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Por que a arquitetura de varejo precisa criar experiências e memórias?
Nesta quinta-feira, 14, Juliana Neves, CEO da Kube Arquitetura, subiu ao palco do Conecta Varejo para falar sobre como a experiência do cliente se tornou o grande diferencial no varejo presencial. Para a especialista, a arquitetura de varejo deixou de ser apenas um espaço para vender produtos e passou a ser uma ferramenta para criar memórias e conexões duradouras. “Arquitetura não começa na planta baixa”, destacou Juliana Neves, parafraseando sua colega Renata Togni. “Ela começa no comportamento de consumo. É preciso entender a estratégia das marcas para que o espaço físico seja uma extensão dessa experiência e gere resultados reais para o negócio.” Durante a palestra, Juliana explicou que o varejo físico não consegue competir com a velocidade ou o preço do comércio online, citando exemplos como Amazon e Mercado Livre. “A loja física precisa oferecer algo que o digital não entrega: emoção, engajamento e descoberta”, afirmou. Segundo ela, a jornada do consumidor precisa ser humanizada, consistente e envolvente, transformando o ponto de venda em um ambiente de pertencimento e interação. A palestrante também destacou tendências globais e conceitos como o Retail Attainment, que combina varejo e entretenimento. Juliana apresentou ainda pilares como interatividade, sensorialidade, personalização e pertencimento, mostrando exemplos de marcas internacionais, como Coldplay e Louis Vuitton, que utilizam experiências físicas para engajar o público e fortalecer a marca. “Não precisamos ir à loja apenas para comprar. O varejo físico deve ser um espaço de encontro, de diversão e de conexão com a marca. Esse é o verdadeiro diferencial competitivo”, concluiu Juliana Neves, enfatizando que a experiência se tornou o “novo produto” do varejo presencial. Experiências IRL As chamadas experiências IRL (In Real Life, ou “na vida real”) estão se tornando cada vez mais relevantes para engajar o público, especialmente as gerações mais jovens e digitais. Com o aumento da solidão e do isolamento social, muitos consumidores buscam não apenas produtos, mas conexão e pertencimento. Segundo Juliana Neves, a geração Z tem apresentado maior vulnerabilidade a questões emocionais, como depressão e solidão, muitas vezes agravadas por relacionamentos distantes e excesso de interações digitais. Nesse cenário, as marcas têm uma oportunidade única: tornar-se hubs de suas comunidades, promovendo encontros, eventos e experiências que aproximem pessoas com interesses compartilhados. “Afinal, por que não usar o espaço da sua marca para gerar conexões reais?”, questiona Juliana Neves. Transformar a relação com o consumidor em algo experiencial e humano pode se tornar um diferencial estratégico, fortalecendo laços e criando fidelidade de longo prazo. As experiências IRL mostram que, mesmo em um mundo digitalizado, o toque humano e o encontro presencial continuam tendo valor insubstituível — e marcas que investirem nisso podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
14 de August, 2025
"Visibilidade e vendas serão consequência se tudo estiver bem estruturado", o segredo por trás de uma boa estratégia de influência
Não é mais possível fugir do mundo das redes sociais e da cultura da influência. Aliás, utilizar esse universo com uma estratégia bem definida pode ser uma excelente aposta para alavancar vendas e atrair novos consumidores. E nesta quinta-feira, 14 de agosto, o palco do Conecta Varejo / Rio Innovation Week se debruçou sobre a análise desse mundo e sua interlocução com os varejistas. Os influenciadores Livian Aragão, CEO da LVA Produções, Nina Talks e Vitor Gomes Maia, fundador da Halle, analisaram a relação dos influencers com as redes do varejo, o impacto na decisão de compra no ponto de venda e no comportamento do consumidor na palestra "Do feed ao carrinho: como a influência move o varejo". Como transformar likes em vendas? Como gerar conexão, relevância e conversão? "Pensando no varejo, tenho visto cada vez mais as marcas