliente pode nos trocar, se não atendermos ele da melhor forma.” Encerrando sua palestra, a CEO da Connect Shopper trouxe uma reflexão inspiradora sobre o propósito do GC: “Gerenciamento por categoria é mais do que técnica. É uma jornada de conhecimento, escuta, conexão e impacto. Quando todos os P’s se alinham ao propósito e ao público-alvo, o varejo supermercadista deixa de ser transação e passa a ser relação, e resultados.” Seminário Super Negócios Relembramos também que o Seminário Super Negócios de 2025 da ASSERJ já está com inscrições abertas. Confirmado para o dia 29 de outubro, às 14h, no Riale Brisa Barra Hotel, na Barra da Tijuca, o encontro é voltado para compradores e profissionais de marketing e trade, trazendo uma programação cuidadosamente estruturada para impactar diretamente o dia a dia, com conteúdos práticos e aplicáveis à rotina de cada setor. O keynote desta edição será Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil e uma referência mundial em liderança. Não perca a chance de participar dessa experiência completa, que reunirá conhecimento estratégico, boas práticas e networking qualificado para impulsionar os resultados. Para mais informações, entre em contato com o SAA.
09 de October, 2025
“Transformar PDV’s em pontos de mídia é a grande tendência”, como o retail media está mudando o jogo da atenção do consumidor
O comportamento do consumidor mudou, e com ele, o papel da comunicação dentro do varejo supermercadista também. Hoje, o jogo da atenção está cada vez mais fragmentado e a jornada de compra se tornou múltipla, atravessando diferentes telas, canais e momentos do dia. Nesse cenário, compreender o ponto de venda como um ambiente de mídia se torna fundamental. Esse foi o grande destaque da palestra “Retail Media: a nova fonte de receitas para o varejista”, ministrada por Tiago Alves, chefe de desenvolvimento de negócios e marketing da Varejo ADS / Árvore Digital, no Workshop Trade da SA+ Trade, promovido em parceria com a ASSERJ e a Associação de Supermercados das Américas (ALAS), realizado na última quarta-feira, 9 de outubro, no Lead Américas, na Barra da Tijuca. “Os shoppers estão buscando uma experiência de compra, e quando você está falando da experiência de compra no momento, no PDV, ela é muito mais receptiva que qualquer outro”, destacou Tiago Alves. No ponto de venda, o consumidor está emocionalmente e racionalmente disponível. Ele não apenas circula pelo ambiente, ele vivencia uma experiência de decisão, aberta a estímulos e mensagens que influenciam suas escolhas. Mas alcançar esse consumidor se tornou um desafio. Com a fragmentação das audiências e a queda da mídia linear tradicional, os planejamentos publicitários precisaram se reinventar, tornando-se mais digitalizados e orientados por dados. O chefe de desenvolvimento de negócios e marketing da Varejo ADS / Árvore Digital ressaltou: “O planejamento de mídia mudou, ele está muito mais digitalizado, está muito mais informatizado, está usando muito mais dados do que estava se usado antigamente. Então, ele precisa ter esse link com o retorno por parte do varejo”. Supermercados: um canhão de mídia A consequência desse novo modelo é que diversos ambientes cotidianos se transformaram em potenciais canais de comunicação, principalmente pela proximidade das decisões de compra, como pontuou Tiago Alves: “Então, isso transforma os canais de mídia em vários locais, que antes não eram abordados assim, mas passam a ser, porque estão inseridos na jornada do dia a dia”. “Por exemplo, quando olhamos o mercado americano hoje em dia, redes de supermercado têm mais audiência do que redes de TV. Quando que íamos falar sobre essa realidade? Isso tudo porque você consegue falar com mais gente, você alcança a audiência com mais gente, dentro do varejo”. Isso significa que as lojas deixaram de ser apenas espaços de venda e se tornaram potentes plataformas de mídia. “Transformar pontos de venda em pontos de mídia é a grande tendência”, frisou o palestrante. E o motivo dessa tendência é claro: o ponto de venda é o ambiente mais receptivo da jornada do