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"Sair dos achismos e colocar o dado na essência do negócio", a liderança humanizada em tempos de inteligência artificial
Liderar é um desafio, independentemente de segmento ou área. Mas em um cenário cada vez mais automatizado e impulsionado por tecnologias como a inteligência artificial, gerir equipes se tornou uma tarefa ainda mais complexa. Como se atentar as pessoas, tomar as melhores decisões e, ao mesmo tempo, conduzir negócios? Como unir tecnologia, sensibilidade e propósito para desenvolver uma liderança adaptativa, humana e estratégica em um ambiente cada vez mais automatizado? Decifrar esse contexto foi o tema do painel "Liderança em tempos de IA", no palco do Conecta Varejo / Rio Innovation Week, nesta quarta-feira, 13 de agosto, com a participação de Ricardo Zucollo, vice-presidente de vendas da Unilever, e do jornalista Pedro Dória. IA: um ponto de inflexão "Eu escrevo há anos sobre tecnologia. Tempo o suficiente para ter escrito matéria em jornal explicando o que era e-mail, provedor... E eu te falo que há três anos que eu considero anos-chaves na tecnologia nesse período. Em 1995, quando a internet explodiu. 2007, quando o iPhone apareceu, o primeiro smartphone. E outro é 2022, que de formas diferentes, até o lançamento e desenho do chat GPT, as pessoas olharam pra inteligência artificial e... uau! E eu acho muito incrível que ainda existam momentos-chaves acontecendo. Agora, inteligência artificial, se pro mundo apareceu de repente, para quem trabalha com tecnologia já vem um pouco de antes", ressaltou Pedro Dória. Para Dória, o verdadeiro diferencial da IA está em sua capacidade de identificar padrões, gerar hipóteses e estimular o raciocínio humano: "Muitos usam a ferramenta fazendo uma pergunta, pegando a resposta e pronto. Quando o melhor uso da ferramenta é entrar em um diálogo quase socrático com a ferramenta. E isso é gente. A qualidade do profissional começa a virar a habilidade de ter uma conversa e fazer perguntas inteligentes e saber, a partir das respostas da ferramenta, o que fazer. Então, muda o que se espera de um profissional, mas a pessoa não deixa de estar lá. "Machine learning, o aprendizado de máquina, é essencialmente a primeira geração de inteligência artificial, existe desde 1955, só que só temos a máquina que é potente e com armazenamento suficiente para fazer com que essa tecnologia seja viável muito tempo depois. E a maior parte das empresas só começou a prestar atenção depois de 2010. Aprendizado de máquina é uma maravilha, porque você percebe padrões de comportamento que se repetem. Isso quer dizer que se você é um varejista, por exemplo, você percebe que produto vende mais para que tipo de público, qual é a sazonalidade. Às vezes você tem que botar mais um produto aqui, menos de outro. Às vezes você tem que focar em mulheres, mas você tá focando em homem. Esses dados revelam coisas incríveis que permitem alavancar muitas coisas. dado. E qual é o problema do aprendizado de máquina? Você precisa de dados. Você precisa de cada registro de venda", concluiu Dória. Case Unilever: 10 anos de transformação e construção em parceria fundamental com o varejo O vice-presidente de vendas da Unilever detalhou todo o processo de imersão da empresa no mundo dos dados para desenvolver a melhor estratégia possível, contando com a ajuda de varejistas parceiros: "É um desafio. Em 2015 tivemos esse insight, de que precisaríamos nos preparar. E a matéria-prima disso são os dados, mas naquele momento tínhamos poucos dados. Então, começamos a trabalhar junto com os nossos parceiros comerciais. Uma influência pra mostrar o benefício do compartilhamento, e a confiança que precisaria ser criada nessa relação, para que esses dados fossem usados em prol do negócio e não apenas naquele momento de negociação. Não foi fácil. Em 2015, os dados de mercado que tínhamos cobriam mais ou menos 5% do mercado. Hoje temos 95% de cobertura. 10 anos se passaram e conseguimos evoluir. Como fizemos? A primeira coisa é essa relação de cobertura. Confiança que sempre criamos no varejo brasileiro e mostrando isso de maneira muito prática. No Brasil, naquele momento, não tínhamos tantas iniciativas práticas para convencer os nossos clientes que o compartilhamento de dados poderia ser muito poderoso. Então, o que fizemos? Convidamos um grupo importante de varejistas brasileiros, que acreditávamos que ia nos ajudar nesse processo de influência. Investimos nisso. Contratamos uma empresa voltada para essa questão de evolução de cultura de dados dentro das organizações e fizemos um assessment nas empresas desses varejistas para mostrar qual era o nível de cultura de dados que existia dentro da empresa. Nenhuma grande surpresa, todos eles com o nível baixo de dados. Eles sim ficaram surpresos, porque viram que o nível de cobertura de dados dentro das organizações era praticamente zero". "Começamos com três pessoas e um líder dessa área, que era um profissional que conhecia o negócio, mas ele também conhecia muito sobre tecnologia. Então foi importante ter essa pessoa sendo esse elo de ligação. Começamos pequeno. Queríamos começar rápido e pequeno, para testar, ver como as coisas funcionavam, errar rápido e corrigir isso ao longo do tempo. Então fomos evoluindo nesse processo, convencendo os nossos clientes, capturando mais dados, transformando esses dados em ações, ganhando a confiança deles, e isso foi evoluindo. Uma outra coisa importante, que eu acho que ajudou muito nesse processo, foi a recompensa não vir só no final. Ela também começou a aparecer no curto prazo. Ou seja, também criamos alavancas comerciais dentro da nossa relação com o varejo, onde começamos a criar remuneração para os varejos que compartilhavam os dados conosco. Priorizamos essa alavanca como muito importante, para que o varejo também entendesse que tudo isso não era simplesmente algo pontual ou tático, para mostrar que realmente tinha muito interesse nisso e se acreditava muito nisso. E aí foi um processo de alguns anos para que essa base fosse aumentando e hoje não existe nenhum tipo de negociação, nenhum tipo de discussão que não seja baseado em dados e que não tenha isso no centro da nossa estratégia", prosseguiu Ricardo Zuccollo. Em sequência, afirmou: "Quando olhamos todo esse processo fomos comparando a performance de clientes com os quais tínhamos os dados e clientes com os quais não tínhamos. Começamos a ver que o nível de crescimento dos clientes que estavam conosco nessa agenda era muito superior. Crescíamos a duplo dígito alto com vários clientes que estavam nessa agenda e não crescia na mesma proporção com aqueles que não estavam. O nível da relação, o nível da conversa é outro. Você começa a ter discussões muito mais profundas, muito mais assertivas. Você sai dos achismos, o que realmente coloca o dado na essência do negócio, e ele começou a ver valor. E aí, quando ele começa a ver valor, você começa a conseguir evoluir com mais velocidade". Use a tecnologia, mas envolva pessoas Zuccollo também pontuou que a jornada envolveu assessments de maturidade em dados, criação de incentivos comerciais, desenvolvimento de lideranças tecnológicas e capacitação interna: "Nesse processo, desde o começo, sempre nos preocupamos muito com duas coisas: investir muito na tecnologia por trás disso, mas também investir o mesmo valor no change management, na mudança, na criação de cultura. E, desde o começo, envolvemos as pessoas nesse processo, criando ambientes que propiciassem essa visão de inovação, essa visão de evolução tecnológica. Dentro da empresa tínhamos o que chamávamos de 'garagem de inovação'. Criávamos ali dentro iniciativas onde oferecíamos aos funcionários a possibilidade de trazerem ideias relacionadas ao tema, disponibilizando um valor em dinheiro para que essas pessoas investissem na ideia delas dentro da empresa. O intraempreendedorismo é muito forte para implementar essa cultura empreendedora e de inovação. Criamos um centro de dados, que chamamos de Data Hub, que também usávamos para criar essa cultura, onde as pessoas usavam esse Data Hub para fazer reuniões, em uma sala cheia de telas com os dados aparecendo nas telas. Então, tinha um ambiente propício para aquilo, e usamos aquilo como um ambiente de cultura". "Muita capacitação, muita capacitação. Desde a autoliderança até os executivos. Mas certamente a autoliderança estava muito engajada nesse processo. E fizemos muita questão de que as pessoas entendessem o porquê daquilo. Acho que isso foi fundamental. Mais do que simplesmente implementar uma ferramenta e dizer 'agora você usa isso daqui', foi explicar o porquê e envolver as pessoas desde o início desse processo. Isso fez uma diferença enorme para ir moldando essa cultura. E as pessoas sempre no centro do processo. As pessoas sendo valorizadas a todo momento para trazer ideias novas, para que pudessem dar suas opiniões. Sabemos que isso não é fácil. Também fizemos um trabalho relacionado à criação da segurança psicológica dentro da organização, para que as pessoas pudessem falar, para que pudessem ser elas mesmas, para que pudessem criar junto. Esse termo de segurança psicológica, hoje em dia está até em alta, mas isso vem lá de trás, de um estudo que foi feito no Google no final dos anos 90, começo dos anos 2000. Tem uma pesquisa, 'Organização Sem Medo', da autora Amy Edmondson. Ela estudou o Google para entender por que o Google é uma empresa tão inovadora, por que as ideias surgiam, e a essência do estudo dela mostra que é um lugar onde as pessoas podem ser elas mesmas, onde podem falar, colocar opinião, sem serem julgadas. Pelo contrário, são incentivadas a fazer aquilo. Ela observou que as equipes onde você tinha mais erros eram as equipes com melhor performance. E a hipótese original era outra: que as equipes que erravam mais seriam as equipes com menor performance. Mas não. As equipes que erravam mais eram as que tinham melhor performance, porque aprendiam mais rápido. E isso fazia com que entregassem um resultado melhor. Então, baseado nessa lógica, fizemos isso também dentro da Unilever, para criar esse ambiente propício à inovação, ao engajamento nesse tema que, naquele momento — 2016, 2017 — ainda não era a febre que é hoje. Hoje falamos de inteligência artificial com muita naturalidade. Naquele momento, as pessoas não conseguiam entender ainda o que ia acontecer. Mas já sabiam que esse era um processo no qual precisavam estar envolvidas, e a fomos incentivando esse envolvimento desde o começo", continuou