enxergando os influenciadores como parte essencial da estratégia de vendas como um todo. Antes eu via muito aquela lógica: 'Sobrou dinheiro, vamos fechar alguma coisa com um influenciador'. Hoje em dia é diferente. A estratégia já é pensada com isso: parte do orçamento vai ser destinada a trabalhar com influenciadores porque isso gera retorno sobre o investimento", destacou Nina Talks. Livian Aragão frisou: "As redes sociais são tão rápidas que de repente tudo muda. Precisamos estar sempre se atualizando. Acho que precisamos entender o que está acontecendo. Se a marca quer visibilidade, ela precisa olhar para os perfis certos. E geralmente as marcas também procuram perfis que têm a ver com o que elas querem comunicar. Então é muito interessante essa nova perspectiva de mercado". "Eu vim de uma época em que, para crescer nas redes sociais, você precisava vender a perfeição: ter o feed perfeito, a vida perfeita... para que as pessoas entrassem nas suas redes e idealizassem a vida delas ali. Mas isso mudou completamente. Hoje, as pessoas querem verdade, querem conexão, querem histórias com as quais possam se identificar", pontuou Vitor Gomes Maia. Desafios do mercado de influência Nina afirmou: "O Brasil é um mercado extremamente aquecido quando se fala em Creator Economy. Se olharmos para outros países, o Brasil com certeza está no topo em quantidade de influenciadores e conteúdo criativo. Mas ainda é algo muito novo e que tem acontecido muito rápido. Muitas marcas querem aproveitar esse movimento, mas ainda ficam um pouco perdidas: 'Como eu começo? Como eu abordo? Como trabalhamos juntos?'. Até hoje chega muito briefing engessado, com regras rígidas: 'Você tem que fazer exatamente isso'. Mas isso não gera conexão. Para mim, co-criação é a chave para uma ação realmente dar certo. E tudo é sempre pra ontem. Isso atrapalha o processo criativo. Fica ruim pra mim e ruim pra marca. É importante parar, respirar e entender como podemos trabalhar juntos. Porque nós, criadores, queremos ser um pilar estratégico, não só entregar uma publicidade. Estamos colocando nossa relevância em jogo. É uma via de mão dupla". "É importante ter abertura para ser criativo. Quando o briefing é muito engessado, a gente só entrega o básico. Mas o nosso público espera ver a nossa personalidade ali. É legal quando a marca permite essa co-criação, porque o conteúdo fica mais autêntico e mais eficaz", salientou Livian. Vitor concluiu: "Esse mercado exige constante adaptação. O termo 'influenciador digital' já existe há uns dez anos, mas ainda é tudo muito novo. É um mar de descobertas. As marcas precisam se adaptar, os influenciadores também, para que todos consigam crescer e alcançar resultados reais". Como as mudanças nas redes impactam na forma de criação de conteúdo para o varejo? Os influenciadores também abordaram especificamente os impactos das mudanças nas redes sociais no setor varejista, como explicou Livian: "Acho importante entender que existem públicos e formatos diferentes. Então, a entrega tem que ser diferente também. Às vezes falam: 'Ah, faz esse Reels e posta no TikTok também'. Mas o público não é o mesmo. Não dá pra replicar o mesmo conteúdo no YouTube, Instagram e TikTok. Às vezes a edição tem que mudar, o ritmo, o tom. É preciso entender a linha de raciocínio de cada plataforma e como a campanha conversa com o que você já está falando. Só assim o conteúdo será eficaz. É muito legal quando o varejo entra em uma trend. Isso humaniza a marca. Ver uma empresa participando da mesma trend que está rolando na comunidade gera identificação com o público. Isso pode não ser o que faz a marca crescer sozinha, mas é um ponto estratégico importante de visibilidade". "Você pode ter um conteúdo ótimo, mas se não estiver falando da melhor forma, ele não engaja. A quantidade de horas que passo escrevendo um roteiro de 30 segundos… porque eu quero prender a atenção. Quero impactar alguém com uma oportunidade. Parece só um videozinho, mas tem muito esforço cognitivo por trás. Tem técnica. O público precisa sentir que a marca está se comunicando do mesmo jeito