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Rio Innovation Week quebra recordes, consolida título de maior evento global de inovação e tecnologia e anuncia edição em São Paulo
O Rio Innovation Week 2025 quebrou todos os recordes desde a sua criação e consolidou o título de maior evento global de tecnologia e inovação. Realizado de terça a sexta-feira no Píer Mauá, o evento recebeu 205 mil visitantes, número 10,81% superior ao registrado no ano passado. Foram quatro dias de programação distribuídos pelos 90 mil metros quadrados do espaço, reunindo participantes de todos os estados brasileiros — 15% vindos de outros estados e 25% de fora da capital, segundo levantamento da Riotur e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDE). A edição também registrou presença internacional recorde, com 30 delegações estrangeiras. O impacto econômico foi expressivo: a rede hoteleira atingiu 90% de ocupação no Centro e na Zona Sul, movimentando R$ 149,7 milhões, enquanto o total de negócios gerados chegou a R$ 4 bilhões. Ao todo, 3 mil palestrantes de 20 países passaram pelos palcos do RIW, entre eles o Prêmio Nobel da Paz Denis Mukwege, a futurista Amy Webb, o tetracampeão de Fórmula 1 Sebastian Vettel e o físico Marcelo Gleiser. Diante da dimensão atingida, a organização já planeja ampliar o alcance em 2026. Marcada para 4 a 7 de agosto, a próxima edição ocorrerá também em outros pontos da cidade, incluindo Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste. “Queremos democratizar ainda mais a inovação, levando o RIW a diferentes pontos da cidade e mantendo o compromisso de que tecnologia só faz sentido quando impulsiona o desenvolvimento humano, social e ambiental”, afirmou o cofundador do evento, Fábio Queiroz. “Vamos expandir o Rio Innovation Week para outros pontos da cidade. A ideia é levá-lo para a Zona Sul, Zona Norte e Zona Oeste, abraçando ainda mais o Rio de Janeiro e democratizando ainda mais o acesso. Outra novidade é que vamos expandir o projeto Innovation Week para São Paulo, em maio de 2026”, completou o cofundador e diretor-Geral do evento, Jerônimo Vargas. Este ano, o RIW renovou a parceria com a Marinha, que levou ao Píer Mauá o veleiro Cisne Branco e o NAM Atlântico, maior porta-helicópteros da América Latina, transformados em palco para batalhas de games e experiências imersivas. Entre os destaques, John Maeda, da Microsoft, usou a culinária para explicar inteligência artificial; Rebeca Andrade anunciou que não competirá mais no solo; Graça Machel, homenageada pelos 80 anos, defendeu que a inovação deve servir ao ser humano; Vettel uniu esporte, sustentabilidade e tecnologia; Ney Matogrosso e Arnaldo Antunes emocionaram o público com apresentações à capela; e influenciadores como Gil do Vigor, Hugo Gloss, Manu Cit e Malu Borges mostraram a força do digital. ASSERJ é protagonista: compromisso com o futuro E a ASSERJ, mais uma vez, marcou presença com protagonismo, reforçando a pujança do varejo supermercadista. Por meio do palco Conecta Varejo, um dos mais disputados e impactantes do Rio Innovation Week, nosso setor atraiu olhares do mundo inteiro. Com o mote "O varejo que transforma o mundo, o mundo que transforma o varejo", o Conecta promoveu mais de 40 palestras ao longo dos quatro dias de evento, abordando as transformações do setor varejista, cenários futuros, temas de relevância e questões emergentes que merecem um foco atento, tudo sempre destacando um ponto comum: a experiência e a conexão humana são cada vez mais necessárias. Estiveram em nosso palco nomes como: Arthur Igreja, proprietário da Disrupt Treinamentos; Camila Farani, maior investidora anjo mulher da América Latina; Camila Salek, autora, palestrante, futurista do varejo e CEO da Vimer; apresentador Ciro Bottini; Dafna Blaschkauer, fundadora e CEO do SuperJump; Ricardo Zuccollo, vice-presidente de vendas da Unilever; dentre outros. Além disso, ainda tivemos a ampliação do ASSERJ Hub, espaço destinado às startups com soluções para o varejo, que contou com a presença de cerca de 40 empresas. Ou seja, a edição deste ano reforçou o papel da ASSERJ como o elo entre varejistas, startups, investidores e grandes líderes. Claro, o sucesso do Conecta Varejo não podia ser diferente. Afinal, foi do nosso palco que surgiu o RIW. O que nasceu como um projeto da ASSERJ com foco no fortalecimento do setor supermercadista fluminense, hoje, se tornou a maior plataforma de debate e inovação do maior evento de tecnologia do planeta. Da origem à vanguarda do futuro. "Mais do que falar de tecnologia, falamos sobre pessoas. O Conecta Varejo é um espaço onde o varejo se transforma com propósito, ética e inovação", destacou Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ. O êxito do Conecta Varejo reafirma o compromisso da ASSERJ com a inovação, capacitação e valorização do nosso setor. Seguiremos investindo em iniciativas que promovam o avanço do varejo supermercadista fluminense, com responsabilidade, visão de futuro e foco nas pessoas. "Encerramos mais uma edição histórica. Mas já começamos a planejar a próxima. Porque o futuro do varejo é uma constante e já começa hoje", concluiu Fábio Queiróz.