o VP de Vendas da Unilever. Zuccollo ainda frisou, não tenha medo da IA, adapte pessoas. "Isso tudo passa pelas pessoas. Forço muito isso. Se eu pegar o job description de um vendedor há dez anos, e hoje, ele mudou o tipo de atividade que ele faz, mas ele tá lá, e o que cada vez mais é importante, e vai se fortalecendo. Tudo aquilo que puder ser automatizado, vai ser, se já não é, vai continuar sendo. Tudo aquilo que puder ser digitalizado, ninguém tem dúvida que vai ser. Tudo aquilo que puder ser descentralizado, vai ser, e nós estamos nesse processo de descentralizar as decisões, para que as pessoas tenham velocidade e autonomia na ponta para tomar a decisão e resolver o que tem que resolver. Só que as pessoas precisam evoluir no sentido da essência humana, então quais são as habilidades ou as competências que a gente vem ter? Trabalhando e evoluindo muito com a nossa equipe. As relações humanas, a empatia, a intuição, como você faz as coisas e cria conexões verdadeiras, que são coisas que nenhuma inteligência artificial vai conseguir fazer. Então, acho que esse é um processo que agora está fortalecendo muito para que essa relação humana, que tenha a ver muito com autoconhecimento, para que você entenda quem você é, para que você entenda quem é a pessoa que está trabalhando com você, você entenda mais profundamente as relações para que isso de fato seja um diferencial. Porque toda aquela parte técnica, que talvez muitas pessoas ao longo do tempo foram se ancorando por ter conhecimento profundo, a máquina vai fazer muito melhor, a inteligência vai fazer com muito mais velocidade, com muito mais precisão. O importante é você saber usar a inteligência artificial, essa retroalimentação, porque à medida que você faz a pergunta para a inteligência artificial, ela vai te responder. Aí você quer melhorar aquela pergunta. Ela também vai fazer você ter que pensar diferente. Então a consciência vai aumentando de como ter essa relação de tal forma que você vai evoluindo como ser humano. Então eu particularmente acredito muito nisso. Vamos nos obrigar cada vez mais a evoluir como ser humano porque essas são as características que precisaremos ter para se diferenciar no futuro. E é isso que eu falo para o meu time. Não fique com medo, mas avance nesse sentido. Aprenda a evoluir junto com a inteligência tradicional. Essa combinação é muito potente. Porque uma coisa isolada não vai resolver. São as duas coisas juntas que vão trazer o resultado", disse Zuccollo. Lideranças humanas, estratégicas e adaptativas Encerrando o painel, Zuccollo fez um chamado para o futuro da liderança: "Eu acho que lideranças humanas, são lideranças que cada vez mais se preocupam. As pessoas também vão se desenvolvendo nesse sentido. Eu acho que a inteligência artificial vai trazer essa necessidade de você estar evoluindo junto com ela, porque acho que ela vai te desafiando. Porque hoje quando você está no ChatGPT, você faz uma pergunta e ele te responde com uma pergunta. Então uma qualidade do futuro é a curiosidade. Se você não é curioso, se você não quer entender o que está por trás daquilo, você vai ficar para trás. Acho que com curiosidade, com certeza, ter essa relação e essa empatia com as pessoas para que você tenha lideranças cada vez mais humanas, para mim é fundamental. Porque tudo aquilo que é técnico... hoje quando eu vou contratar alguém, eu estou muito menos preocupado a parte técnica, o que a pessoa já fez do ponto de vista operacional, transacional, e estou muito mais preocupado com essas soft skills, que são essas habilidades mais relacionadas ao comportamento humano e tanto que essa pessoa realmente tem isso como um valor. Então, acho que isso para mim é o fundamental".
13/08/2025
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Inteligência artificial no varejo: oportunidades, riscos e o que você precisa saber agora
No segundo dia do Conecta Varejo, a palestra “IA aplicada ao varejo | O futuro chegou: Os dilemas da IA no mundo corporativo” reuniu líderes do setor para discutir como a inteligência artificial transforma negócios, processos e cultura nas empresas. O debate contou com Alessandra Fu Vivian, diretora de arquitetura da Salesforce, e Renato Rocha, diretor comercial da América Latina e África da Suvinil, com mediação de Cláudia Fernandes, CEO da Radar Consult, sobre os impactos da IA no varejo. Alessandra abriu a conversa destacando a importância de entender a tecnologia como aliada estratégica. “A inteligência artificial não é mais apenas um conjunto de dados, mas algoritmos treinados para gerar funcionalidades que transformam decisões e resultados. Quando pensamos em IA, não estamos no início da revolução, mas apenas no começo da jornada de transformação. O grande desafio é como nós, como pessoas, podemos usar melhor a tecnologia para gerar resultados sem sermos dominados por ela”, afirmou. A diretora da Salesforce ressaltou a necessidade de democratizar a tecnologia. “Não é para o grande ou para o pequeno, não é para quem tem mais ou menos acesso. A tecnologia deve ser para todos. Precisamos discutir como fazer a IA acessível e democrática em todos os níveis do varejo”, disse Alessandra. Para Renato Rocha, o futuro da IA no varejo é agora. “Não é algo do futuro, o futuro é agora. Trabalhamos com parceiros em 90% dos municípios do Brasil, e o desafio é despersonalizar e unificar dados no ponto de varejo. A inteligência artificial permite que qualquer empresa, grande ou pequena, utilize ferramentas avançadas para entender melhor o consumidor e otimizar processos”, destacou. Ele comparou o momento atual com a chegada da internet em meados dos anos 1990: “Estamos vivendo uma transformação tão significativa quanto aquela. Quem não se adaptar, ficará para trás.” A palestra trouxe ainda recomendações práticas sobre como começar a usar IA no varejo. Alessandra explicou a evolução da tecnologia: “A inteligência artificial preditiva já nos ajuda a prever demanda, comportamento do consumidor e padrões de compra. Hoje, com a inteligência artificial generativa, podemos criar soluções personalizadas em escala, desde comunicações individualizadas até otimização logística e produtos sob demanda.” Ela reforçou que a combinação de recursos humanos e computacionais é essencial. “O grande desafio na era da IA é definir uma lógica de trabalho conjunta. A tecnologia funciona rápido, mas precisa da supervisão e da criatividade humana. Quando conseguimos equilibrar isso, vemos resultados concretos que fazem sentido para o negócio e para o consumidor.” Renato complementou com exemplos práticos do varejo: “No nosso setor, usamos IA para previsibilidade de produção e distribuição. Nos Estados Unidos, o Walmart utiliza inteligência artificial para abastecer lojas com itens essenciais antes de tornados ou desastres naturais, garantindo que as regiões críticas estejam preparadas. Isso mostra o poder transformador da tecnologia quando combinada com uma mentalidade aberta e estratégica.” Ele também destacou que a IA não vai tirar empregos, mas transformará quem não se adaptar. “A inteligência artificial vai aumentar a produtividade de quem sabe utilizá-la. O mercado está oferecendo oportunidades para todos os tipos de varejo — do pequeno ao grande — que estejam dispostos a aprender e aplicar essas ferramentas.” Ambos os especialistas reforçaram que o equilíbrio entre tecnologia, cultura e propósito é fundamental. “A IA não é mágica. É matemática aplicada, mas seu impacto depende de uma cultura que valorize experimentação, aprendizado e colaboração”, disse Renato. Alessandra completou: “O futuro pertence às empresas que entendem que a inovação é um processo cultural, apoiado em tecnologia e focado no cliente. Sem isso, a IA não gera resultados sustentáveis.” Limites e dilemas da inteligência artificial: ética, dados e consciência humana Na ocasião, Alessandra Fu Vivian chamou atenção para os limites da inteligência artificial e a importância da consciência humana. “Olhando na tela, você está alinhando o algoritmo sobre o ponto que quer ver. E se você está vendo coisas que talvez não sejam relevantes, isso é um reflexo das suas escolhas. A consciência humana precisa ser protagonista nesse processo”, afirmou. Ela destacou que o que é considerado certo ou errado varia culturalmente e que a IA não substitui julgamentos humanos. “No Japão, por exemplo, é permitido criar imagens inspiradas nos traços dos estúdios Ghibli, mas não comercializá-las. Aqui no Brasil, a lei de direitos autorais impede isso. Portanto, é necessário praticar habilidades humanas que não podem ser ensinadas a uma máquina, como empatia e visão rápida do mundo”, explicou. Alessandra também reforçou a importância da qualidade dos dados. “Se você entra com dados ruins, o resultado será ruim também. A responsabilidade sobre os dados que alimentam os algoritmos é enorme. Devemos ter consciência do que estamos criando e como isso impacta nosso ambiente de trabalho e decisões de negócio”, alertou. Ela citou aplicações práticas, como sensores que capturam informações de clientes ou do clima, e destacou que mesmo dados sintéticos podem carregar preconceitos e vieses, exigindo atenção e ética no uso da tecnologia. Renato Rocha complementou, comparando os dados a um recurso precioso: “Os dados hoje são como um petróleo descoberto. Podem transformar literalmente uma vida. Mas é preciso usá-los com responsabilidade e eficiência para gerar resultados e construir o futuro. A transformação cultural é tão importante quanto a tecnológica. Quem souber aplicar dados de forma ética e estratégica terá vantagem competitiva.” Ambos enfatizaram que a IA é poderosa, mas não é mágica. Alessandra concluiu: “A máquina aprende a partir de algoritmos e dados, mas não substitui a consciência humana. Precisamos refletir sobre o impacto do que estamos criando e como isso influencia nossas decisões, nosso negócio e nossa sociedade.” Renato reforçou a necessidade de adaptabilidade e alfabetização digital. “As transformações acontecem rápido. Não é apenas abraçar a tecnologia, mas entender seu valor, aplicá-la com responsabilidade e educar as pessoas para que possam trabalhar em conjunto com os recursos digitais.” A mensagem final foi clara: o futuro da IA no varejo depende da combinação entre tecnologia avançada, dados de qualidade, ética, consciência humana e cultura organizacional. Empresas que equilibram esses fatores estarão preparadas para inovar, automatizar processos e tomar decisões mais estratégicas, de forma sustentável e responsável.
