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Cesta básica no Rio: após leve alta, nova queda é registrada. ASSERJ analisa

09/12/2025 • Atualizado pela ultima vez 22 Horas

Economia
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Novembro voltou a registrar queda no valor da cesta básica no Rio de Janeiro, retomando a curva descendente apontada durante boa parte do segundo semestre de 2025, mas levemente interrompida em outubro. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgado nesta terça-feira, 9 de dezembro, no 11º mês do ano, a deflação nos preços foi de 2,17% na cidade, na comparação com outubro. No acumulado de 2025, a cesta básica no Rio tem uma subida de 0,53%.

A baixa de novembro representa uma retomada da sequência da onda de alívio para o orçamento das famílias cariocas. No 11º mês do ano, oito dos 13 produtos que compõem a cesta tiveram redução nos preços médios. Registraram queda: tomate (-22,72%); batata (-8,59%); arroz agulhinha (-3,98%); leite integral (-3,29%); farinha de trigo (-2,18%); café em pó (-1,71%); manteiga (-1,07%); e açúcar refinado (-0,89%). Por outro lado subiram: óleo de soja (3,11%); carne bovina de primeira (1,07%); pão francês (0,71%); e banana (0,33%). O feijão preto manteve-se estável.

O presidente da ASSERJ e da Associação das Américas de Supermercados (ALAS), Fábio Queiróz, destaca: "Os números reforçam uma tendência importante para o setor supermercadista, que é a recuperação do poder de compra das famílias e a estabilidade gradual do abastecimento. Essa redução, registrada em oito dos treze itens essenciais, confirma que os supermercados têm trabalhado com eficiência na gestão de estoques, na negociação com fornecedores e na busca constante por competitividade nas gôndolas".

"Esse movimento é muito positivo. Ele indica que, mesmo diante de um ano desafiador, conseguimos manter regularidade na oferta, evitar rupturas e colaborar para que produtos fundamentais cheguem ao consumidor com preços mais acessíveis. É um sinal claro de que o setor supermercadista fluminense está cumprindo seu papel social e econômico", ressalta Fábio Queiróz.

Retomada da quedas: oportunidade para supermercadistas, mas atenção ao cenário

Em nível nacional, 24 das 27 capitais brasileiras registraram queda na cesta básica em novembro. Como a ASSERJ já havia antecipado, o resultado de alta geral em outubro foi muito impacto pela curva deflacionária freada, o que não significava um movimento obrigatoriamente sequencial. A volta das baixas, porém, também não quer dizer que a atenção do varejo supermercadista não precise estar direcionada para os diversos fatores que podem influenciar os preços em dezembro e na virada para 2026.

"Esse equilíbrio é resultado de um trabalho conjunto entre indústria, varejo e toda a cadeia de abastecimento, que tem buscado eficiência, previsibilidade e melhores condições de compra e logística. Seguiremos acompanhando de perto as variações e trabalhando para ampliar esse ambiente de confiança, buscando sempre eficiência, transparência e responsabilidade com o consumidor. O compromisso do setor é continuar contribuindo para que a alimentação das famílias seja garantida com qualidade, variedade e preços justos", enfatiza o presidente da ASSERJ.