15 de August, 2025
"Temos que conectar os nossos mercados a valores", o futuro do varejo supermercadista por Fábio Queiróz
Encerrando a programação do Conecta Varejo no Rio Innovation Week, nesta sexta-feira, 15 de agosto, a palestra "Varejo 5.0", mais uma vez, esteve repleta. No palco, Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ, primeiro vice-presidente da ALAS e idealizador do Conecta Varejo, evento que inspirou a criação do Rio Innovation Week, do qual ele é cofundador, e de Anderson Moraes, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro. O presidente da ASSERJ iniciou exaltando a atual edição do RIW e valorizando o setor supermercadista: "É com muita felicidade que encerro esta edição do Rio Innovation Week, pelo segundo ano consecutivo com vocês neste palco. E participo deste painel com meu amigo, Anderson Moraes, meu companheiro de agruras nos supermercados. Fazer supermercado é muito difícil, muito difícil. Chegamos a ter 65 mil itens na nossa loja. Vocês imaginem a quantidade de compra e vendas que fazemos, a quantidade de boletos para pagar, a operação, não pode faltar produto". Discurso de Fábio Queiróz "Nós nunca seremos vanguarda em tecnologia e inovação. Mas começamos a ser mais atentos, mais competentes em gestão e vamos conversar aqui um pouquinho sobre isso. E, obviamente, vou puxar um pouco para nosso lado, a nossa zona de conforto, que é o supermercado, mas eu queria que você, varejista, entendesse essa conversa. Nós vamos falar muito mais em linhas gerais do varejo. Essa operação dura, não pode engessar a entrada de tecnologia e inovação e ela não está fazendo isso. A nossa velocidade só é diferente. Então, dia 10 de agosto, véspera do Rio Innovation Week, eu completei 10 anos como presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ) e eu já passei por muita transformação digital. Quando eu entrei, ainda escutava assim: 'self check-out? (o que nós chamamos de auto atendimento). Isso não vai funcionar no Rio de Janeiro, nunca. Na Baixada Fluminense, nem pensar. Ninguém vai pagar os produtos. E olha só, hoje estamos discutindo pagamento via aplicativo, reconhecimento facial... não estou dizendo que a tecnologia não embarca no supermercado, estou dizendo que ele demora um pouco mais do que outros setores que estão mais atentos, mas o varejo opera com margens muito apertadas. E atenção, assim como a despesa, a gestão sai do lucro. Então, você ter uma boa gestão, e aqui fica a campanha que a ASSERJ lidera e que vem surtindo muitos efeitos, garanto, que chama-se gestão eficiente, lucro certo. O Warren Buffett fala que se ele tivesse só um dólar, ele colocaria em marketing. Se eu tivesse só um real hoje, no supermercado eu colocaria em gestão. Então, eu queria que vocês escutassem atentamente essa troca. E, antes, por favor, vamos parar com essa história de varejo alimentar. Alguém aqui come sabão em pó? Então o supermercado não pode ser varejo alimentar. É varejo supermercadista ou, o que eu até prefiro, mas não é tão sonoro, varejo abastecedor. Ok? Porque nós somos a ponta final do abastecimento. Varejo alimentar me parece reduzir o setor que trabalhamos tão duro, tão forte, para negociar bazar, que ninguém come vassoura. Eu não vejo ninguém comer desodorante. Uma das nossas maiores dores é a mão de obra. E olha, meus amigos, para quem quer emprego está difícil, mas para quem quer trabalhar, tem trabalho para caramba. Nosso setor é um setor de muita empregabilidade, de muito trabalho; é um setor onde você cresce muito rápido. Então, eu falei de tecnologia e inovação no varejo. Vamos falar rapidamente sobre empregabilidade. Somos a maior porta de primeiro emprego e certamente o setor onde o plano de carreira acontece com mais velocidade. É um trabalho árduo, é um trabalho duro, mas eu convido todos vocês a indicarem o varejo para trabalhar, porque é um trabalho muito recompensador. Eu não tenho a menor dúvida de que abastecer a população, esse propósito, é muito gostoso de trabalhar. Na pandemia, a gente viu isso claramente: a essencialidade do supermercado, como os colaboradores se aventuraram, mesmo sabendo que corriam risco de vida naquele momento. Então, eu tenho muito orgulho de pertencer ao varejo e tenho ainda mais orgulho de pertencer ao varejo supermercadista. A ASSERJ tem a Escola ASSERJ, que forma colaboradores, atualiza colaboradores. E eu também tenho muito orgulho da adesão daquele cantinho que está ali e que, no ano que vem, vai ganhar mais espaço. O ASSERJ HUB. E não pode ser uma iniciativa só no Rio Innovation Week. Ali, temos 40 startups de varejo expondo suas ideias. São 40 ideias, 40 esperanças, 40 vontades de mudar o mundo, ou pelo menos melhorar o mundo. Então, isso causa muito impacto. Quero chamar a atenção para uma coisa: a cultura da empresa. Sejam diligentes com isso. O colaborador precisa desse direcionamento. Essa geração me parece que tem menos compromisso, menos