
Liderança feminina transforma o varejo: conheça histórias que inspiram e inovam

O segundo dia de programação do palco Conecta Varejo, no Rio Innovation Week 2025, foi marcado por um encontro que uniu inspiração, estratégia e sensibilidade: a palestra “Talento que muda o jogo | Onde sonham as líderes: A jornada de mulheres que transformam o varejo”.
Mediada pela apresentadora Babi Martins, a conversa reuniu Cíntia Viegas, diretora de marketing da Casa do Arroz, e Juliana Terra, diretora de marketing do Adonai, que compartilharam suas trajetórias e reflexões sobre liderar em um setor historicamente masculino — mostrando que o protagonismo feminino pode transformar negócios e inspirar novas gerações.
Liderar do próprio jeitoPara Cíntia Viegas, a jornada até a liderança começou durante a pandemia, período que exigiu reinvenção em todos os setores. “Comecei como influenciadora, depois assumi o marketing, o trade e cheguei à diretoria. É um segmento ainda com poucas mulheres em cargos de liderança, mas nunca quis competir imitando um comportamento masculino. Conquistei meu espaço com estratégia e competência, mantendo meu jeito de liderar”, afirmou.
Juliana Terra também viu sua trajetória ganhar força nesse período. Influenciadora antes de assumir a comunicação da rede Adonai, ela destacou a importância da sensibilidade feminina no relacionamento com o cliente.
“No início, me senti constrangida em reuniões só com homens, mas percebi que a mulher traz um olhar único. Liderar não é sobre competir, é sobre impactar vidas e criar conexões genuínas com o público.”
Conexão que gera valorAs duas líderes concordam que o relacionamento próximo com o cliente é um diferencial competitivo — especialmente no ambiente digital, onde a interação é imediata e constante.
“No Instagram, 70% dos seguidores de supermercados são mulheres. Por trás do CNPJ, existe um CPF. Quando o público enxerga quem está por trás da marca, a conexão é muito mais forte”, disse Cíntia, lembrando que essa proximidade já resultou em cases de sucesso, como o lançamento de produtos saudáveis inspirados em seu próprio estilo de vida.
Juliana reforçou que esse contato direto também impulsiona a inovação: “Hoje, não existe mais SAC como antigamente. As pessoas falam direto com a gente pelas redes sociais, e isso nos dá insights valiosos para tomar decisões rápidas e eficazes.”
Novas gerações, novas formas de liderarOutro ponto debatido foi a relação entre diferentes gerações no ambiente de trabalho. Cíntia destacou que trabalhar com jovens da geração Z exige novas abordagens. “Eles são mais ansiosos, querem resultados imediatos e dominam a tecnologia. Nosso desafio é unir essa energia à experiência das gerações anteriores, criando equipes complementares.”
Para Juliana, a diversidade é o caminho para equipes mais criativas e engajadas: “Liderar é mais leve quando existe diversidade. Não se trata de impor autoridade, mas de criar um ambiente onde todos se sintam parte da construção da marca.”
Inspirar para transformarTanto Cíntia quanto Juliana reforçaram que inspirar outras mulheres é parte fundamental de sua atuação. “Temos que estar atualizadas e levar o melhor para o cliente. Mas também precisamos olhar para os colaboradores e descobrir talentos internos que podem florescer”, disse Cíntia, citando casos de funcionários que passaram a atuar em áreas criativas dentro da empresa após incentivo.
Juliana finalizou com uma mensagem que sintetiza o propósito da liderança feminina: “O supermercado não é apenas um lugar para vender produtos. É um espaço onde podemos transformar vidas, motivar pessoas e criar oportunidades para que cada um descubra o seu melhor.”
Ambas encerraram o bate-papo deixando um conselho direto para as mulheres que desejam trilhar caminhos de liderança: acreditem nos seus sonhos, invistam em conhecimento e nunca desistam diante dos obstáculos — cada passo dado é uma semente plantada para transformar o futuro.
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