13/08/2025
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“Errar não é falhar!”. Fórmula de sucesso das empresas revelada no Conecta Varejo. Vem saber!
No segundo dia do Conecta Varejo, o keynote Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação, trouxe ao público uma reflexão profunda sobre como cultura, inovação e inteligência artificial (IA) podem transformar empresas. “A inovação não depende apenas de tecnologia ou ferramentas, ela começa na forma como pensamos e nos preparamos para o novo”, afirmou durante sua palestra. Para Igreja, criar ambientes férteis para novas ideias é essencial. “Empresas que querem gerar inovação precisam criar espaços que incentivem experimentação, colaboração e troca de experiências. Sem isso, qualquer tecnologia, por mais avançada que seja, não terá impacto real”, explicou. Um ponto central foi a adaptabilidade. “O mercado muda rapidamente. Empresas que não conseguem se adaptar e aprender com os erros ficam para trás. A inovação é tanto uma questão de mindset quanto de recursos”, disse. Uma cultura sólida permite que os colaboradores se sintam encorajados a testar novas soluções e aprender continuamente, transformando desafios em oportunidades. A colaboração também foi destacada: “A inovação não é um esforço individual. Ela nasce do coletivo, da capacidade de integrar diferentes perspectivas e da coragem de experimentar. Uma cultura que valoriza a colaboração transforma ideias em soluções concretas e relevantes”, explicou. Igreja também trouxe à tona a importância de aprender com os erros. “Errar não é falhar; é descobrir novos caminhos e aprimorar soluções. Uma cultura que aceita o erro como parte do processo de inovação cria profissionais mais engajados e criativos”, completou. A inteligência artificial foi apresentada como uma ferramenta estratégica, mas com alertas importantes. “A IA é a interface que nos permite pensar no consumidor de forma mais precisa. Usar IA é ótimo para inovação, mas se a empresa depender dela constantemente, perde sua capacidade cognitiva. Estamos tão produtivos que não temos mais tempo para pensar; funcionamos no piloto automático”, alertou. Ele enfatizou que a IA potencializa a inovação, mas que seu efeito depende da saúde mental das equipes. “Se as pessoas estão com burnout, não adianta tecnologia. Precisamos equilibrar produtividade com espaço para reflexão, caso contrário voltamos a vender produtos mais analógicos”, disse. Outro ponto levantado foi a batalha geracional no ambiente corporativo. “As gerações estão defendendo suas próprias formas de trabalhar, especialmente quando falamos de tecnologia. É preciso entender essas diferenças para criar uma cultura inclusiva e colaborativa”, explicou. Igreja reforçou a necessidade de pragmatismo nas empresas. “As organizações devem ser objetivas no planejamento, focar em resolver problemas de forma rápida e eficiente. Uma cultura prática ajuda a transformar ideias em resultados reais”, completou. Segundo ele, tecnologia, cultura e inovação caminham juntas. “O futuro pertence às empresas que entendem que inovar é um processo cultural: é sobre como as pessoas pensam, colaboram, se adaptam e utilizam ferramentas como IA de forma estratégica. Sem cultura, não há inovação sustentável”, concluiu. O público do Conecta Varejo, formado por líderes, executivos e profissionais do setor varejista, saiu da palestra com insights claros e aplicáveis: inovação nasce da cultura, se fortalece na colaboração, se potencializa com inteligência artificial, precisa de pragmatismo e atenção à saúde mental das equipes, e só se concretiza quando as empresas resolvem seus problemas de forma objetiva. Supermercadista, a cultura da sua empresa está aberta a inovar?
13/08/2025
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Transformação digital e inteligência artificial: como o varejo pode e deve explorar essas inovações?
A segunda palestra do segundo dia do Conecta Varejo 2025, trouxe Juliana Noronha, Executiva em Estratégia e Inovação pelo MIT Sloan, e Renate Fuchs, Managing Director da Accenture Brasil, duas referências em transformação digital, com mediação de Mariana Castro, Head de Curadoria do Kes. O debate abordou como a inteligência artificial, automação e cultura digital estão moldando o varejo e a experiência do consumidor. Para nós, supermercadistas, papos como esses são fundamentais para entendermos a melhor forma dos nossos negócios e profissionais lidarem com a tecnologia. Renate Fuchs destacou mudanças no comportamento do consumidor frente à tecnologia. “A gente tem menos paciência com a informação. As pessoas buscam respostas rápidas sobre saúde, finanças e felicidade, muitas vezes recorrendo a vídeos curtos ou realizando auto-diagnósticos online. Isso muda a forma como as marcas precisam se relacionar e oferecer experiências”. Ela também comentou sobre os impactos da tecnologia no trabalho e nas relações sociais. “Nos sentimos mais pressionados no trabalho com a entrada das tecnologias, mas é essencial restaurar o contato humano e criar experiências reais. As marcas precisam pensar em como se conectar genuinamente com o consumidor no mundo digital, sem perder a dimensão social e emocional”. Renate ainda exemplificou o uso da inteligência artificial para personalização de produtos e serviços: “A partir de inteligência generativa, podemos oferecer recomendações mais customizadas, seja para compras, receitas ou produtos, tornando a experiência do consumidor mais eficiente e relevante”. Juliana Noronha complementou ressaltando a importância de experiências reais e autênticas para o engajamento das marcas. “As gerações mais jovens querem experiências que possam tocar e sentir, que conectem digital e físico. Para as marcas, isso significa criar experiências sensoriais significativas e personalizadas, que vão além da simples interação online”. Ela também destacou o papel da IA na personalização do atendimento: “É fundamental conhecer o histórico e as interações do consumidor para oferecer uma experiência autêntica e personalizada. A inteligência artificial ajuda a organizar esses dados, mas o toque humano continua essencial. A personalização não pode se tornar robotizada”. Case de varejistas e recomendações práticas de IA Renate Fuchs trouxe um exemplo de aplicação de inteligência artificial em varejo: “Uma empresa francesa de materiais de construção trabalhou por 2,5 anos com IA de duas formas: uma, para ganhar experiência do consumidor, e a segunda, para apoiar os vendedores. Se você quer pintar a sua casa, pode entrar no site, detalhar o que deseja e a plataforma sugere materiais, quantidade necessária, marcas e onde comprar. Mas muitos clientes ainda preferem ir à loja, conversar com o vendedor, e a IA ajuda o profissional a conhecer melhor o cliente, aumentando a capacidade de venda com recomendações mais precisas”. Juliana Noronha complementou com uma recomendação estratégica: “Cada empresa deve entender primeiro o problema de negócio para escolher a ferramenta correta de IA. Não se trata de aplicar tecnologia por aplicar, mas de usar de forma inteligente para gerar valor real ao cliente e à operação”. A palestra reforçou que a reinvenção do varejo passa por equilíbrio entre tecnologia e humanidade, usando dados e automação para aprimorar experiências, mas sem perder autenticidade, empatia e proximidade com os clientes.