apego. Então, difundir propósito é importante, onde queremos chegar, para onde vamos? Essa crise mundial passa muito pela crise de propósito: o que eu quero, o que eu estou fazendo, e mais do que isso, o que o meu trabalho muda na vida dos outros. Eu vejo pessoas trabalhando sem compromisso com o resultado. Isso é tão ruim, não é? No final, não pode dar certo. E estamos aqui para nos propormos a falar do varejo do futuro, com o varejo do futuro que queremos, ou melhor, com o futuro do varejo. O futuro do varejo passa pelo varejo do futuro". O que queremos? Eu, particularmente, quero estar na minha casa e consultar no aplicativo se tem vaga de estacionamento no mercado da minha preferência. Mais do que isso, quero que, no sofá da minha casa, eu consiga, pelo mesmo aplicativo, saber se a loja está cheia ou vazia. Quero chegar na loja e ter corredores amplos. Também não quero ficar na fila do açougue. Quero ser notificado no celular quando o meu pedido, que fiz talvez até me deslocando da minha casa ao supermercado, estiver pronto, para ir buscá-lo. Enquanto isso, quero estar circulando pela loja, vendo lançamentos, sentindo os cheiros, degustando produtos, encontrando quem eu quero no supermercado, porque aquilo é um lugar de encontros. Também encontro quem eu não quero, porque, afinal, faz parte, porque os supermercados são grandes laboratórios sociais. Quantos casais já não se formaram na fila de um supermercado? Mas quantos casais também já não brigaram nos corredores dos supermercados? Então, tudo isso faz parte, mas essa experiência tem que mudar. Agora, para os casais que se conheceram na fila do supermercado, eu tenho uma péssima notícia: estou trabalhando todos os dias para acabar com aquela situação no supermercado, porque o pagamento precisa estar na palma da nossa mão. Todo mundo ama supermercado, mas o que as pessoas não gostam é da fila, de procurar vaga no estacionamento, de corredores apertados. Mas se você tiver uma loja ampla, confortável, e não pegar fila, todo mundo vai gostar desse supermercado. Supermercados são shoppings de alimentos, de produtos de limpeza, de bazar, onde tem lançamento. Quem é que não gosta de uma promoção? Fala a verdade. E é ali o lugar de convívio social. Mas precisamos avançar. Precisamos fazer com que essa experiência seja cada vez melhor e mais agradável. E atenção à frase: o meu trabalho consiste em fazer vocês irem a supermercados por vontade e não por necessidade. Cada vez mais, amigos, vendemos mais no varejo online. Por quê? Porque vocês não querem carregar peso. Vê se o supermercado tem saco de 15 quilos de ração? Tem de 5 kg. E esse já é o nosso limite. Sabe por quê? Com arroz de 15 quilos da marca da tua preferência, eu posso entregar na sua casa. Aí você carrega menos peso e tem mais conforto. No entanto, eu não posso entregar o tomate do jeito que vocês podem escolher. Então, eu quero que vocês tenham mais tempo para escolher o tomate seguindo aquelas crenças (aperta em cima, aperta do lado), verdadeiras ou falsas, que nos trazem o lúdico, a memória emocional. Essa é a verdade. Mas não podemos parar ali. Temos que conectar os nossos mercados a valores. E aqui, a Luísa Trajano, que é nossa palestrante, querida amiga, olha o que essa mulher fez: ela trouxe de fora uma prática em que treinou os colaboradores dela e colocou um botão nas lojas da Magalu dizendo o seguinte: 'Você, mulher, que é vítima de violência e precisa de ajuda, só aperta esse botão. O meu colaborador está pronto para te auxiliar e te ajudar psicologicamente, encaminhando para o profissional ou, legalmente, encaminhando para o profissional da delegacia, de uma forma orientada'. Pergunte a vocês: 'alguém vai esquecer do Magazine Luísa se for ajudado dessa maneira?' Não, de jeito nenhum. Aqui, eu não acredito em fidelização pelo tempo. Eu acredito em recorrência. No meu conceito de fiel, se você der uma piscadinha para o lado, já traiu. E quem aqui é fiel a uma só marca? Quem aqui compra só em um supermercado? Estudos mostram que chegamos a usar até oito canais de compras diferentes. Então, voltando para nossa reflexão sobre esse varejo do futuro, eu preciso conectar de maneira emocional. Já falei dos valores, agora quero falar de maneira emocional. Os supermercados precisam abranger uma reunião da confraria que você tenha. E precisam promover ali um encontro mensal. Olha que conexão da marca com o teu emocional! Os supermercados precisam ser centros de treinamento. Olha, eu não gosto de vinho, isso é verdadeiro. Eu não sou chegado a vinho. Sou cervejeiro. Mas, outro dia, eu também experimentei vinho e gostei. Aquilo me gerou uma curiosidade. O nosso paladar muda ao longo dos anos. Eu fiquei alguns anos sem tomar uma taça, e tomei esses dias. Adorei, amei. Com a outra, voltei a detestar. O que eu estou precisando? O que eu estou precisando é de treinamento. E fui descobrir que tem o vinho de entrada, o vinho mais ou menos, e o vinho