que o criador. Isso gera identificação e identificação gera venda", alertou Nina. Vitor Gomes arrematou: "O maior desafio é o movimento constante das redes sociais: nos formatos, na forma de se comunicar, editar e gravar. Você precisa consumir conteúdo, entender o que está funcionando e adaptar ao seu jeito, à sua identidade visual. Cada pessoa tem uma bagagem individual, e é isso que diferencia você dos outros produtores de conteúdo e das empresas concorrentes". Atenção! O perfil do influenciador importa na escolha O debate focou ainda em outro ponto relevante para uma estratégia bem traçada de parceria, o perfil do influenciador, como disse Livian: "Primeiro, tem sinergia? Pode ser com a marca ou com uma campanha específica. É importante também entender o que a marca quer: visibilidade ou engajamento? Se a ideia é alcançar muitas pessoas, você pode contratar alguém com grande alcance. Mas se o foco for conversão, talvez seja melhor um influenciador com uma comunidade mais segmentada, mais próxima da marca. Cada campanha exige uma estratégia. Às vezes, o influenciador com mais seguidores não é a melhor opção. E o engajamento é algo que também precisa ser observado com cuidado". "O mais interessante pra mim é a interseção entre valores. Estou emprestando minha relevância para a marca, e a marca está emprestando a dela pra mim. Gosto de observar os valores no briefing. Isso mostra que há conexão e quando o público percebe isso, não causa estranhamento. Parece uma extensão natural. É muito legal quando você vê um influenciador que você admira trabalhando com uma marca que também gosta. A combinação faz sentido. Também acredito que pulverizar a influência é importante. Nem sempre contratar o maior influenciador é a melhor estratégia. Às vezes, trabalhar com nichos e micro ou nano influenciadores traz mais resultado e reduz o risco de apostar tudo em um único canal. É importante entender também que podem existir outros fatores, como se há problema na landing page, se o produto está bem explicado e precificado, dentre outros". Vitor finalizou: "As marcas precisam ter tudo muito bem estruturado: estratégia, posicionamento, comunicação. Assim, conseguem identificar qual influenciador realmente combina com elas. Se você contrata alguém só pelo número de seguidores, pode se frustrar. O público pode até visitar seu perfil naquele dia, mas não haverá retenção, nem conversão. Hoje não é mais sobre quantidade, e sim sobre conexão. Existem micro influenciadores que geram muito mais resultado porque falam diretamente com a audiência certa e isso faz toda a diferença para as marcas. Tudo precisa estar alinhado. Porque você vai ter essa visibilidade do influenciador que contratou, mas é essencial reter esse público. Realmente, é necessário que a sua comunicação e a comunicação do seu negócio estejam muito bem alinhadas, porque, do contrário, esse investimento pode acabar sendo em vão". É preciso focar em personalização Nina afirmou: "Com esse universo cada vez mais saturado, mais influenciadores aparecendo, mais inteligência artificial chegando, mais conteúdo genérico, eu vejo duas frentes principais: a inteligência artificial ajudando a gerar mais conteúdo, mas, ao mesmo tempo, as pessoas buscando cada vez mais humanização e personalização. As pessoas seguem os influenciadores porque confiam neles, e vai se criando uma comunidade em torno disso. Então, produzir algo personalizado, que comunique bem e fuja daquela comunicação genérica, é o que vai fazer a diferença. É isso que vai diferenciar o conteúdo de uma propaganda comum que a marca poderia simplesmente impulsionar nas redes sociais. Trazer o influenciador para perto serve justamente para proporcionar essa personalização e alcançar pessoas que, provavelmente, a marca não conseguiria atingir sozinha ou que, muitas vezes, não confiariam nela de forma tão fácil. O influenciador está, de certa forma, emprestando a sua confiança à marca". "Do influenciador, espera-se autenticidade e personalização. Mas eu acho que, hoje, a marca também pode, e deve, ter sua própria autenticidade e personalização. Às