consumidor. É ali que ele está disponível, atento e predisposto à compra, como explicou o chefe de desenvolvimento de negócios e marketing da Varejo ADS / Árvore Digital: “Quando falamos da receptividade por parte da audiência, estamos falando de uma pesquisa que foi feita nesse eixo de probabilidade de prestar atenção nos anúncios e a experiência com eles, perguntado se a experiência é positiva. Quando falamos da mídia in store, que é a publicidade em loja, ela atinge os maiores índices da probabilidade junto ao consumidor de captar a atenção e da experiência com anúncio”. Nesse contexto, não é preciso mais convencer o consumidor a se deslocar até a loja, ele já está lá, pronto para consumir. “Você está falando com a pessoa no momento que ela está propensa ao consumo. Eu não preciso convencer ela a fazer o deslocamento à loja e passar por todo aquele processo que eu preciso sugestionar o complemento da jornada”, salientou o palestrante. Tiago Alves ratificou ainda o diferencial desse momento de contato: “No ponto de venda, eu já estou naquele momento crucial, propenso à compra. O consumidor já quer comprar, tanto aqueles objetos que ele está buscando, como qualquer outro serviço ou produto que esteja sendo exibido. A mente já está assetada”. É por isso que o PDV se consolida como o espaço de maior atenção, receptividade e conversão, e os supermercados se posicionam como um local onde mídia e experiência se unem de forma natural. No ponto de venda, a jornada de compra e a jornada de comunicação se fundem, tornando cada estímulo uma oportunidade de gerar valor e decisão. Seminário Super Negócios Relembramos também que o Seminário Super Negócios de 2025 da ASSERJ já está com inscrições abertas. Confirmado para o dia 29 de outubro, às 14h, no Riale Brisa Barra Hotel, na Barra da Tijuca, o encontro é voltado para compradores e profissionais de marketing e trade, trazendo uma programação cuidadosamente estruturada para impactar diretamente o dia a dia, com conteúdos práticos e aplicáveis à rotina de cada setor. O keynote desta edição será Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil e uma referência mundial em liderança. Não perca a chance de participar dessa experiência completa, que reunirá conhecimento estratégico, boas práticas e networking qualificado para impulsionar os resultados. Para mais informações, entre em contato com o SAA.
09 de October, 2025
“Não será mais guerra de preço, será a de valor”, como o trade marketing pode fazer a diferença?
O varejo supermercadista brasileiro é um dos mais complexos e vibrantes do mundo. Diverso, competitivo e em constante reinvenção, o setor reflete a força e os desafios de um mercado que aprendeu a crescer mesmo diante de instabilidades. E o desenvolvimento do trade marketing reflete bem essa realidade. Esse foi o tema da palestra “Trade Marketing – Do Operacional ao Estratégico”, apresentada por Fabio Acayaba, diretor de Marketing da SA+ Internacional, no Workshop Trade da SA+ Trade, promovido em parceria com a ASSERJ e a Associação de Supermercados das Américas (ALAS), realizado na última quarta-feira, 9 de outubro, no Lead Américas, na Barra da Tijuca. Na apresentação, os presentes foram convidados a refletirem sobre o cenário atual, sobre como o varejo supermercadista evoluiu, onde estão as oportunidades e o que precisa mudar para garantir relevância no futuro. A força e os desafios do varejo brasileiro O Brasil construiu um ecossistema varejista sólido, autônomo e competitivo. Essa capacidade de negociar e comprar bem é o que sustenta o sucesso de muitas redes. Mas o palestrante provocou uma reflexão importante: “Esse jogo já conhecemos bem. Porém, e para os que não estão conseguindo ir bem nessas condições? E os que não estão conseguindo enxergar o próximo passo, além disso? Porque isso não vai mudar.” Ele destacou que, mesmo com o amadurecimento do mercado, nem todos conseguem acompanhar o ritmo da transformação. Há varejos em crescimento, mas também há aqueles que enfrentam dificuldades para se adaptar. “A relação de estresse entre indústria e varejo é exatamente