
Cesta básica em queda no Rio: terceira deflação consecutiva, oportunidade aumenta para o setor supermercadista. ASSERJ analisa.

Pelo terceiro mês seguido, o valor da cesta básica caiu no Rio de Janeiro. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em julho, a retração nos preços ficou em 2,33% na cidade. A baixa representa a sequência da onda de alívio para o orçamento das famílias cariocas. Os principais responsáveis pelo resultado foram itens de grande peso na cesta: batata, com queda expressiva de 35,51%, (diante da maior oferta, pela colheita da safra de inverno); arroz agulhinha (reflexo da maior oferta gerada pelo aumento das importações); feijão-preto (pelo excesso de oferta de grãos dos resultados da colheita 2024/2025); café em pó (puxada pela maior oferta de grãos, pelo avanço da colheita e do tarifaço americano); e açúcar (frente a maior oferta e menor demanda).
"Foi a maior queda de preços da cesta básica este ano e o terceiro mês consecutivo de deflação no Rio, assim como maio (-0,20%) e junho (-0,56%). Um alívio para o bolso da população carioca, que gasta a maior parcela de seus rendimentos com a compra de alimentos e bebidas nos supermercados", analisa William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.
O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, destaca: "Esse é um movimento que traz alívio imediato para o consumidor e reforça o papel estratégico do setor supermercadista no dia a dia das famílias. A queda consecutiva no valor da cesta básica mostra que o consumidor pode comprar mais gastando menos, e isso é essencial para a qualidade de vida, especialmente em um momento em que o orçamento doméstico precisa de fôlego. Para nós, da ASSERJ, acompanhar e entender esse cenário é fundamental para orientar os nossos associados e manter o varejo ainda mais conectado às necessidades da população."
Rio tem maior queda do Sudeste: cenário de oportunidades para os supermercadistasA retração no valor da cesta básica em julho no Rio foi a terceira maior queda registrada dentre as capitais brasileiras, como explica William Figueiredo: "Em nível nacional, 15 das 27 capitais brasileiras registraram deflação em julho. O Rio de Janeiro/RJ (-2,33%), por sua vez, registrou queda mais intensa que a média nacional (-0,37%), e, regionalmente, a maior deflação dentre os estados do Sudeste".
"Esse cenário abre uma janela de oportunidades para o varejo. A redução de preços em produtos essenciais, como arroz, feijão e batata, cria um ambiente propício para fortalecer o relacionamento com o consumidor. O supermercadista pode investir em ações de comunicação mais próximas, reforçar ofertas, promover a cesta básica como símbolo de economia e, principalmente, gerar valor agregado com experiências de compra mais inteligentes e estratégicas. É o momento de fidelizar ainda mais o cliente, transformando a queda de preços em uma oportunidade de crescimento sustentável para o setor. Também é um bom momento para negociar novas remessas com indústrias e demais parceiros", reforça o presidente da ASSERJ.