vezes, a marca pode até se tornar a própria influência. A marca pode se tornar um perfil que também exerce influência. Em alguns casos, pode até ser contratada para divulgar outras empresas. Então, um conselho que eu daria para uma marca que quer ter mais autenticidade e personalização é investir em humanização. Mostrar os bastidores, permitir que as pessoas vejam como tudo é feito, aproximá-las da marca. Isso gera identificação. Eu realmente acredito que isso contribui muito para criar uma comunicação personalizada e para se diferenciar. Porque, isso já nem é novidade para ninguém, o mercado está saturado. Muitos influenciadores, muitas marcas postando sobre tudo. Hoje, todo mundo já entendeu a necessidade de estar presente nas redes sociais. Por isso, você precisa se diferenciar, estar à frente dos seus concorrentes. Se você produzir conteúdo de forma autêntica, e não só repetindo o que todo mundo está fazendo, com certeza vai se destacar. Se você tiver uma estratégia bem definida, com impacto relevante na vida das pessoas, com certeza terá resultado", concluiu Vitor Gomes. Fidelização: o pós-venda importa tanto para o varejo, quanto para o influenciador Uma estratégia bem aplicada não gera apenas conversão em vendas, mas também em fidelização de clientes. E um planejamento bem feito proporciona resultados relevantes para ambos os lados da parceria, como explicou Livian Aragão: "Realmente, a marca se aliar ao influenciador é uma estratégia muito boa, especialmente considerando tudo o que já falamos: existe um excesso de informação, e as pessoas estão saturadas de ver publicidade o tempo todo produto, produto, produto... por isso, conseguir comunicar a sua marca junto com o influenciador, em uma relação de longo prazo, faz toda a diferença. Não se trata apenas de uma pós-venda, mas de infinitas vendas, porque você cria associação e confiança. Então, não se pode parar de pensar em estratégias de longo prazo com influenciadores que tenham um relacionamento mais próximo com o público. Eu acredito que isso é extremamente valioso". Nina Talks pontuou: "Depois que o post vai ao ar, acompanhamos as métricas por um tempo. Entregamos esses resultados, analisamos os números juntos, o que deu certo, o que deu errado. Se olharmos para isso com mais atenção e cuidado, recebemos muitos feedbacks valiosos. Às vezes, os comentários vão além do esperado e trazem insights incríveis. Eu tento me envolver ao máximo no pós marketing. Quando alguém me manda mensagem dizendo que comprou, eu pergunto a opinião, por exemplo, e mostro para a marca. Esse trabalho após a publicação é fundamental. Continuar construindo junto, entender o que pode ser melhorado para as próximas etapas, é algo essencial e, sinceramente, não vejo todo mundo fazendo isso". Conclusão: análise de público e de influenciador são as bases de uma boa estratégia Vitor Gomes encerrou o painel destacando: "Como você quer se comunicar e como você quer que o influenciador se comunique por você? Você está contratando esse influenciador pra te representar. É preciso ter entendimento da essência da sua marca. Assim, é possível construir algo em parceria, de forma transparente e mais leve para o influenciador e o público. Por que você criou a marca? Por que você quer se comunicar? Nesse momento, o influenciador pode compartilhar ideias, e esse pode ser um espaço para vocês moldarem juntos a melhor abordagem. Muitas marcas contratam influenciadores sem saber exatamente o que querem, sem definir objetivos claros. E, com isso, se frustram, porque esperam que o influenciador faça tudo: o vídeo, o conteúdo, o resultado, toda a estratégia. Mas essa não é a função do influenciador. O influenciador está ali para entender a intenção da marca e se comunicar de forma clara, autêntica, do seu jeito, mas alinhada ao objetivo proposto. Visibilidade e vendas serão consequência se tudo estiver bem estruturado. Portanto, tenha sua comunicação completamente alinhada para garantir um briefing redondo e claro. Assim, o influenciador poderá criar do jeito dele, mas sem perder a essência da sua marca".