para quem já está muito acostumado É isso que supermercados precisam entregar. E quando eu falei supermercado, é a boca torta pelo hábito do cachimbo. Leia-se varejo, porque citei a Magalu. Leia-se o varejo que vocês quiserem. Isso é muito, muito, muito importante. E quando temos o poder público entregando mão de obra qualificada para isso, eu não consigo imaginar tudo o que estou falando se eu não tiver gente me fornecendo mão de obra qualificada. Porque, olha, eu tenho a honra de ter entregue, a vocês, nesses quatro últimos dias, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo. Aqui na plenária estava o maior nome de inteligência artificial e emocional também, por acaso, Daniel Goleman, mas o maior nome de inteligência artificial do mundo, que é John Maeda, vice-presidente de inteligência artificial da Microsoft, que está liderando a corrida de inteligência artificial no mundo. Então, ninguém vai me dizer, com todo respeito, o valor que têm tecnologia e inovação. Mas existe algo acima disso, que se chama ser humano. O tema do Rio Innovation Week é ética. Por quê ética? Porque, se nos acostumarmos a viver a tecnologia sem ética, a máquina vai tomar conta. O ser humano precisa estar no controle: a mão de obra que vai conseguir fazer, entender e realizar o varejo do futuro. Discurso Anderson Moraes "Sou deputado estadual. Hoje estou secretário de Estado. Eu não misturo a minha vida política com a minha vida profissional. Eu sou do varejo. Quem esteve aqui conosco no passado, acho que escutou: aprendi essa profissão com a minha mãe, desde os 14 anos de idade. Enfim, não vou entrar nesse assunto agora, mas foi aí que ingressei no mercado de varejo. Cada dia mais eu tenho a oportunidade de conviver nos dois campos, da iniciativa privada e do poder público. E é engraçado, quando ganhei a eleição em 2018, eu achava que iria levar mais ideias da iniciativa privada para dentro do poder público do que o contrário. Mas hoje vejo que não é bem assim. Percebo que existe um equilíbrio muito grande nisso. Claro, quando você fala de dinamismo, de velocidade, aquela coisa de ser empresário, de estar no mercado de varejo, de apertar um botão para trocar um preço e o preço já mudar na gôndola, e a plaquinha já virar para o novo modelo, isso tudo acontece com muita rapidez na iniciativa privada. No poder público, muitas vezes, para as coisas avançarem, é preciso respeitar um certo ritmo. Nem tudo acontece no momento em que você determina ou solicita. E algo que tenho trazido da política para a iniciativa privada é a forma de se relacionar com as pessoas. A política dá um verdadeiro show nesse sentido. Aprendemos a ter mais compreensão, a lidar melhor com as pessoas. Na iniciativa privada, temos muito aquela postura de, se alguém não atende à expectativa, simplesmente substituí-lo. Hoje, penso diferente: buscamos melhorar as pessoas, entender por que, naquele momento, elas não deram a resposta que esperávamos. É uma troca diária que vem ajudando em ambos os lados em que tenho a oportunidade de atuar. E hoje, poder estar aqui dividindo este palco com você, mais uma vez, é um motivo de muito orgulho. Você, que é um grande empreendedor no estado do Rio de Janeiro, é um cara por quem tenho enorme admiração, por desenvolver projetos grandiosos e ajudar o nosso estado a crescer economicamente, para que possamos trabalhar cada vez mais pela empregabilidade. Nós estamos na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro. Lembrando a todos que a nossa Secretaria não tem uma entrega final, ela é meio. As nossas interações acontecem por meio das vinculadas, e eu faço questão de citar o nome de todas elas aqui. Nós trabalhamos com a UERJ, com a UENF, e hoje temos uma relação espetacular com as universidades. Claro que precisamos entender e respeitar o que está na Constituição, aquilo que foi conquistado com muita luta ao longo dos anos: a independência, a autonomia universitária. Temos também a FAETEC, que hoje é a maior escola de ensino técnico e profissionalizante do país. Contamos ainda com a Fundação CEPERJ, que realiza um trabalho incrível com aquelas pessoas que, muitas vezes, perderam a oportunidade de ingressar em uma sala de aula ou de concluir o ensino fundamental e o ensino médio. Lá também temos o Pré-Vestibular Social. Neste ano, batemos recorde de inscrições: abrimos mais de 30 mil vagas. Chegamos a atingir 70% de aprovação nos vestibulares, graças à Fundação CEPERJ. Temos ainda o Consórcio CEPERJ. É um consórcio formado em parceria com todas as universidades estaduais e federais públicas do Estado do Rio de Janeiro. Por meio dele, conseguimos interiorizar cada vez mais o ensino superior. Assim, pessoas que moram no Noroeste Fluminense e na Região Serrana, por exemplo, têm condições de obter um diploma da UFF, da UERJ, da UFRJ, entre outras. Também contamos com a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que realiza um trabalho espetacular no campo da pesquisa, apoiando projetos de diversas áreas em todo o nosso estado. Estamos indo em cada região, buscando a vocacionalidade de cada região, nós estamos transformando os cursos da nossa instituição, a Faetec, em cursos profissionalizantes, cursos esses voltados para a empregabilidade local, de acordo com as necessidades de cada região. A partir disso, estamos descobrindo, junto ao empresariado, quais são as demandas reais de mão de obra. Ou seja, perguntamos diretamente aos empregadores: 'Qual é a mão de obra que vocês precisam?'