13/08/2025
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Economia
Junho positivo: supermercados do RJ impulsionam o varejo com alta de 1,6%
O desempenho dos supermercados no Rio de Janeiro segue positivo, mesmo em um cenário desafiador para o varejo como um todo. Dados do PMC/IBGE mostram que, em junho de 2025, a receita dos supermercados fluminenses cresceu 1,6% em termos reais, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Foi o terceiro mês consecutivo de alta, sobre uma base de comparação já elevada (+2,4% em junho de 2024). “O setor de supermercados segue desempenhando acima da média do varejo e mostra resiliência mesmo diante de quedas em outros segmentos, como combustíveis e vestuário. Esse crescimento contínuo evidencia a capacidade do setor de se adaptar e atender à demanda dos consumidores”, afirma William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ. De acordo com o especialista, o desempenho positivo dos supermercados ajudou a limitar a queda de 2,9% observada no varejo fluminense em junho, puxada principalmente pelos setores de combustíveis (-10,6%), vestuário e calçados (-8,8%) e equipamentos de informática e comunicação (-6,1%). “Pelo 24º mês consecutivo, os supermercados performaram melhor que o varejo como um todo no Rio, consolidando o setor como um dos mais estratégicos da economia local”, destaca Figueiredo. Em nível nacional, a receita dos supermercados se manteve estável (+0,0%), com crescimento em oito das doze unidades da federação pesquisadas pelo IBGE, incluindo destaque para o Distrito Federal (+4,2%) e queda no Espírito Santo (-1,9%). O Rio de Janeiro apresentou o quinto maior resultado estadual em junho e o melhor desempenho da região Sudeste. No acumulado do primeiro semestre de 2025, a receita dos supermercados fluminenses também apresentou crescimento real de 1,6%, desacelerando em relação ao mesmo período de 2024 (+5,7%). “O ritmo mais moderado do crescimento não diminui a importância do setor para a economia local. Ele continua sendo um pilar fundamental para o varejo fluminense e para a manutenção da oferta de produtos essenciais à população”, explica Figueiredo. Segundo o presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, os números reforçam a resiliência e a relevância estratégica do setor. “Mesmo com um início de ano desafiador para o varejo como um todo (-2,1% no acumulado até junho), os supermercados demonstram que conseguem equilibrar demanda, logística e gestão eficiente, garantindo resultados consistentes”, conclui.
13/08/2025
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Como se reinventar sem perder a identidade? Confira cases e dicas!
O segundo dia do Conecta Varejo 2025 começou com a palestra “Marcas em movimento, a reinvenção como estratégia”, reunindo Vanessa Gordilho, CMO da Vibra; Luís Arruda, VP Comercial e Marketing da Porto; e mediação de Amanda Graciano, CEO da Trama. Em um mundo em constante mudança, estar em movimento e saber se reinventar de forma estratégica é fundamental para acompanhar as novas necessidades que vão surgindo na sociedade como um todo. Marcas atentas a esses movimentos e abertas às suas próprias reinvenções não ficam para trás! Essa palestra foi sobre isso! Luís Arruda ressaltou que a mudança de posicionamento da Porto busca ampliar horizontes e fortalecer a conexão com o consumidor. “A Porto sempre esteve na vanguarda e à frente do setor no país. Nos últimos anos, evoluímos para ser muito mais que uma seguradora, nos tornando uma empresa com um grande ecossistema de produtos, serviços e soluções para todos os momentos da vida. Queremos expandir nossos negócios oferecendo experiências fantásticas para as pessoas sem abrir mão da nossa essência”, afirmou. Ele destacou ainda a importância de manter a identidade no processo de reinvenção. “Pretendemos atuar de forma mais ampla em temas e segmentos mais diversos, mas as verticais seguirão conectadas, buscando sinergias em soluções e produtos. Tudo sem perder a qualidade do atendimento e a parceria com os corretores, que fazem parte da nossa identidade”. Arruda acrescentou que a inteligência artificial já está presente em diversos serviços da companhia, “desde a personalização de ofertas até o atendimento, ajudando a ganhar agilidade e precisão sem perder o toque humano”. Vanessa Gordilho falou sobre a transformação constante como motor para impulsionar negócios. “Transformação tem que ser do bem para o bem”, disse. Ela também reforçou a necessidade de se manter alinhada à cultura e aos valores da marca: “Queremos ser reconhecidos como uma companhia inovadora, que utiliza as mais recentes tecnologias para oferecer soluções energéticas eficientes e sustentáveis”. Segundo ela, a inteligência artificial também faz parte dessa evolução, “permitindo otimizar processos, prever demandas e oferecer soluções mais inteligentes para nossos clientes”. Para ela, o sucesso da reinvenção está em equilibrar tradição e inovação. “Queremos ser uma empresa mais inclusiva e diversa, que valoriza seus colaboradores e contribui para o desenvolvimento das comunidades nas quais atuamos”. A troca de experiências entre os executivos mostrou que reinventar marcas é um processo que exige coerência, propósito e conexão genuína com as pessoas. Supermercadistas, vocês estão atentos às mudanças de hábitos da sociedade? Elas impactam nos negócios e ter agilidade para se adaptar e atender essas mudanças é sair na frente! Para isso, nós, da ASSERJ, estamos sempre compartilhando conteúdos relevantes, promovendo eventos enriquecedores e estratégicos e lado a lado com vocês nessa missão de desenvolver o setor! Vamos juntos!
13/08/2025
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Tem associado no Rio Innovation Week | Conecta Varejo. Saiba qual!
Com DNA 100% digital, o SPID, rede de mercados de proximidade da Cencosud Brasil, marca presença novamente no Rio Innovation Week 2025, realizado de 12 a 15 de agosto no Píer Mauá, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Com expectativa de receber mais de 180 mil visitantes, o RIW se consolida como o maior evento global de tecnologia e inovação. Em um estande de 30 m² no Armazém 3, próximo ao Palco Conecta, claro, o SPID combina conveniência e tecnologia a favor da experiência do cliente. O espaço oferece mais de 100 produtos para consumo imediato e conta com um totem interativo com jogo da memória e brindes exclusivos. Os visitantes também podem baixar o app SPID, se cadastrar e conhecer os serviços que têm facilitado o dia a dia de milhares de clientes na cidade. “Participar do Rio Innovation Week | Conecta Varejo é uma oportunidade de mostrar como o SPID une tecnologia, agilidade e conveniência para atender ao consumidor onde ele está. Queremos estar cada vez mais presentes na vida das pessoas, criando experiências práticas e inovadoras e fortalecendo nosso propósito de servir de forma extraordinária em cada momento”, afirma a Cencosud Brasil. O serviço das lojas SPID funciona diariamente, incluindo fins de semana e feriados, das 8h às 21h, com entregas em até 30 minutos. O mix inclui desde lanches prontos e carnes para churrasco até snacks, bebidas geladas, produtos de higiene e limpeza, sempre com preços competitivos. Nossos associados sempre conectados às necessidades e experiência dos consumidores!
13/08/2025
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Por dentro da asserj
"A personalização virou uma commodity", estratégias para alavancar a hiperpersonalização e aumentar vendas
O Rio Innovation Week é um verdadeiro celeiro de ideias para aplicar no dia a dia do varejo supermercadista. E aproveitar essas oportunidades pode fazer surgir um insight antes desconhecido e transformar suas estratégias e fazer o seu negócio crescer ainda mais. Uma dessas tendências abordada nesta terça-feira, 12 de agosto, no palco Innovation Retail Talks é "A Era da Hiperpersonalização", dissertada por Pedro Scripilliti, area manager da Connectif. "A personalização não é mais suficiente. O consumidor está mais exigente, mais imediatista e sobrecarregado de informação. A personalização virou uma commodity e o que se torna o diferencial do mercado é o que se pode trazer para melhorar sua conversão, sua venda ou seu produto. Quando falamos de junção de dados para hiperpersonalização estamos falando de todo o ecossistema da marca", destaca Pedro Scripilliti. Hiperpersonalização: eficiência, diferenciação e conversão O palestrante frisou a importância de sempre ter, de forma imprescindível, um foco primordial: o cliente no centro das estratégias. "No cenário atual, a hiperpersonalização e eficiência são fundamentais. Se você não fizer diferente, o concorrente fará. Se o cliente tem uma má experiência, ele vai para outra loja. Só que hoje isso é muito mais rápido. Se você perde esse timming, você perda venda e cliente. As estratégias precisam ser ainda mais eficientes e focadas. A hiperpersonalização nada mais é do que avançarmos nos dados que já temos. Pegarmos tudo que podemos fazer com inteligência artificial, automação, e potencializar os dados que temos do nosso consumidor, oferecendo experiências únicas e individualizadas. Isso é o game changer para você fidelizar o consumidor". Benefícios e problemas: atenção aos desafios Pedro Scripilliti também pontuou as vantagens e os pontos de atenção necessários para uma estratégia eficaz de hiperpersonalização: "Quais os benefícios essenciais da hiperpersonalização para o negócio? Primeiro, o aumento da conversão, com melhora de comunicação, sem perder o cliente no meio da jornada. Depois, engajamento. Se