a mesma. O cliente que compra por preço, ele não é fiel a ninguém. Ele é fiel ao preço. Então, ter sempre o melhor preço é excelente. Mas esse é o tipo de competição que você está fadado, um dia, a perder. E o cliente que você está atraindo é o cliente que vai buscar preço”, reforçou Fabio Acayaba. A fala reforçou um ponto crucial. Competir apenas por preço é perigoso, como enfatizou o diretor de Marketing da SA+ Internacional: “Temos visto muitos varejistas investindo muito dinheiro na sua comunicação para comunicar quem tem o menor preço. E isso é estressante, porque chega um limite, e toda vez que você gasta aquele dinheiro, seja na comunicação de rua, de loja ou de TV, no dia seguinte que um outro supermercado oferece uma condição melhor, todo aquele seu esforço e investimento vai por água abaixo, porque o cliente que vai atrás de preço vai para outro lugar. Então essa condição é uma condição que, num mundo que está se transformando hoje, é perigosa, porque ela te limita”. A escolha do cliente e a relevância da loja física No varejo supermercadista moderno, a ida do cliente à loja física não é mais uma obrigação, é uma decisão individual. “Hoje, o cliente só vai na loja física porque ele quer, ele não precisa. Então, a pergunta que fica é: você sabe por que o cliente foi na sua loja? Se ele quiser resolver o problema dele de compra hoje, através da internet, do WhatsApp, de alguns formatos que já conhecemos, ele resolve todo o problema dele de compra. Então, quando ele vai na sua loja, é uma escolha, não é mais uma necessidade”, frisou o palestrante. Essa mudança de comportamento desafia a forma como o varejo enxerga sua própria relevância, segundo Fabio Acayaba: “Viemos de uma cultura em que eu ter uma loja, ou ser uma super marca, me dava o direito de dizer: todo mundo vai comer, o cliente vai precisar vir aqui comprar. ‘Eu sou a marca tal e ninguém vive sem a minha marca’. Esses momentos de um preço esplêndido faziam com que tivéssemos atitudes de nos colocarmos em uma posição de que eles precisariam vir até nós. Só que isso está mudando. Seja pelo nível de concorrência, seja pelo nível que a tecnologia nos trouxe”. O diretor de Marketing da SA+ Internacional alertou que compreender por que o cliente escolhe a sua loja e não a do concorrente é essencial: “É um ponto importante. Essa avaliação deve sempre ser feita pelos varejos para poder entender o posicionamento, para entender como ele é visto. Isso é uma das tarefas que, por exemplo, o trade pode ajudar.” E lançou uma provocação contundente: “No meu ponto de vista, um tabloide como conhecemos hoje morreu. Não faz mais o menor sentido você ter um grupo de ofertas igual para todo mundo”. O público então foi convidado a refletir: como reinventar a comunicação e o engajamento em um cenário em que cada cliente é único? A evolução do trade marketing A transformação tecnológica, o surgimento de novas gerações de consumidores e a multiplicidade de comportamentos exigem uma nova mentalidade no varejo supermercadista. “Hoje é a única vez que nós vivemos com cinco gerações com poder de compra, e essas cinco gerações têm hábitos de consumo distintos, pensam diferente, e não tivemos ainda a capacidade de organizar nossos negócios pensando como é que cada uma dessas gerações compra produtos. Essa condição tem mudado a regra do jogo”, pontuou o palestrante. Nesse contexto, surge o papel renovado, e de extrema relevância, do trade marketing: “E o que o trade marketing tem a ver com isso? Aqui que acho que é o ponto de reflexão que vale termos. Está tendo uma transformação muito grande, muito rápida, uma transformação de negócio. Muita rede entra agora em um momento de dificuldade, muita indústria com marcas e produtos em dificuldade. Essa transformação talvez não tenha sido assimilada do jeito que deveria para eu poder me atualizar. E a tendência é que vai piorar a competitividade.” O palestrante ressaltou que o trade marketing precisa evoluir para ser parte da solução: “Senão, também não conseguimos ajudar. Se eu não estou pronto para ajudar, eu primeiro preciso estar