. Eles respondem: 'Precisamos de mão de obra X, Y, Z.' E aí, vamos em frente: vamos formar essa mão de obra. Começamos, então, a formar dentro da Faetec exatamente os profissionais que o mercado está contratando. Dessa forma, estamos valorizando o currículo das pessoas, o que é muito importante, mas, mais do que isso, estamos trabalhando a empregabilidade de forma concreta. Estamos dando condições para que a pessoa ingresse em um determinado tipo de emprego e, dali em diante, possa até ter a oportunidade de se especializar ainda mais e fazer carreira dentro das empresas. Isso tem sido muito bacana e está funcionando muito bem. Fechamos o ano passado com cerca de 110 mil alunos na instituição, e temos uma projeção para este ano de alcançar, pelo menos, 135 mil alunos. Antes, tínhamos salas de aula com capacidade para 30 pessoas, mas que, muitas vezes, tinham apenas 15, 16 ou 17 alunos matriculados. Quando fizemos a reestruturação da oferta dos cursos, conseguimos mobilizar a população. As pessoas passaram a procurar mais a nossa instituição. Aquela mesma sala, que tinha um custo fixo para atender 17 ou 18 alunos, hoje, com 30 alunos, tem o mesmo investimento. E, se você é da iniciativa privada e conhece o ramo, sabe do que estou falando: as cadeiras já estavam lá, a estrutura já estava montada, o que fizemos foi otimizar e dar mais sentido ao uso desses recursos. Mas, no final do ano que vem, a nossa instituição, através de uma virada de chave, de uma virada de chave que nós vamos fazer, eu faço aqui um compromisso: no final do ano de 2026, a nossa instituição terá um número de pessoas matriculadas que nunca aconteceu antes no Estado do Rio de Janeiro. Nunca! Nós vamos bater o recorde de alunos naquela instituição, justamente usando tecnologia e inovação. Outro produto que estamos desenvolvendo na Faetec é o Banco de Talentos. Estamos criando uma plataforma onde todos os alunos que passaram pela instituição terão seus currículos disponíveis, tanto do ensino técnico quanto do profissional. Já peço aqui a sua ajuda: possivelmente, no mês que vem, faremos o lançamento dessa plataforma, Fábio. Queremos convidar o maior número possível de empresários para esse lançamento, porque cada empresário vai sair com um login e uma senha, de forma que, na sua empresa, quando pensar em contratar alguém ou tiver uma vaga disponível, poderá entrar com esse login e senha e acessar o Banco de Talentos da Faetec. Ali, será possível encontrar de tudo. Vamos disponibilizar tudo isso, fazendo essa ponte entre a mão de obra disponível, os empregadores e o desenvolvimento econômico, gerando empregabilidade para o nosso povo. Será uma espécie de aplicativo de relacionamento da oportunidade de negócio no Estado do Rio de Janeiro. É isso mesmo, é o que nós precisamos entender: a inovação, a tecnologia estão aí, e creio que isso que o Fábio quis também dizer. Por mais que a gente venha evoluir, com tanta tecnologia, é preciso sempre ter na cabeça e entender o que existe de mais importante dentro de todo esse processo. É claro que é o ser humano. Em todos os sentidos, não só aquele que está dentro do varejo atendendo, mas também aquele que está entrando no varejo para poder consumir. As pessoas precisam entender, principalmente aqueles que estão dentro do varejo atendendo as pessoas que ali estão chegando, que aquelas pessoas que estão chegando para consumir naquele momento, nós precisamos identificar, antes de fazer com que as atendamos bem, qual é o estado em que aquela pessoa se encontra naquele momento. E até isso, dentro dos nossos cursos profissionalizantes, estamos fazendo, porque, por exemplo, todo o segmento de drogarias também. Têm muitos clientes que entram nas drogarias e, naquele momento, não estão entrando para comprar shampoo, nem creme; muitas vezes eles estão cheios de dor, estão indo até ali para comprar algum remédio, alguma coisa que vai fazer o estado deles, naquele momento, se transformar e voltar à normalidade. Então, é preciso que dentro do varejo entendamos que, por mais que tenhamos hoje inovação e tecnologia, nós vamos precisar sempre ter a sensibilidade de entender que a todo tempo estamos lidando com seres humanos. E mais que isso, existem algumas profissões dentro do varejo que, a princípio, as pessoas ficam com receio de que sejam extintas, e eu não consigo acreditar que a evolução vá fazer isso. Pelo