você não engajar o consumidor na sua cultura, seu concorrente o fará. Terceiro, redução de churn. Todos os negócios brigam hoje para não perder cliente. Todos investem. Se você investe, sua concorrência também investe. A questão é quem planeja melhor, quem melhora o engajamento. Na sequência, obviamente, ofertas de produtos mais relevantes, o produto certo para a pessoa certa. Em quinto, a experiência mais fluida, uma jornada mais completa, de ponta a ponta da venda. E, por último, o atendimento mais eficiente". "Por exemplo, mapear a jornada de ponta a ponta, seja no físico ou no online. Saber qual cliente deixou qual produto em um carrinho e não concluiu uma compra. Para, posteriormente, ofertar esse mesmo produto a esse cliente, um parente, como uma sugestão de presente, e concretizar em venda o que seria uma oportunidade perdida. Isso só é possível na hiperpersonalização, com conhecimento profundo do seu consumidor. Conhecer o seu cliente é o básico", prosseguiu o palestrante. Scripilliti continuou pontuando as dificuldades da estratégia: "Os grandes problemas: dispersão nos dados em diversas ferramentas, é preciso ter um centralizador; falta de estratégia de CRM; segmentações estáticas, como só atender um cliente se ele comprar. É preciso se comunicar com o cliente que não é ativo e convertê-lo; jornada não automatizada. Não adianta ter as melhores plataformas se você não comunica de forma eficiente; e, claro, eficiência do time de tecnologia". Hiperpersonalização não é apenas venda, é fortalecimento de marca: conheça o seu cliente O palestrante frisou a importância de conhecer o cliente, não apenas as preferências de compra, mas hábitos, histórico e tudo que influência em seu dia a dia, com atenção especial a forma de comunicação: "Conectar-se com todo o seu tráfego, inclusive os usuários anônimos. É preciso impactá-lo de alguma maneira, claro, respeitando a LGPD. É possível falar com esses usuários anônimos, tanto quando com o conhecido. Isso é rastrear e ativar os dados de cada cliente em tempo real. Se um cliente comprou, você corta a comunicação de 'compre agora'. Isso frustra o consumidor. Essa comunicação é extremamente importante. É preciso também segmentar a audiência de forma inteligente. Use seus dados, eles estão à sua mão em sua base de cadastros. Personalize conversas, um chatbot não precisa ser chato. Ensine a ferramenta, seja qual for a que você utilize, a se comportar como um agente seu. Oferecer experiências omnicanal. É necessário conhecer o seu cliente e saber por qual meio ele se comunica mais. Não adianta enviar um e-mail para um indivíduo que não o usa. Temos que conhecer os hábitos para ter uma hiperpersonalização eficiente. E, para isso, temos que analisar o passado do cliente, entender o presente dele e prever o futuro". Capacitação: o elo essencial Ainda que uso de inteligência artificial e ferramentas de automação sejam um passo sem retorno, só elas não bastam. É preciso estar sempre atualizado: "A tecnologia é só um meio de comunicar. Nada adianta se a comunicação não for fluida. Estamos evoluindo muito rápido. A evolução é muito clara e quem não interagir com ela, estará perdendo espaço no mercado. A inteligência artificial só vai substituir quem não se atualizar. Precisamos aprender a usar as ferramentas para nos diferenciar e conhecermos nosso cliente, seja na loja física, seja na loja online", encerrou Pedro Scripilliti. A hiperpersonalização está redefinindo o relacionamento entre marcas e consumidores. É preciso unir dados, utilizar ferramentas e criar conexões únicas e relevantes. O foco no cliente tem se tornado cada vez mais fundamental para o sucesso dos negócios, e o varejo supermercadista não foge à regra. É extremamente relevante construir uma base de dados clara, organizada e completa, analisando todas as informações disponíveis para comunicar da melhor e mais personalizada forma possível. Esse pode ser o passo para converter alguém que não é seu cliente ou é casual em um consumidor fidelizado.
12/08/2025
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Retail Media na prática: saiba como supermercados estão monetizando dados e audiência
Na última palestra desta terça-feira (12), a trilha de Retail Media do palco Conecta Varejo trouxe ao centro da discussão um tema cada vez mais relevante no setor: como o varejo brasileiro está monetizando dados e audiência para gerar novas receitas e fortalecer o relacionamento com a indústria. Participaram Roberta Becker, diretora de marketing do St. Marché, e Amanda Vasconcelos, diretora do Hiperideal Supermercados, com mediação de Fábio Amorim, CEO da Pixel Retail. O ponto de partida foi claro: compreender esse novo cenário é essencial para ampliar a rentabilidade e criar parcerias mais estratégicas. Roberta Becker destacou que a estratégia vem dando resultados concretos. “A gente prova o valor do nosso cliente. Temos acesso a dados transacionais e comportamentais que mostram o que, quando e onde ele compra, além de entender o porquê daquela escolha. Isso tem muito valor para a indústria”, afirmou. Ela reforçou que o uso inteligente desses dados permite um nível de segmentação sem precedentes. “Ao invés de um tiro de canhão em mídia massiva, conseguimos dar um tiro de sniper, direcionando mensagens hiperpersonalizadas para perfis específicos”, disse. Segundo Roberta, isso aumenta taxas de conversão, reduz o custo de aquisição e entrega mais valor para o parceiro industrial. Amanda Vasconcelos, por sua vez, abordou o potencial de ampliar o uso da mídia dentro das lojas. “Por que não pegar parte da verba que hoje vai para elevadores ou outdoors e investir no ponto de venda, onde o consumidor efetivamente decide a compra?”, questionou. Ela citou parcerias com escolas e empreendimentos locais como exemplos de novas fontes de receita, aproveitando a grande circulação e a capacidade de segmentar públicos com precisão. Roberta ainda ressaltou que o grande diferencial do St. Marché está no relacionamento próximo com o cliente. “O nosso principal asset é o cliente. Conversamos com Classe AB em São Paulo e temos taxas de recorrência muito altas. Essa intimidade não é comum nos grandes players”, disse, lembrando que produtos e experiências são pensados para fazer parte do dia a dia do consumidor. Amanda concordou, acrescentando que o critério na escolha dos produtos e campanhas é fundamental. “Não é qualquer item que colocamos em destaque. Trabalhamos muito com produtos de maior margem ou que precisam de um cliente mais específico, construindo campanhas 360° em parceria com a indústria”, explicou. Para ela, redes regionais têm a vantagem de testar e ajustar estratégias de forma mais ágil do que grandes redes. Ao final, a mensagem da palestra foi unânime: o varejo que souber usar dados de forma estratégica, com personalização e relacionamento próximo, poderá transformar sua audiência em um ativo de altíssimo valor — tanto para a própria operação quanto para a indústria e parceiros externos.
12/08/2025
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Por dentro da asserj
"Se o cliente é multicanal, o vendedor também precisa ser", a revolução poderosa do Live Commerce, em bate-papo mediado por associado da ASSERJ. Saiba quem!
O palco Conecta Varejo, da ASSERJ, trouxe, nesta terça-feira, 12 de agosto, um dos temas mais promissores e transformadores do varejo moderno, a nova fronteira das vendas: o Live Commerce. De transmissões em canais de TV à revolução digital, a modalidade transforma, desde a década de 90, o relacionamento entre marcas e consumidores. Em uma verdadeira viagem no tempo, do passado televisivo aos aplicativos do presente e às tecnologias do futuro, o palco do nosso setor mostrou, na conversa entre Rodrigo Farah, head de marca, mídia e social commerce da Shopee, e o lendário Ciro Bottini, do Shoptime, referência no varejo televisivo brasileiro, como o ato de vender se reinventa sem perder o cerne de sua essência: encantar o cliente. Agora, porém, ampliado pelo comportamento do consumidor digital e seu potencial de engajamento e conversão. E esse encontro foi mediado por Paulo Drago, CEO Hortifruti Natural da Terra, o que reforça a representatividade dos associados ASSERJ no Rio Innovation Week / Conecta Varejo e destaca a importância e força do nosso setor. Live Commerce: uma revolução veloz e poderosa Segundo Rodrigo Farah, o Live Commerce já é realidade consolidada no Brasil, com resultados impressionantes: "Hoje, na plataforma, mais de 90% de todas as vendas que acontecem no aplicativo por dia são de vendedores brasileiros. De vendedores brasileiros para consumidores brasileiros. E um outro ponto é que a gente já bateu três milhões de vendedores brasileiros cadastrados no nosso aplicativo. Tudo isso em menos de cinco anos desde a chegada da Shopee ao Brasil. Mais de um terço da população brasileira entra em nosso aplicativo todo mês pra fazer suas compras, assistir uma live, procurar o melhor benefício". "Nós temos um site, só que 95% das vendas acontece no nosso aplicativo. E dessa forma, conseguimos oferecer uma experiência de compra muito mais simples, mais intuitiva, e com melhores ferramentas para o usuário poder fazer a sua organização. Nosso branding é muito forte, fazemos personalizações com estratégias hiperlocalizadas. Nós trabalhamos com grandes embaixadores, como por exemplo, a Xuxa, a Ludmila, o Terry Crews, o americano mais brasileiro de todos", prosseguiu Farah. O head de marca, mídia e social commerce da Shopee ainda destacou: "Na nossa plataforma, vendedores aumentam vendas em 10x em