preparado. Isso é um ponto importante para refletirmos”. E convidou o público a olhar para dentro das suas organizações: “A pergunta que fica é: como vocês, as empresas de vocês, estão entendendo como se organizar, se preparar para atender e atuar nessas mudanças que falamos? Porque é difícil acumular”. A Jornada de Maturidade e o novo caminho do trade A palestra apresentou o modelo de maturidade do trade marketing do nível mais operacional ao estratégico. Mas, mais do que teoria, a fala destacou o sentido dessa evolução: o trade como força transformadora no negócio. Nível 1: Trade Reativo: puramente operacional; Nível 2: Trade Tático: início de padronização de processos; Nível 3: Trade Coordenado: gerenciamento estrutura de categorias e monetização sistemática de espaços; Nível 4: Trade Orientado por Dados: insight direcionando decisões, segmentação de clientes e fornecedores e personalização de ofertas baseadas em comportamento; Nível 5: Trade Estratégico: integração total com a estratégia de negócios, monetização avançada de dados e espaços, personalização em escala e impulsionamento da inovação no negócio. “As competências do trade marketing podem realmente fazer a diferença nos negócios do varejo supermercadista e da indústria. Porque não vai ser mais guerra de preço, dela estamos no limite. Já sabemos como é o jogo e o resultado que ele dá. Vamos passar a entrar em outra guerra, que é a de valor. O cliente vai escolher quem lhe oferecer a melhor personalização”, ratifica Fabio Acayaba. Esse é o novo campo de batalha do varejo: o valor percebido, e não o preço. O supermercado do futuro O diretor de Marketing da SA+ Internacional encerrou sua fala olhando para o futuro e questionando a estrutura atual das empresas: “O supermercado do futuro não terá uma área de trade marketing separada. Todas as áreas serão orientadas pelo shopper. As redes estão se preparando para essa realidade?”. Antes de finalizar, ele apresentou ainda os caminhos e desafios da transição do trade, de operacional para estratégico: Cultura Organizacional: trade visto como executor e não como estrategista; Falta de Ferramentas: análises estratégicas com planilhas e processos manuais; Capacitação: equipes focadas em habilidades operacionais, não estratégicas; Métricas Limitadas: só se melhora com o que se consegue medir; Silos organizacionais: isolamento do trade das decisões comerciais e estratégicas. E concluiu com uma das frases mais marcantes do encontro: “Quando se coloca o cliente no centro das decisões, 99% das vezes você terá razão. Não quer dizer que a sua opinião será a escolhida. Mas sempre que se colocar as perguntas, se é melhor para o shopper, se melhorará sua experiência, sempre que colocar o cliente como objetivo, na maioria das vezes você terá razão. Isso facilita um pouco a trazer as outras áreas”. Aprenda a jogar o novo jogo A palestra trouxe uma provocação essencial: o jogo do preço já foi jogado. O novo desafio é competir por valor, relevância e personalização. No centro dessa transformação, o cliente é o verdadeiro norte. E o trade marketing, preparado, estratégico e orientado por dados, é a ponte entre o que o consumidor deseja e o que o negócio pode entregar. Seminário Super Negócios Relembramos também que o Seminário Super Negócios de 2025 da ASSERJ já está com inscrições abertas. Confirmado para o dia 29 de outubro, às 14h, no Riale Brisa Barra Hotel, na Barra da Tijuca, o encontro é voltado para compradores e profissionais de marketing e trade, trazendo uma programação cuidadosamente estruturada para impactar diretamente o dia a dia, com conteúdos práticos e aplicáveis à rotina de cada setor. O keynote desta edição será Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil e uma referência mundial em liderança. Não perca a chance de participar dessa experiência completa, que reunirá conhecimento estratégico, boas práticas e networking qualificado para impulsionar os resultados. Para mais informações, entre em contato com o SAA.
09 de October, 2025
Não basta ter dados, é preciso saber analisá-los! Eles são a essência da conversão!