contrário, vai fazer com que aquelas profissões sejam mais completas, mais valorizadas e nunca extintas. E, voltando a falar até do evento que estamos hoje, eu acho que no caminho que vocês estão, Fábio, possivelmente, dentro de alguns anos, esse evento terá duas entradas: a entrada daqui da Praça Mauá, que sempre existiu, e possivelmente, na forma como está se estendendo para dentro do mar, vai ter muita gente podendo entrar pelo litoral também. Mas tudo isso só é possível através da inovação e da tecnologia, porque mandam muito bem em serem identificadores de talento, e têm a sensibilidade de conseguir se relacionar, de lidar com pessoas, de buscar mais parceiros. Portanto, é bom deixar bem claro que jamais a tecnologia vai superar aquilo que nós temos de mais importante, que são as pessoas. Não tem jeito, eu sei que nós somos sonhadores, nós queremos que cada vez mais as coisas possam evoluir. O mercado varejo é sensacional, é um dos maiores empregadores do nosso país. E hoje, quando falamos de empreender no nosso país, é muito difícil. São muito grandes os números das empresas que vão fazendo a constituição do seu CNPJ e que, muitas vezes, não conseguem chegar ao seu quinto ano de aniversário. Quero aproveitar para parabenizar todos que tentam, não só os que conseguem, mas os que vêm tentando empreender no Brasil. Quando você fala de mercado varejo, eu tenho várias pessoas que trabalharam comigo no mercado varejo. Eu tenho amigos hoje que entraram para trabalhar de 'jacaré' nas lojas e hoje, eles têm muito mais do nós. Então, o mercado varejo é bacana por isso, porque você tem condições de entrar ali pequenininho, sabe? E, se você se dedicar, claro, não gastando tudo aquilo que você ganha. Eu acho que hoje o grande sucesso, não só no mercado varejo, mas em qualquer outro, não está mais no muito que se ganha, mas está no controle do pouco que você consegue gastar. E, dessa forma, você vai acumulando os seus rendimentos e, lá na frente, você vai ser grande pra caramba. É só esperar o tempo passar, não sofrer tanto de ansiedade que você vai conseguir realizar tudo aquilo que pensa. Então, já finalizando, é muito bom o varejo. Eu tenho uma saudade de encostar a barriga no balcão, de ficar lá, eu sempre gostei disso. O mercado varejo me ensinou também, me ajudou muito a entrar na política, claro, porque eu passei a aprender a lidar com as pessoas, no sentido de saber cumprimentar, de perder a vergonha. Não tem como você trabalhar no mercado varejo e ser aquele cara para baixo, então você acaba sendo um cara mais autêntico, e, mais pra frente, mais gente. É uma escola muito bacana que eu vivi diretamente dos meus 14 anos até os 38 anos de idade, que foi quando eu conquistei o primeiro mandato. Uma grande escola pra mim, e, sem dúvida nenhuma, eu tenho certeza que a minha vida na política não vai ser eterna. Minha mãe sempre falou pra mim que a maior coisa que o ser humano pode ter é o crédito, e temos que trabalhar a vida inteira para nunca perder o nosso crédito. E é isso que eu carrego pra vida. Quero agradecer aqui a presença de todos vocês. Muito obrigado por estarem até agora conosco, escutando o Fábio, escutando aquilo que nós temos para falar. Espero que a experiência seja válida pra alguma coisa".
15 de August, 2025
Fecomércio destaca ASSERJ como exemplo de economia circular no Conecta Varejo / Rio Innovation Week
No último dia do Rio Innovation Week, o palco do Conecta Varejo recebeu a palestra “A experiência do comércio fluminense no uso das novas tecnologias verdes”, conduzida por Vinícius Crespo, diretor executivo da Fecomércio RJ, que abordou as oportunidades da economia circular e os projetos que a instituição possui na área. Na ocasião, Crespo destacou que, apesar da política nacional afastar o país das questões de resíduos, ainda enfrentamos desafios significativos, citando fotos recentes de lixões no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belém, a menos de 100 dias da COP. Segundo ele, o Brasil recicla apenas 4% dos resíduos gerados anualmente — 82,5 milhões de toneladas — e 72% da população não separa corretamente o lixo, mesmo sabendo que materiais como plástico são recicláveis. "Apesar das dificuldades, o país já apresenta conquistas, como a reciclagem de quase 100% das latas de alumínio, além do potencial em energia limpa, biocombustíveis, biodiversidade e recursos hídricos", afirma. O diretor também apresentou projetos da ASSERJ que vêm transformando a gestão de resíduos e promovendo a economia circular. "Entre eles estão o Programa Repet, que transforma garrafas PET em pontos trocáveis por benefícios do SESC", destacou. Por fim, para Crespo, o comércio fluminense e o Sistema Comércio vêm avançando nessa agenda verde, mostrando que tecnologia, inovação e propósito podem gerar impactos ambientais, sociais e econômicos positivos, transformando desafios em oportunidades para todo o estado do Rio de Janeiro.