14 de August, 2025
"O futuro não será B2B ou B2C. Será AI2C", uma Aula Magna de futuro com Amy Webb
A Plenária do Rio Innovation Week, no Galpão Kobra, foi palco de uma verdadeira Aula Magna nesta quinta-feira, 14 de agosto, sobre o futuro e como nos comportaremos com o avanço da tecnologia. E uma lição com um grande sinal de alerta: tendências não bastam sem atenção aos detalhes e sem visão estratégica de longo prazo. Na palestra "Tendências Emergentes de Tecnologia", Amy Webb, futurista, fundadora e CEO da Future Today Institute, provocou o público com um questionamento que, segundo ela, deveria orientar qualquer organização: "No futuro, o que você acha que será mais importante? O meio, ou seja, a forma como a mensagem está sendo entregue? Quem está entregando a mensagem? Como ela está sendo entregue? Ou a própria mensagem, o conteúdo do que está sendo dito?". Amy Webb afirmou que essa, talvez, seja a questão mais relevante a ser pensada nos próximos anos. A futurista apontou como as tecnologias emergentes não apenas mudam a forma como a informação circula, mas também o próprio significado das mensagens, e como tudo isso está a ponto de se transformar ainda mais com a ascensão da inteligência artificial. Visão estratégica: mais do que tendências A CEO da Future Today alertou que observar apenas tendências pode ser perigoso: "Sinais e tendências são aquilo que conseguimos perceber no presente, mas tendências, sozinhas, não são tão úteis assim. Elas apenas nos dão uma noção do que está por vir, mas há muita incerteza. Existem muitas coisas sobre as quais ninguém tem controle total. Se você estiver apenas observando tendências, mas não estiver atento a todo o restante, você poderá estar absolutamente certo, porém, apenas por um instante. Depois, vai estar errado, por causa de todas as incertezas". Segundo Amy Webb, o segredo está na combinação dos fatores, baseados em dados e modelos, além de meras especulações: "Por isso, combinamos o que sabemos com o que não podemos saber. E isso nos dá os cenários. Cenários não são apenas histórias interessantes sobre o futuro ou suposições. Eles devem ser baseados em modelos, dados e matemática. Esses cenários são importantes porque moldam nossa perspectiva de futuro". A partir desses cenários, frisa a futurista, entra o componente mais importante: estratégia. "A terceira etapa é a estratégia. Cenários, sozinhos, são interessantes, mas não ajudam ninguém a tomar decisões. Por isso, essa terceira parte é talvez a mais importante do nosso processo, pois ela se baseia em três perguntas, que todas as organizações deveriam se fazer constantemente: para onde o mundo está indo? Onde será criado valor? E como nós, como empresa, ou como indivíduos, vamos participar? Essas três perguntas podem ser feitas por qualquer pessoa. No centro dessas perguntas está o que chamamos de visão estratégica de futuro, ou 'foresight estratégico'. Isso é o que um futurista faz". Meios de marketing: inúmeras possibilidades, ruídos e influenciadores Amy Webb também discutiu os desafios atuais da comunicação. Mesmo com bons produtos ou causas fortes, chamar a atenção das pessoas nunca foi tão difícil: "Se uma empresa é tão boa assim, se um movimento social é tão eficaz, se todos estão fazendo bem o seu trabalho, com ótimos produtos... por que precisamos de influenciadores? Porque é difícil romper o ruído, é difícil capturar a atenção das pessoas. Sempre foi assim, mas agora está ainda mais difícil, porque a tecnologia está evoluindo, o que está resultando em novas mensagens e novos meios de comunicação. Fiz um cálculo para descobrir quantos meios de marketing existem atualmente, em 2025. Contei 52. Temos canais digitais e online, sites, banners, marketing em mecanismos de busca, newsletters... temos redes sociais (e muitas delas). Facebook, WhatsApp, TikTok, Instagram... cada uma com seu público diferente. Há também plataformas interativas, como o Discord. Temos marketing dentro