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Como proteger sua operação digital em meio a um apagão cibernético?

28/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Mês

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O apagão cibernético da última semana na Amazon Web Services (AWS) mostrou duas faces de uma mesma realidade. Se por um lado evidenciou o quanto o varejo moderno é digitalizado, por outro confirmou como ele é dependente. Diversas foram as empresas e segmentos fortemente impactados pela falha crítica na principal região da AWS, na Virgínia nos Estados Unidos.

Para dimensionar o tamanho da questão, segundo o Downdetector, mais de 2 mil empresas registraram interrupções simultâneas, em um impacto global que atingiu milhões de pessoas, Nesse cenário caótico, o consumidor também foi afetado. E, para o cliente, isso não é só uma questão de serviço, mas de experiência. Em sua jornada, ele enxerga uma compra não finalizada, um sistema que não funciona corretamente. Para o varejista, isso significa prejuízo a uma reputação construída por anos de trabalho.

Porém, é preciso entender uma questão pontual. O risco não está na falha do sistema em si, mas em não possuir um plano de mitigação. A falta de contingência, de visão sistêmica, de governança digital é a falha que parte do próprio negócio e não da digitalização. É necessário encarar o investimento em infraestrutura de TI como estratégia de operação. A diferença entre perder um dia e correr o risco de perder o negócio está em antecipar os problemas com prevenção.

Anderson Ozawa, CEO da Aozawa Consultoria, dá cinco dicas de ações aos supermercadistas diante desse cenário:

1 - Planeje para a falha: ter nuvem não basta, é preciso resiliência arquitetônica, redundância, simulações de desastre e planos de continuidade;
2 - Evite opções únicas: se toda a operação depende de um provedor ou região, existe vulnerabilidade. Avaliar opções como multi-cloud, redundância e diversificação, são ações preventivas;
3 - Comunicação é essencial: se houver uma falha, informe rapidamente seus clientes, com muita clareza, empatia e ações futuras. Ser transparente é mais importante do que garantir o uptime;
4 - Monitore e reaja rapidamente: as estatísticas indicam uma demora em mais de 30 minutos para detectar falhas, podem perder até 70% do valor de recuperação para as empresas;
5 – Trabalho contínuo: ações como treinamentos, integração de áreas de negócio com TI e definição de calendários de backups operacionais ajudam na cultura e entendimento que transformação digital sem plano B é uma ilusão que custa caro.

A tecnologia não é a garantia de crescimento. Sem planejamento, estratégia e resiliência os resultados são mais frutos do acaso do que uma realidade constante. Cada segundo de estabilidade nas operações no mundo digital são fundamentais para manter a confiança do consumidor e converter acessos em vendas. Colocar em risco o ativo vital da Era Digital é colocar em risco o próprio negócio.