15 de August, 2025
"Não podemos achar que sabemos tudo, a vaidade trava o crescimento", a mentalidade da construção de grandes negócios em palco com Camila Farani
A mentalidade define um negócio. Seu objetivo, estratégias e trajetória. Mas quais os desafios e decisões que transformam o início de um projeto em um grande empreendimento? Esse foi o tema da palestra "De startup a BigTech", realizada nesta sexta-feira, 15 de agosto, no palco do Conecta Varejo, no último dia do Rio Innovation Week. Com participações de Camila Farani, maior investidora anjo mulher da América Latina, Anderson Chamon, cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay, e Cristina Palmaka, conselheira da Vivo, Eurofarma e C&A, o debate foi repleto de insights e, principalmente, de muito incentivo à inspiração para arriscar e se destacar no mercado, entendendo como grandes empresas nascem, crescem e se mantêm relevantes em um mercado em constante transformação. Criando ecossistemas, acima de negócios Negócios se constroem com várias mãos, assim como nosso setor é erguido com o braço da indústria, por exemplo. Portanto, é importante manter um olhar sempre amplo, como destacou Cristina Palmaka: "Eu já trabalhei em grandes companhias. Sempre fui uma empreendedora dentro das empresas. Trabalhei em companhias bacanas, mas para mim, a parte de ecossistema é uma das mais importantes. Primeiro, porque nenhuma empresa faz nada sozinha. Mesmo as grandes companhias, ao criarem seus produtos, precisam de um ecossistema. Esse aprendizado, de ter uma mente aberta para entender que o seu ecossistema pode vir de parceiros, investidores, depende da sua localização geográfica, mas é essencial. Por exemplo, concorrentes. Em alguns momentos, tivemos concorrentes que faziam parte do nosso ecossistema. Em outras situações, competíamos diretamente com eles. Então, é fundamental ter essa visão aberta: entender onde sou bom, o que preciso do ecossistema como complemento e como criar isso de forma que seja um ganha-ganha. Tem que ser assim para a empresa que está conduzindo e também para o ecossistema. Já ouvi muita gente dizer: 'Vamos montar um ecossistema para tornar tudo mais barato, mais acessível'. Porém, se a matemática não fecha para todos os envolvidos no processo, não funciona". "É importante enxergar todo o ecossistema se retroalimenta. Por exemplo, no ecossistema de startups, quando fazemos um recorte com tecnologia, o que você tem? Você tem os empreendedores, mas os empreendedores não vivem sem os investidores, que, no fim do dia, precisam das aceleradoras, que por sua vez precisam das incubadoras, que dependem do setor público, que dependem do setor privado. Então, é cada vez mais importante entender que você não está sozinho. E buscar, cada vez mais, fortalecer o seu ecossistema, o ecossistema dos seus negócios", frisou Camila Farani. Anderson Chamon também pontuou: "Eu acho que, quando você constrói um produto, uma plataforma sobre a qual novos negócios podem surgir, é aí que você realmente tem um ecossistema. Ou seja, negócios sendo criados por pessoas que vendem para outras empresas em cima do seu produto. E temos vários exemplos. O TikTok é um deles, o Google também. O PicPay nasceu com esse viés. Sempre pensamos assim. Desde o início, experimentamos muita coisa diferente. Essa é a filosofia de um ecossistema". O início da escalada: defina seu mercado e foque em pessoas Oferecendo diversos insights sobre a caminhada de preparar e alavancar negócios, o cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay alertou: "O primeiro passo depende do contexto de cada um, mas existe muita dor quando você escala. Primeiro, é preciso encontrar o product-market fit: o que estamos vendendo? Qual é o nosso produto? Qual é a proposta de valor que estamos oferecendo? Essa fase, no Picpay, foi muito demorada. Levamos muito tempo para encontrar, de fato, o nosso product-market fit. E, como consequência disso, a busca por ele foi constante. É muito diferente construir um negócio que ainda não existe, em comparação com criar algo que já tem um modelo mental estabelecido. Quando você cria algo novo, precisa tomar cuidado para não tentar abraçar o mundo. É preciso focar em características específicas. Primeiro, construir um produto que as pessoas queiram usar. Segundo momento, reter. Depois, foco em receita". "Grandes corporações também precisam fazer market-fit. Porque isso muda, o consumidor muda, os concorrentes mudam. E todo mundo quer crescer, escalar, todos estão tentando encontrar qual é o próximo salto, qual é a próxima grande oportunidade. E, algumas vezes, as grandes companhias ficam esperando, achando que estão seguras, que têm um nome forte, mas elas também podem desaparecer. Acho que manter-se sempre atento ao 'lobo' é fundamental. Se não estiverem, as empresas quebram e somem. Temos vários exemplos por aí, empresas que pareciam intocáveis e desapareceram. Por isso, é essencial pensar nisso como parte do DNA da empresa. E desde o dia um", ressaltou