de jogos. Temos canais tradicionais. E eu poderia continuar listando...". A IA mudará tudo, e muito rápido A CEO da Future Today aproveitou o ensejo para deixar um alerta, a maior mudança não é apenas tecnológica, mas de mentalidade: "O futuro está prestes a parecer radicalmente diferente do presente. Minha preocupação é que, ao falarmos sobre IA, estamos olhando com um foco muito estreito. Achamos que o futuro será como o presente, só que mais avançado. Ou achamos que será como nos filmes, mas talvez não tão ruim. Na verdade, o futuro não será nenhum dos dois. Está se revelando bem diferente. Por isso, precisamos aprender a olhar para o presente com uma expectativa completamente diferente do futuro. E quando falo de futuro, não estou falando de dez anos à frente. Estou falando de dois anos". AgentFluence Marketing: a próxima revolução Amy Webb apresentou um novo conceito: AgentFluence Marketing, um termo que ela mesma cunhou. Segundo a palestrante, o marketing do futuro não será voltado apenas para humanos, mas também para inteligências artificiais, remodelando a figura do 'influencer' de hoje: "O conceito de 'influencer' pode mudar radicalmente, pode nem ser mais humano nos próximos 24 meses. O meio e a mensagem, e como esses dois se conectam, podem se entrelaçar de formas que ainda não imaginamos. Estamos falando de sistemas com múltiplos agentes de IA, todos colaborando para o mesmo propósito, sem humanos no comando. Os modelos de IA de hoje já são impressionantes, mas, quando eles começam a trabalhar em equipe, se tornam muito mais poderosos. Sistemas multiagentes do futuro permitirão que agentes de IA atribuam tarefas entre si, construam soluções em conjunto e resolvam problemas que, individualmente, não conseguiriam resolver. A grande revolução é que a IA agora pode criar dados artificiais quando os dados reais estão ausentes. Isso é chamado de pensamento em modalidades, uma maneira de acionar etapas de raciocínio lógico para resolver problemas enquanto gera dados ao mesmo tempo. Nunca vimos nada parecido com isso". "Você pode estar pensando: 'Isso não tem nada a ver comigo ou com meu negócio'. Esse é um grande erro. Isso tem tudo a ver com você e com o futuro. Esses são sinais fortes, relevantes para todas as pessoas, negócios, governos, a sociedade. Vejo empresas ignorarem esses sinais o tempo todo. Acham interessante, dizem 'vídeo legal', e vão para a próxima reunião... ou deixam tudo para a 'equipe de inovação' ou para os jovens. Mas isso importa para todos nós. Estou vendo surgir algo que chamo de 'AgentFluence Marketing', um termo que inventei. É sobre criar e implantar agentes autônomos de IA como influenciadores digitais para promover ideias, produtos ou comportamentos. Não para pessoas, e sim para outras IA, outros agentes, dentro de sistemas em rede. Em vez de um único influenciador humano, imagine 3.000 versões digitais desse influenciador, feitos para se comunicar entre si, não com você", prosseguiu a palestrante. Cenários futuros: hipersegmentação e internet sem cliques A CEO apresentou dois cenários principais, expondo as possibilidades delineadas por cada possibilidade: "Lembram dos 52 meios que mencionei? Nos próximos dois anos, isso pode se tornar 520 meios, e muitos deles terão a IA como o meio, o criador da mensagem e o mensageiro. Um cenário possível é o que chamo de 'Mais Coisas'. Imagine inovação de produto em tempo real, influenciadores humanos usando sistemas multiagentes e raciocínio multimodal para criar novos produtos a serem vendidos. Ao invés de poucos megainfluenciadores, teremos milhares de criadores de nicho, capazes de produzir conteúdo e produtos personalizados, em todas as plataformas e idiomas. Esses produtos, mesmo super segmentados, serão economicamente viáveis porque a IA os conectará com os consumidores certos. Outro cenário possível é o que chamo de 'Vestido Preto Básico'. Em breve, não precisaremos mais procurar por algo ideal. A internet