inflação supermercado

Em novembro, supermercados do Rio registram deflação pelo sexto mês consecutivo. ASSERJ explica cenário

10/12/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Dia

Economia
inflação supermercado

Após a desaceleração registrada em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, voltou a registrar um resultado baixo em novembro. Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira, 10 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA indicou alta de 0,18% no 11º mês do ano. Essa é a menor taxa para o mês desde 2018.

O resultado apontado em novembro ficou abaixo do projetado pelo mercado, que esperava uma elevação de 0,20%. O desempenho do penúltimo mês do ano também trouxe outra boa notícia. Agora, o acumulado de 2025 do indicador soma 3,92%, dentro do intervalo de tolerância do Banco Central. Já especificamente o varejo supermercadista do Rio de Janeiro registrou deflação no 11º mês do ano.

Alimentação, mais uma vez, ajuda a conter inflação no Brasil. Supermercados do Rio têm baixa de preços

Segundo o IBGE, quatro dos nove grupos pesquisados apresentaram variação negativa. Os principais responsáveis por pressionar a inflação foram os setores de Despesas pessoais (+0,77%), Habitação (+0,52%) e Vestuário (+0,49%). Já os grupos a registrar retração foram Artigos de Residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%) e Saúde e Cuidados Pessoais (-0,04%). Alimentação no Domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos no varejo supermercadista, apontou baixa de 0,01%, a quinta deflação consecutiva.

Considerando somente no cenário do Rio de Janeiro, o índice de inflação de Alimentação no Domicílio recuou pelo sétimo mês consecutivo, com queda de 0,57% em novembro, a segunda maior do Sudeste (atrás apenas de Vitória, no Espírito Santo). No acumulado de 2025, o estado tem a terceira maior deflação entre os entes federativos, e a maior do Sudeste, no setor de Alimentação no Domicílio (-0,78%), muito inferior à média nacional (+1,29%).

Dos alimentos e bebidas vendidos nos supermercados do Rio, 55,7% tiveram queda de preços em novembro, com destaque para: alho (-8,3%); laranja pera (-5,42%); banana prata (-5,26%); azeite (-4,73%); arroz (-3,52%); frango inteiro (-2,43%); macarrão (-2,24%); ovos (-2,21%); e feijão preto (-0,60%).

Já entre as altas, as principais foram: batata-inglesa (+22,66%); uva (+5,93%); cenoura (+4,74%); óleo de soja (+3,56%); alcatra (+3,21%); alface (+2,96%); contra-filé (+2,09%); cerveja (+1,53%); e sal (0,82%).

Resultado apresenta oportunidades para o varejo supermercadista fluminense

A sétima deflação seguida nas categoria de maior importância para o varejo supermercadista fluminense apresenta a sequência de uma janela de oportunidade que vem se consolidando no cenário do estado do Rio. Produtos mais baratos nas gôndolas significam alívio no orçamento dos consumidores e maiores possibilidades de atração. Baixa de preços também pode significar a chance de renegociação com fornecedores.

Mas atenção: aproveitar oportunidades exige acompanhamento, análise e boa gestão, antecipando fatores futuros que possam reverter a maré de baixa ou afetar de forma específicas certas categorias.