Cristina Palmaka. Camila Farani concluiu: "A ordem é essa: primeiro as pessoas, depois o produto e a tecnologia, e em terceiro lugar observar as culturas, porque culturas diferentes, significam comportamentos de consumo e mentalidades diferentes. Então vejam, estamos falando de prioridades. É preciso olhar para si. De uma forma que seja efetiva, de uma forma que você consiga sentir". Lidar com a frustração: controle suas expectativas, aprenda com erros e tenha humildade Anderson Chamon expôs a necessidade de estar constantemente atento a não se frustar com as próprias expectativas de seu negócio: "Primeiro, isso é o tempo inteiro. Na minha vida, a frustração só vai mudando de patamar. É quase como um videogame. Na primeira fase, o chefe é mais fácil, você vence. Depois vai passando de fase, e os desafios vão ficando mais difíceis. Hoje, as fases são bem mais complexas, mas as frustrações continuam muito parecidas. Como eu lido com isso? Geralmente, quando tenho uma frustração muito grande, algo que eu queria muito fazer, com uma expectativa alta, eu percebo que isso vale para tudo na vida. Na minha opinião, frustração e expectativa são irmãs. A mãe da frustração é a expectativa. Ou seja, quanto mais distante a realidade estiver da minha expectativa, maior será a frustração quando ela bater à porta. Então, na minha vida, eu aprendi a manter minhas expectativas lá embaixo. Nos negócios, levo isso comigo. Várias vezes me peguei frustrado e pensei: 'Minha expectativa estava errada'. Então eu ajusto. Quando levo uma pancada e caio no chão, minha tendência é juntar os cacos, esperar passar, e depois voltar. Eu sempre volto. Sempre penso: 'Como é que eu faço diferente para alcançar aquele objetivo?'. Se algo deu errado, eu busco uma nova forma de chegar lá. Desistir é muito raro para mim. Esqueço a frustração e foco na solução". "Sobre pressão, porque não é só a frustração, tem a pressão também, é até engraçado. A gente vai se acostumando com ela e vai melhorando. Eu brinco que, se pegassem o eu de 2002 e o teletransportassem para hoje, ele não aguentaria. Ao longo da minha jornada, fui aprendendo a lidar com a pressão e com os desafios. Tenho uma analogia que uso bastante: o 'teto'. Às vezes você chega num ponto e pensa: 'Dei teto. Cheguei no meu limite. Não sei o que fazer. Quem me ajuda? Como resolvo isso?'. Mas, com o tempo, você aprende, supera, e percebe que o seu teto aumentou. Você consegue ir mais longe, liderar melhor, tomar decisões melhores", prosseguiu o o cofundador e vice-presidente executivo de Novos Negócios do PicPay. Anderson Chamon finalizou com uma lição pessoal: "Por exemplo: hoje eu lidero pessoas muito mais sérias do que eu. Em outros tempos, eu não saberia como lidar com isso. Mas aprendi. E meu teto aumentou. Hoje eu aguento uma pressão muito maior do que antes. Isso é fruto de um aprendizado contínuo. E acho que tem uma coisa essencial para esse processo acontecer: humildade. Não podemos achar que sabemos tudo. Se eu acredito que já sei tudo, perco a chance de aprender. Isso, para mim, é vaidade. E a vaidade trava o crescimento. Sempre procurei me desprender disso. Um exemplo prático: em 2018, eu era CEO do PicPay. Quando fui para São Paulo, comecei a contactar pessoas e trouxe alguns de Vitória comigo. Naquele momento, eu comecei a perceber e falar pro time: "Talvez o CEO não deva ser eu". A verdade é que eu criei um negócio tão grande, que se eu me candidatasse à vaga de CEO da empresa hoje, eu não seria contratado. Eu só estou aqui porque fui o cara que criou. Mas eu era um teto para empresa. Reconhecer isso foi doloroso. Foi um processo interno difícil. Mas entendi que precisava trazer alguém do mercado, alguém com mais preparo para esse momento. E foi o que eu fiz, no início de 2019. Trouxemos o primeiro CEO externo, e hoje temos um CEO de mercado. Estou super feliz com isso. Aprendo absurdamente com ele. Ele me ajuda demais". Encerrando o painel Cristina Palmaka salientou: "Temos que aceitar que nunca estamos totalmente preparados. Nunca estamos 100% prontos, sempre vai existir alguém bacana, melhor em algo, que pode nos complementar. Eu sempre fui boa em montar 'xadrez de pessoas', como costumam dizer. Gente que me complementa justamente nas partes em que eu tenho alguma debilidade, ou que pode me desafiar. Eu gosto de conversar com quem me desafia. Acho importante respeitar o fato de que nunca vamos saber tudo e, para mim, essa é a parte mais legal. Fico em paz em saber que não sei tudo e que posso continuar aprendendo. Inclusive, hoje aqui, aprendi muito. Quando nos permitimos esse espaço, realmente aprendemos, sem mascarar, sem medo. Não saber não é fraqueza. Não saber não é ter medo. É olhar para situação, correr atrás de alternativas e, de verdade, buscar aprendizado para ir ao próximo nível. Para mim, isso traz habilidade, traz flexibilidade, competências que eu aprendi a desenvolver bem ao longo do tempo".
15 de August, 2025
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