dias de lives versus dias sem live. Temos cases que chegam a ter 1000% de aumento no faturamento em uma live, às vezes sem celebridades, sem ninguém famoso, só pelo fato de trocar interações com o usuário ao vivo. Vemos, na prática, que as vendas realmente aumentam bastante. Hoje, tem basicamente três tipos de lives dentro da nossa plataforma. A primeira é a do perfil oficial. Na sexta passada, por exemplo, o Ciro Bottini fez uma live de duas horas conosco. Ele conseguiu 104 milhões de likes. Isso é uma maneira de engajar. Promovemos também um desafio geral, que quanto mais lives o cliente assistir, um desconto novo acaba sendo liberado pelo usuário. Aí eu faço comparação, quantos canais de televisão existem por aí? Na Shopee você vai encontrar lives de eletrônico, de moda, de produtos para casa, de tudo. Já contamos com mais de 5 bilhões de visualizações e 30 bilhões de lives. O número de visualizações é maior do que o de engajamento. Esse é o funil normal do marketing, só que não no Live Commerce. Eu posso afirmar, sem dúvida, que é a ferramenta com maior potencial de engajamento em qualquer aplicativo de marketing. Temos uma taxa de seis lives para cada visualização. Esse é o potencial de engajamento, de como as pessoas se engajam mesmo ali, e não só compram, o Live Commerce pode ser um grande aliado para construir comunidades e para aproximar o usuário da marca". "Uma câmera e um microfone. Pronto, posso fazer a minha live no meu Instagram, plugada na plataforma. Tem que fazer. Porque é mais um canal de vendas. Não será o único. Mas é mais um canal de vendas. Um canal que proporciona chegar perto do cliente. Isso é hábito. Uma empresa para vender mais tem que ter vários canais de contato com o cliente. É preciso apresentar algo diferente daquilo que você já mostra no dia a dia. Produto novo, a curadoria de produtos é fundamental, você pode fazer uma live maravilhosa, bem iluminada, com um vendedor que fala bem, mas se o produto estiver errado, mal precificado, não vai vender. Tem que entregar algo diferente na sua live, com algumas ofertas também diferentes, e recompensas", pontuou Bottini. Paulo Drago concluiu: "Com o Live Commerce, você consegue eliminar uma série de barreiras que talvez numa página você não consiga. Onde você consegue explicar o produto, mostrar as qualidades, os atributos, experimentar o produto. Esse é o grande diferencial em relação a outros formatos online". Live Commerce: um conceito antigo que se reinventa O apresentador Ciro Bottini ressaltou: "Quando surgiu o ShopTime, eu pensei, estamos evoluindo para entregar produtos na casa de todos os brasileiros. Isso já foi uma mega evolução. E o ShopTime, na época, super inovador, disruptivo. Até hoje, aliás, trazemos uma memória afetiva incrível. Durante o período analógico, pouca coisa mudava, era da natureza da comunicação. Aí veio o digital, veio o YouTube, a conexão. O digital é evidentemente uma evolução sensacional, com muitas ferramentas incríveis para encantar mais o cliente, para chegar nele, para ter uma projeção maior, para impactá-lo de maneira mais eficiente. Eu sinto que a essência da venda, seja no analógico, no digital, na TV, no app da Shopee, ela é a mesma, e um bom produto, bem precificado, que vai ao encontro do gosto do consumidor. E, claro, um bom vendedor que saiba comunicar os benefícios daquele produto e convencer o cliente, encantar o cliente. É uma evolução sensacional, mas a essência se mantém a mesma, encantar o cliente". "O Live Commerce não é necessariamente uma novidade. Rádios nos anos 40, nos Estados Unidos, já faziam. Isso é algo que já tem quase um século. O mais importante hoje é que a maioria das lives acontecem nos aplicativos. Eu cresci vendo o Ciro vendendo no ShopTime. O que acontece de diferente é que essas lives hoje acontecem no aplicativo de vendas, porque o consumidor não tem mais que clicar, fazer cadastro, sair do site. É só clicar e comprar. Live Commerce nada mais é do que vendas on time, onde o usuário vê o produto, tira dúvidas, tem acesso a descontos", salientou Rodrigo Farah. IA, automação... o mais importante segue sendo: um bom vendedor Apesar de todos os receios com o avanço da tecnologia, os palestrantes foram unânimes em afirmar: o bom vendedor será sempre essencial. "A venda calorosa, humanizada, é quando o vendedor olha no olho, consegue se conectar emocionalmente. A venda é um processo emocional, não tem jeito, não é racional, é quando você vai além de falar sobre atributos de produtos, é muito mais. É quando você consegue colocar aquele produto na vida do cliente sem ele perceber, sem ele se sentir enganado, não é o vendedor que empurra, é o vendedor que encanta, se conecta, cria uma identificação. A pessoa gosta quando o vendedor é bom, não fica batendo no preço o tempo todo, é um processo orgânico e natural. Não é fácil, mas é totalmente possível. O vendedor humanizado, que conecta, que sabe vender com uma pegada emocional, esse tipo de vendedor nunca será substituído pelo robô, pela IA. O vendedor, sempre mantendo aquele espírito criativo, humano, caloroso, gente como a gente. Ao vivo tem um ser humano do outro lado, sorridente, simpático, alegre, cativante e pegando aquele produto e testando sem nada falso. É tudo verdade. E ele ainda se conecta com o cliente e a audiência sobe. Quando o cliente gosta do vendedor, ele para pra ver, seja qual for o produto. E se esse vendedor também souber entreter o cliente falando dos atributos e dos benefícios do produto e fazendo a venda com as técnicas certas, gatilhos, fechamento, CTA, vai vender. Porque é muito mais agradável ver alguém mostrando o produto do meu produto estático na tela do computador. Agora, por trás, no backoffice, na tecnologia, a IA já dominou", explicou Ciro Bottini. Rodrigo Farah pontuou: "O segredo é integrar a inteligência artificial com o ser humano. O brasileiro gosta de ficar no celular, o brasileiro gosta de assistir um bom conteúdo dentro de um aplicativo, e a Shopee oferece isso, mas eu acho que um detalhe sempre importante, que o consumidor de lives também está sempre em procura de um bom preço. Mas é preciso um bom vendedor para realizar esse encantamento, entreter a pessoa, e por trás uma plataforma que ofereça benefícios e facilidades. Quando o cliente sabe que você vai mostrar oferta, oferta, oferta, seja o que for, ele estará sempre ligado no seu canal, esperando", disse Rodrigo Farah, da Shopee. Dica valiosa: seja multicanal e fidelize "Não adianta falarmos de um aumento do percentual de vendas de Live Commerce dentro do comércio inteiro brasileiro, se não falarmos também do aumento de lives, do aumento das marcas acreditando nesse formato, do treinamento dos vendedores ou das pessoas que representam essas marcas, isso caminha lado a lado. Não depende só do consumidor, depende também das próprias marcas dos vendedores apostarem nesse formato, se prepararem. Não tem uma categoria que se descole, todas vendem muito. Você tem que testar. É por isso que eu indico, não parem de fazer lives e ver o que o consumidor está gostando. O negócio não é só vender os produtos que estão na live. É atrair gente para a tua marca. Para fidelizar, porque o cara pode entrar na sua live, ver um produto legal, mas não quer aquele produto, só que ele vai navegar na sua loja e comprar outra coisa", disse o head de marca, mídia e social commerce da Shopee. Ciro Bottini completou: "Se o cliente é multicanal, o vendedor tem que ser multicanal. No digital, offline, TV, loja, faz live, tudo se complementa. O importante é falar com o cliente e encantá-lo, agradá-lo, seja qual for o ponto de contato". Paulo Drago finalizou: "Se o cliente estiver na frente da loja, talvez ele prefira entrar na loja. Se ele estiver em casa sentado no sofá, talvez prefira comprar online. E olha que é um negócio que depende muito de qualidade, de frescor. Então, pra comprar online sempre achamos que o cliente não ia querer comprar. E o que vemos é que não é assim. Ele também compra e compra bastante nisso. Online só dá para escalar mais. E passa muita segurança, porque a curadoria que fazemos é muito rigorosa pra trazer sempre os melhores produtos pros nossos clientes". Alerta: esse movimento não vai parar "Eu vi muito que na China o webcomércio é gigantesco, na verdade, no Sudeste da Ásia inteiro. Vemos plataformas de marketplace que vendem mais de 30% do faturamento por meio do webcomércio . A gente espera que até 2030, quase US$ 4 trilhões sejam vendidos, por meio de lives ao redor do mundo, só pra ter uma ideia. É algo que está crescendo, e que no Brasil também está sendo cada vez maior", destacou Rodrigo Farah. Bottini frisou: "Vendo o panorama de hoje, tendo a acreditar que a coisa só vai crescer. O brasileiro é muito conectado e gosta de ficar no celular o dia inteiro, gosta de ver as pessoas falando de produtos e gosta de comprar. E, o mais importante ainda, cada dia mais empresas acreditam no formato do Live Commerce, fazendo lives todos os dias". "As taxas são exponenciais, brutais, e provavelmente não vão parar de crescer por alguns anos", encerrou Paulo Drago. A mensagem é clara: não há mais espaço para não estar ao vivo e próximo do cliente. O Live Commerce ainda está só no começo de sua evolução e é urgente se adaptar à essa realidade. Mesmo com toda a evolução digital, o sucesso no varejo continuará sendo sobre relacionamentos humanos, emoção e experiência e é preciso saber se posicionar nas novas ferramentas.
12/08/2025
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Como marcas centenárias permanecem relevantes no mercado?