será sem busca. Teremos uma internet sem cliques. Consumidores usarão IAs com memória, o que significa que você terá que aprender a fazer marketing não só para pessoas, mas para os agentes de IA também". "Vamos ser realistas: a maioria das empresas não estava preparada para a internet. Também não estavam preparadas para o mobile. E vejo isso acontecendo de novo com a IA. Produtos começarão a aparecer em plataformas como o ChatGPT, e nem saberemos por quê, porque será o sistema de IA que fará essa escolha. Mas e se essa IA combinar perfeitamente com os seus gostos e preferências? Imagine uma empresa de IA que faz parceria com uma fábrica. A usuária diz 'quero um vestido preto'. A IA não mostra algo genérico, de tamanho inadequado. Ela mostra o vestido exato que ela quer, com o estilo exato, com uma imagem que parece com ela. E se ela quiser mesmo esse vestido? A IA pode usar as medidas exatas da mulher, criar um molde e enviar direto para a fábrica", continuou a futurista. AI2C, o futuro De acordo com Amy Webb, a IA passará a ser a marca, substituindo os modelos B2B e B2C: "Produção personalizada. Sem loja, sem intermediários. Não é mais B2B ou B2C. É AI2C – Inteligência Artificial para o Consumidor. Esse cenário não é pura ficção. É um futuro totalmente diferente. Nesse futuro, o modelo de IA é a marca. Talvez o modelo gratuito ofereça o básico. E pessoas com mais dinheiro paguem por uma versão premium — com tecidos de luxo, acabamentos manuais feitos por humanos. É o mesmo modelo de escassez que marcas de luxo usam hoje, mas com mais automação". Por fim, a palestrante deixou uma provocação, como forma de incentivo, ao público: "Se esses cenários são plausíveis, e são, não importa em que setor você trabalha. O meio, a mensagem e a forma como ela é criada e entregue... tudo isso vai mudar radicalmente. Então, você está realmente inovando? Ou apenas iterando? Há muita coisa acontecendo agora. Pode parecer difícil correr riscos estratégicos para promover mudanças significativas. Mas inventar o futuro exige coragem, trabalho e inovação".
14 de August, 2025
Do brinquedo à experiência: lições do varejo infantil para transformar supermercados
O terceiro dia do palco Conecta Varejo, no Rio Innovation Week, destacou a transformação do varejo infantil em experiências de entretenimento que vão além da simples venda de produtos. Thiago Rebello, CEO da Ri Happy, e Renata Feltrin, cofundadora da Forwd, discutiram como as lojas podem se tornar ambientes que unem diversão, aprendizado e engajamento familiar, criando um ecossistema que fideliza clientes e amplia oportunidades de receita. Segundo Thiago, o propósito da Ri Happy vai muito além de comercializar brinquedos. “Criar momentos mágicos com diversão significa gerar memórias positivas para crianças e famílias. Com a adição de entretenimento pago, como teatros, oficinas e colônias de férias dentro das lojas, conseguimos aumentar a frequência de visitas e engajar ainda mais o público”, explica. Ele ressaltou também a importância dos dados na operação: “Dado é matéria-prima para melhorar. Quem não tem dados qualificados está muito atrás. Entender o que o cliente deseja permite transformar insights em ações práticas no dia a dia da empresa, potencializando a experiência e a fidelização.” Renata reforçou a importância de transformar a cultura organizacional e o atendimento. “O foco não é o brinquedo, mas as famílias e as crianças. Cada detalhe da experiência, desde a recepção com personagens lúdicos até as atividades dentro das lojas, cria uma conexão emocional com o cliente”, disse. Para ela, a inovação começa internamente, com treinamentos e experimentação, e permite que a Ri Happy evolua de uma rede de varejo tradicional para um verdadeiro ecossistema de entretenimento, onde serviços pagos e experiências imersivas, aliados ao uso estratégico de dados, ampliam o valor percebido pelo público.
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