No atual momento do varejo supermercadista, a diferença entre vender e converter está na capacidade de usar dados para criar conexões que geram valor. Essa foi a tônica da primeira palestra do Workshop Trade da SA+ Trade, promovido em parceria com a ASSERJ e a Associação de Supermercados das Américas (ALAS), realizado na última quarta-feira, 9 de outubro, no Lead Américas, na Barra da Tijuca. Na apresentação "Turbinando Receitas de Trade usando CRM e personalização", de Rafael Matos, da Rock Encantech, que destacou o papel estratégico da informação como essência da conversão. Quando se fala sobre esse tema, o primeiro passo é informar e entender como ela acontece. Nesse sentido, a apresentação destacou como gerar conexões que criam valor a partir dos dados da loja e do comportamento do consumidor. "Trabalhar na questão da audiência é fundamental, porque através dos dados conseguimos o encantamento da audiência, das mensagens, do impacto, principalmente da personalização. Hoje as ofertas não são mais generalizadas. Elas são muito específicas", enfatizou Rafael Matos. Segundo ele, compreender o ambiente da loja é o primeiro passo para transformar dados em decisões, entendendo o potencial de cada categoria, o perfil de consumo e a jornada do cliente dentro do ponto de venda. Hoje, é possível mapear a área de influência, saber quantos quilômetros o consumidor percorre até chegar, o que o faz trocar de estabelecimento e quais estímulos aumentam o consumo quando ele está ali. Com a inteligência de dados, o supermercadista deixa de falar para muitos e passa a se comunicar com cada cliente de forma única. Isso se chama hiperpersonalização, conceito que vai além da segmentação tradicional. Ao compreender hábitos, preferências e perfis familiares, o varejo supermercadista pode criar campanhas personalizadas, com taxas de conversão que chegam a 70% ou 80%, como explica Rafael Matos: " Vocês têm o dado, têm a audiência, têm a presença do consumidor na loja, têm outros canais também que não são só digitais. A questão da personalização torna-se fundamental”. O palestrante da Rock Encantech prosseguiu, pontuando que os dados também se tornam um ativo estratégico de relacionamento com a indústria: "Quanto mais informações vocês tiverem, maior será o poder de negociação. O varejista mostra retorno, comprova resultados e se torna o parceiro mais atrativo para a indústria". A audiência que passa dentro das lojas é gigantesca, e quando o varejo entende quem está ali, quanto tempo permanece e como consome, cria um diferencial que nenhuma mídia digital isolada oferece. “Vocês têm algo que ninguém mais tem: o dado real, o comportamento concreto do consumidor na loja”, resumiu Rafael Matos. Trade, Retail Media e a força da informação Outro ponto de destaque foi o papel do Trade Marketing e do Retail Media, que aliados aos dados, são capazes de extrema assertividade na hiperpersonalização: “E principalmente através do trade, através do retail media, porque no final das contas, com informação, com conhecimento, a abordagem é certeira, é como se fosse um sniper. Ela vai exatamente naquele cliente. Quero oferecer fraldas para uma mãe que tem filho pequeno. Essa é a oferta personalizada para essa audiência. É uma abordagem precisa, certeira, como um sniper: vai direto no alvo", pontuou o palestrante. Essas estratégias unem dados de audiência, comportamento e consumo para construir ações segmentadas e mensuráveis, que fortalecem o vínculo com o shopper e atraem investimento da indústria, como analisou o profissional da Rock Encantech: “Olhando para o lado da indústria, é fundamental também, porque isso maximiza a abordagem de vocês perante a indústria, para trazer mais investimento. A audiência que passa dentro da loja é gigantesca. Então, quanto mais dados, mais informações vocês tiverem, mais poder terão”. Ecossistema de valor e novas oportunidades O uso de dados também permite que o varejo supermercadista amplie seu ecossistema de valor, oferecendo produtos e serviços além das gôndolas tradicionais. “Se atentem para os aplicativos das lojas, para o e-commerce, e para novas pautas importantes. Já existem supermercados trabalhando com o que chamamos de gôndola estendida. Tem os produtos mais tradicionais que se vendem na loja, mas tem gente vendendo colchões, outras coisas que jamais estariam vendendo dentro de um supermercado, como