Na sétima palestra do palco Conecta Varejo, durante o Rio Innovation Week, Patrícia Rodrigues, CEO da Mais Que Isso, trouxe insights valiosos sobre um desafio que intriga empresas há décadas: como marcas centenárias conseguem se manter vivas, atuais e admiradas em meio a mudanças rápidas no comportamento do consumidor. Patrícia abriu sua fala reforçando que a longevidade de uma marca não é fruto do acaso, mas sim de uma gestão estratégica contínua. "Uma marca só chega aos 100 anos se souber se reinventar sem perder sua essência", afirmou, destacando que a tradição e a inovação devem caminhar juntas. A executiva também relembrou que marcas icônicas não se sustentam apenas pela memória afetiva dos consumidores. "É preciso estar presente na vida das pessoas hoje, não apenas no passado. Isso significa se adaptar aos novos canais, às novas formas de consumo e, principalmente, aos novos valores que a sociedade abraça", reforçou. Outro ponto de destaque foi a importância da escuta ativa. Patrícia ressaltou que empresas centenárias que continuam relevantes são aquelas que entendem seu público de forma profunda e conseguem criar conexões genuínas. "O consumidor quer sentir que a marca fala diretamente com ele, entende suas dores e compartilha de suas causas", disse. Ela também enfatizou que, mais do que produtos de qualidade, a permanência de uma marca no coração das pessoas depende de oferecer experiências memoráveis. Isso envolve desde o atendimento até a personalização de serviços, passando por interações consistentes e coerentes em todos os canais. "Hoje, a experiência do cliente é tão importante quanto o produto. É ela que constrói laços duradouros e transforma consumidores em defensores da marca", destacou. Encerrando sua participação, Patrícia lembrou que a solidez conquistada ao longo de décadas deve ser usada como alicerce para a inovação — e não como motivo para se acomodar. "A história é um ativo poderoso, mas não garante o futuro. É preciso inovar sempre, com propósito e coerência", concluiu.
12/08/2025
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Por dentro da asserj
"Não esquecer do passado, viver o presente e nunca deixar de olhar para o futuro", confira a abertura oficial do Rio Innovation Week
As palestras já iniciaram, os corredores já foram tomados de expositores, palestras e visitantes. O Rio Innovation Week / Conecta Varejo já começou. Mas para simbolicamente "cortar a fita", foi realizada a Cerimônia de Abertura do RIW 2025 na Plenária, sediada no Galpão Kobra, nesta terça-feira, 12 de agosto. A mesa, formada por diversas autoridades, foi aberta pelo presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, cofundador do Rio Innovation Week. "Sejam muito bem-vindos à 5ª edição do Rio Innovation Week. Obrigado pela presença de cada um de vocês. Queria começar agradecendo a presença de todas as autoridades, palestrantes, ouvintes e a todos da equipe que faz esse evento possível. O RIW nasceu no meio da pandemia. Hoje ele transforma o Rio na capital mundial da inovação por 4 dias. Nada foi fácil. Governador, prefeito, estávamos juntos na primeira edição, mas estávamos sob jugo da Covid e não sabíamos se o evento aconteceria, mesmo estando já montado. E chovia muito, a obra não andava, a tensão era enorme... ainda assim, tivemos uma primeira edição já muito grande. O Rio nasce já um elefante, mas um elefante bebê. E fomos nos aperfeiçoando, passando por muitas coisas. Isso só foi possível pela colaboração de alguns. Nosso primeiro patrocinador, a Fecomércio. E aqui, faço uma pausa muito emocionada para relembrar nosso querido Júlio Cezar, do SEBRAE, que em nosso primeiro evento subiu nesse mesmo palco e disse: 'acabo de voltar de um dos maiores eventos de tecnologia no mundo e o evento de vocês não deve nada para ninguém'. Isso na nossa primeira edição, quando tivemos tantos percalços, tantos quebra-molas e tantas dúvidas, porque ninguém faz um evento desses sem dúvidas. E nesses processos nos agarramos em alguns pilares. Como o governador Cláudio Castro, que abraçou o evento, um grande entusiasta da nossa ideia. Do prefeito Eduardo Paes, que está trazendo para o Rio de Janeiro a veia, a pegada, como dizem os mais novos, o match, como dizem os mais novos ainda, da tecnologia e inovação. É um trabalho incansável ao lado do vice-prefeito Eduardo Cavalieri. Porque cada vez que vocês trazem inovações para o Rio de Janeiro, estamos falando de todo o ecossistema e isso é muito importante e nos dá muito orgulho", ressaltou Fábio Queiróz. O presidente da ASSERJ ainda frisou: "Eu olho para o futuro. eu venho do setor de supermercados. Muitos de vocês sabem, sou presidente da ASSERJ e sou o primeiro vice-presidente da ALAS. E pensamos muito no futuro. O supermercado do futuro... você vai baixar um aplicativo, ver se tem vaga no supermercado para estacionar, ver se está cheio, se está vazio. O pagamento será feito por aplicativo. E é isso que a Rio Innovation Week, paralelamente, se propõe, a olhar para o futuro, a inspirar. Mas qual é o papel de cada um de nós? É entender o avanço da tecnologia através do olhar ético. O ser humano precisa estar no comando. A privacidade precisa ser respeitada. A formação de novas tecnologias precisa respeitar a responsabilidade social. As empresas que aqui estão precisam ter esse olhar e, por isso, a RIW se propõe a ter esse olhar ético. O nosso papel é não esquecer do passado, viver e se adaptar ao presente e nunca, jamais, deixar de olhar para o futuro. Nós estamos muito orgulhosos. Muito obrigado a cada um de vocês". Bruna Reis, diretora executiva do Rio Innovation Week 2025, também destacou: "O objetivo do Rio Innovation Week é conectar mundos diferentes. A ciência e a cultura, o setor público e as start-ups, o global e o local, o que já é realidade e o que ainda é um sonho conectarmos por aqui. É sobre colocar lado a lado um prêmio Nobel da Paz e um criador de conteúdo digital, um filósofo e o maior engenheiro de inteligência artificial do mundo, uma atleta olímpica e um líder indígena. E ver tudo que pode nascer a partir desse encontro. Mais do que números, o que queremos é movimento. Movimento de ideias, de negócios, de pessoas". Autoridades presentes Dentre as autoridades que manifestaram seus depoimentos sobre o Rio Innovation Week, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), Antônio Florencio de Queiroz, pontuou: "Esse é um evento que se consolidou. Um encontro que é o futuro com consciência e responsabilidade. Nessa quinta edição, o tema, 'O olhar através da ética', não é só tão presente e tão necessário, mas nos convida a refletir sobre o impacto das nossas escolhas e o papel da inovação em um mundo de conjunturas aceleradas. Discutir inovação também é discutir para quem, como e por que inovamos. É pensar em soluções que promovam o desenvolvimento econômico, inclusão social e sustentabilidade, sem perder de vista os valores que sustentam uma sociedade justa". Já Ricardo Wagner de Araujo, diretor executivo de Governança da Petrobras, representando a presidente da estatal Magda Chambriard, focou ainda mais no olhar sobre o futuro: "O RIW se consolidou como uma importante conferência global sobre tecnologia e inovação e seus impactos no futuro. É com satisfação que parabenizamos a organização deste evento de relevância mundial. O tema proposto hoje, com foco na ética, nos convida a uma reflexão fundamental sobre como podemos garantir que o progresso tecnológico seja um instrumento de inclusão, evitando a ampliação das desigualdades. Vivenciamos uma era de transformações significativas. A inteligência artificial, a automação, a biotecnologia e outras ferramentas poderosas estão alterando a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Essas tecnologias têm o potencial de expandir o acesso à saúde, à educação e à energia, promovendo a inclusão de forma inédita. Contudo, também apresentam riscos, como o aprofundamento de desigualdades e a exclusão de grupos marginalizados. A tecnologia, em si, não é intrinsecamente ética ou antiética; ela reflete os valores de seus criadores, reguladores e usuários. Por essa razão, o papel das lideranças nunca foi tão crucial. Líderes precisam ser, além de competentes, conscientes, compreendendo que inovação sem responsabilidade é um caminho para a exclusão, e que eficiência sem equidade representa um progresso ilusório. É imprescindível assegurar que o avanço tecnológico seja um instrumento de inclusão, e não um fator de ampliação das desigualdades. Que tipo de legado queremos deixar para as próximas gerações? A resposta está em nossas mãos". Juliana Benício, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Niterói, representando o prefeito do município Rodrigo Neves, afirmou: "É muito bonito ver o nosso estado unido em prol da inovação. Nos atuais tempos a inovação nunca decepciona, sempre mostra que o nosso futuro é promissor. A economia do conhecimento, a inovação, é um processo indissociável da sobrevivência no mercado. Para isso, precisamos preparar nossos agentes econômicos para esse futuro". "Há um ano eu vinha nesse mesmo local aqui, junto com o Fábio, fazer a abertura do Rio Innovation Week. A cada ano que passa, vemos um evento cada vez maior. Competência de vocês organizadores, que fala por si só. Hoje vemos a extensão. Não tinha mais para onde crescer? Colocaram um navio. Eu tenho absoluta certeza que na 20ª edição, essa frente aqui da Baía de Guanabara estará fechada com diversos navios para que possamos contemplar a todos", exaltou Anderson Moraes, secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. O almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha, retificou: "A inovação transcende fator diferencial, afirma-se alicerce do progresso humano. O contexto geopolítico, interligado por complexas redes de informação e por evolução tecnológica sem precedentes, avança para a configuração de novas estruturas econômicas, sociais e culturais. Nesse contexto, redefine-se a essência e relevância dos Estados que lograrão converter ciência em soluções tangíveis, tecnologia em prosperidade e ideias em vetores de desenvolvimento sustentável. Serão sobretudo vértices decisórios e delineadores do século XXI. O Brasil, detetor de vasto território, pluralidade cultural e econômica. De juventude dotada de um notável vigor criativo em serra potencial similar para a condição de uma dinâmica e difusa transição. O verdadeiro esteio reside em compreender que inovação não se sustenta unicamente em máquinas e algoritmos, mas substancialmente em pessoas, talentos e sinergia colaborativa que as unem. É precisamente na convergência de propósitos e visões que hoje materializa-se o Rio Innovation Week, encontro em que forjam soluções, testes, alianças e perspectivas de desenvolvimento para o país. Um momento oportuno para enfatizar o papel estratégico da marinha do Brasil nessa construção. Para além da missão precípua e indelegável da defesa e salvaguarda dos interesses nacionais". O prefeito do Rio Eduardo Paes também festejou a relevância da RIW para o Rio: "No caminho para cá, eu estava relendo a programação intensa desses próximos dias de inovação, e eu não tive dúvida nenhuma, não existe lugar melhor do mundo pra se falar de tecnologia, inovação e soluções inteligentes para as cidades do que o nosso Rio de Janeiro. Eu tenho certeza de que lá atrás, quando a internet ainda não era pra todos os celulares, e os celulares apenas faziam ligação, a gente acreditava na tecnologia digital como uma força transformadora. Inclusive, temos dois anúncios importantes, que estamos lançando hoje aqui e que representam muito bem o que a Prefeitura tem feito para fomentar a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Estamos lançando hoje o terceiro ciclo do Sandbox, nosso Sandbox regulatório, premiado internacionalmente. Ele permite que as empresas desenvolvam e testem tecnologias inovadoras aqui, flexibilizando as normas municipais. Quem for selecionado vai poder testar livremente as suas soluções em parceria com a prefeitura. E o segundo anúncio é o 'Desafio Rio'. Através dele a prefeitura vai se tornar investidora anjo de projetos inovadores que melhorem os serviços públicos principais. É um conjunto de investimentos que vai permitir que a prefeitura possa atuar como uma verdadeira catalisadora. Todas essas iniciativas têm algo em comum, queremos colocar o Rio no centro da rota global de tecnologia, rumo ao futuro digital sustentável, inclusive, com o olhar sempre atento e melhorando a vida da nossa gente. Queria, mais uma vez, aqui, saudar o Fábio e toda a organização desse fantástico evento e dizer que esse é o espírito da Rio Innovation Week 2025". Por fim, o governador Cláudio Castro concluiu: "O RIW está no centro da pauta da atenção das políticas de Estado. Esse processo, Fábio, eu lembro bem das nossas primeiras conversas, de pegar todo esse potencial do Rio de Janeiro e criar uma marca que ficasse. Aproveitar o Rio de Janeiro, que já é uma marca maravilhosa, mas transformá-la em algo que pudéssemos ser, inclusive, vendável mesmo, que pudéssemos levar para outros lugares, divulgar como mídia, como marketing. Óbvio que as dificuldades de uma primeira edição são ímpares. Mas é assim com a segunda, terceira, quarta e quinta. Não é tão diferente pelo plano expansionista que vocês estão impondo ao evento. Se continuar assim, um dia terá que dar feriado no Rio de Janeiro só para Rio Innovation Week tamanho sucesso que ela vem tendo". Demais autoridades Também compuseram a mesa: Eduardo Cavaliere, vice-prefeito do Rio de Janeiro; Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade; Flávio Ferreira, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento; Gustavo Tutuca, secretário de Estado de Turismo; Feu Braga, secretário de Estado de Transformação Digital; Fernanda Curdi, secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; Tatiana Roque, secretária Municipal de Ciência, Tecnologia e Invoação; Alexandre Nogueira, presidente da Light; e Vinicius Farah, presidente do Detran-RJ. A ASSERJ tem muito orgulho de promover aos associados passaporte gratuito para um evento dessa magnitude. Com a certeza de que o encontro como um todo, proporciona uma troca extremamente rica de conteúdo.
12/08/2025
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Atualidades
Descubra como construir marcas fortes e relevantes: insights da Rebu no Conecta Varejo
Na quinta palestra do primeiro dia do Conecta Varejo, Fernando Andreazi, cofundador da agência de branding Rebu, e Pedro Mattos, designer da mesma agência, trouxeram uma discussão valiosa sobre como construir marcas fortes e relevantes em mercados cada vez mais competitivos e complexos. Voltada especialmente para supermercadistas, a palestra destacou a importância de ir além do produto, focando em estratégias que geram identificação e vínculos verdadeiros com os consumidores. “Branding é o encontro do espelho com a janela” Fernando abriu o debate destacando que o diferencial de uma marca está em condensar sua essência em poucas palavras, idealmente uma ou três, para que a comunicação seja clara e focada. “Parece loucura, mas quem trabalha com comunicação sabe que plataformas de marca enormes, cheias de palavras, confundem mais do que ajudam. A gente precisa ser simples e direto”, explicou. Para ilustrar essa simplicidade poderosa, ele citou exemplos reais de projetos da Rebu, como o desenvolvimento da marca “Play”, criada para um empreendedor brasileiro com um posicionamento claro e emocional, fácil de ser entendido por todos. Outro case marcante foi a criação da marca do jogador Neymar, um trabalho que buscou traduzir sua autenticidade e criatividade urbana, distante dos estereótipos regionais do Brasil, e que resultou em uma expressão visual e verbal forte — como o nome “Play By Name”, registrado globalmente para proteger a identidade da marca. Pedro Mattos complementou reforçando a importância do empreendedor se identificar com a essência da marca. “A fricção da marca é justamente esse equilíbrio entre a verdade do empreendedor e o que ela entrega de diferencial para o mercado. Quando isso acontece, nasce um projeto potente e autêntico.” Olhar para dentro e não para o concorrente Um dos insights mais impactantes veio com uma provocação de Fernando: “Muitos empreendedores ficam viciados em observar o que o concorrente faz — a cor, a fonte, a promoção. Mas isso rouba a chance de construir sua própria história.” Ele enfatizou que a verdadeira força de uma marca vem do autoconhecimento e da clareza sobre seu diferencial. Para mostrar isso na prática, trouxeram o case da marca de cacau “Dengo”. A equipe da Rebu trabalhou para desconstruir conceitos equivocados sobre o produto, reposicionando-o não como assistencialismo a pequenos produtores, mas como expressão de alta qualidade e empreendedorismo familiar. A partir do nome, do design da embalagem e do branding cuidadoso, a marca conquistou uma sofisticação sutil que transformou a percepção do consumidor. Detalhes que fazem a diferença Fernando destacou a importância dos detalhes na construção da marca. “As marcas vivem dos detalhes.” Ele explicou que pequenas mudanças em cores, tipografia, design de embalagem e interface, mesmo que quase invisíveis, trazem elegância e rigor que o consumidor percebe no subconsciente. “É isso que diferencia uma marca comum de uma memorável.” Pedro reforçou que essa experiência não pode acabar na loja ou no supermercado. “A embalagem e o design precisam prolongar a experiência, reforçando valores e crenças da marca, criando uma conexão 360° com o consumidor.” Palavras que contam histórias A escolha do nome e do slogan da marca foi destacada como fundamental para construir identidade e narrativa. Fernando citou o exemplo da marca “Nut”, uma linha de leites de origem, cujo nome simples e o uso do ponto final (“Nude.”) comunicam pureza e autenticidade. “Não é só uma palavra, é o conceito central da marca”, explicou. Fernando também refletiu sobre a necessidade de respeitar o momento do empreendedor no processo criativo. “Nosso objetivo, como consultores de marca, é puxar para frente, mas às vezes é preciso segurar o empreendedor. É mais fácil segurar do que tentar empurrar um projeto criativo que já está cheio de elementos difíceis de mudar, como logo, nome ou cor. Quando o empreendedor diz ‘não mudo meu logo, meu nome, minha cor’, a gente fala: ‘Então tá tudo ótimo, segue a vida aí’. Nosso papel é ajudar para que o processo flua, evitando loucuras, mas também estagnação.” Estratégia é o roteiro, não o filme Para fechar, Fernando trouxe uma analogia importante: “Estratégia é o roteiro do filme, não o filme em si. Muita gente pede projeto de estratégia, mas poucos realmente conhecem o roteiro inteiro. A estratégia precisa ser visível e refletida em cada ponto de contato, senão não funciona.” Ele explicou que a Rebu costuma aceitar cerca de 40% dos projetos, justamente para garantir que possam desenvolver um conceito forte e a expressão que será o reflexo desse conceito. “Às vezes, aceitamos um conceito legal que precisa ser bem expressado, outras vezes, o contrário — mas fazer o todo junto é essencial para o sucesso.” Mensagem final Ao concluir, Fernando e Pedro reforçaram que o branding é uma ferramenta estratégica essencial para supermercados e negócios que querem se destacar, especialmente em mercados saturados. “Marcas verdadeiras, autênticas e claras criam vínculos profundos. E essa é a chave para superar a concorrência e construir um relacionamento duradouro com o consumidor.”
12/08/2025
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