viagens e até assinaturas”, ressaltou Rafael Matos. A hiperpersonalização possibilita ainda a criação de novas frentes de negócio, como crédito, benefícios e assinaturas, como detalha o palestrante: “A audiência, a informação, todo esse ecossistema de valor é fundamental. Por que o supermercado não pode vender uma assinatura de Netflix? Se eu conheço meu cliente, sei que ele tem filhos e o que ele consome, posso oferecer algo que faça sentido pra ele”, exemplificou. Assim, o dado passa a integrar produtos, serviços e experiências, criando um relacionamento mais completo e duradouro com o consumidor. “O ambiente da loja, o ecossistema que vocês têm, através do dado, da informação, da personalização, pode transformar a maneira, na essência, que interagimos com o consumidor. Seja no físico, seja no digital, tem um mundo de oportunidade. Acho que a mensagem que eu quero deixar para vocês é: usem o dado, o dado como essência para aumentar a conversão, baseado em uma audiência. Quem é a audiência? É o público que vai pra dentro da loja”, frisou Rafael Matos. Hiperpersonalização e inteligência de dados A palavra-chave da palestra foi hiperpersonalização, como descreveu o palestrante: “Uma das palavras que mais vamos ouvir é hiperpersonalização. A personalização cria audiência, a pessoa sente que você está falando diretamente com ela. Isso agrega valor, gera receita. Para isso, conheça o shopper, baseado nos dados que vocês têm. Com isso, cada ativação será mais certeira”. Ele reforçou que a tecnologia é ótima para executar ações, mas que de nada adianta sem inteligência humana para direcionar seu uso: “A tecnologia é ótima para fazer as ações, mas ela de nada adianta sem a inteligência para seu uso. Quanto mais qualificação da informação inicial levantada, mais assertiva será a ativação.” Ou seja, quanto mais qualificada for a informação inicial, mais assertiva será a ativação e maior será o impacto nas vendas. Ações e comprovação de resultados O palestrante também ratificou que a tecnologia já permite segmentar públicos específicos e acionar campanhas automatizadas: “No final das contas, o varejo tem muitos ativos para gerar conversões eficazes, tanto para o próprio negócio quanto para comprovação para indústrias. Eu posso selecionar um público, disparar um e-mail ou uma notificação, e quando o consumidor passar no caixa, ele retira o produto com desconto simbólico. Tudo isso é possível quando há dados bem estruturados”. Essas estratégias transformam a relação com o shopper, tornando-a mais relevante e mensurável. As campanhas promocionais e as ofertas personalizadas, segundo ele, são o caminho natural para aumentar a conversão, e o Retail Media é a grande pauta do momento. “Temos várias ferramentas que hoje podem ser usadas, mas a essência parte da segmentação dos dados. Campanhas promocionais para aumentar a conversão, ofertas personalizadas e a pauta do momento, que é a questão do retail media. Mas usem os dados por trás. Trabalhem para ter cada vez mais as ofertas segmentadas, snipers, muito focadas para o aumento de conversão”, salientou o profissional da Rock Encantech. Mensagem final Encerrando a palestra, Rafael Matos reforçou que quanto mais a indústria compreender o valor dos dados do varejo, mais investimentos serão direcionados para o setor: “Eu conheço meu cliente. Eu ativo. Eu sei a conversão. Tenho as minhas plataformas e meus mecanismos. E a indústria vai saber onde está o retorno. Com isso, ela coloca mais dinheiro, porque há mais venda, mais receita e mais margem.” A informação é a base para personalização, eficiência, mensuração e aumento de investimento da indústria: “Trabalhem a audiência e trabalhem os dados. O dado é, e sempre será, a essência da conversão”. Seminário Super Negócios Relembramos também que o Seminário Super Negócios de 2025 da ASSERJ já está com inscrições abertas. Confirmado para o dia 29 de outubro, às 14h, no Riale Brisa Barra Hotel, na Barra da Tijuca, o encontro é voltado para compradores e profissionais de marketing e trade, trazendo uma programação cuidadosamente estruturada para impactar diretamente o dia a dia, com conteúdos práticos e aplicáveis à rotina de cada setor. O keynote desta edição será Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei do Brasil e uma referência mundial em liderança. 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