
Julho de alta! Novos levantamentos confirmam mais um mês positivo para o varejo supermercadista. É coisa de cinema!

Todo mundo conhece o filme "O Sexto Sentido". Quem não se lembra da cena icônica de Bruce Willis conversando com o filho antes de dormir sobre o que o garoto vê? Para as novas gerações, inclusive, a cena já faz parte do roll de memes. Mas por que esse assunto? Porque esse momento do cinema (ou o meme) poderia ser muito bem adaptado à realidade do varejo supermercadista em 2025.
"Eu vejo sinais positivos. Com que frequência? O tempo inteiro!"Mês a mês, nosso setor registra números excelentes de desempenho, corroborados por diversas fontes e levantamentos. E mais pesquisas confirmam que o mês de julho manteve a curva de ascensão do varejo supermercadista. Segundo dados da Rock Encantech, baseados em análises de 60 milhões de transações, o segmento apresentou alta de 4,8% no sétimo mês do ano, na comparação com junho. Já de acordo com a Scanntech, o crescimento foi de 6,9%, com subida de 1,3% no fluxo de loja e de 5,7% no volume de unidades vendidas.
Especificamente focando em supermercados, o levantamento da Rock Encantech aponta que a alta foi de 3,3%, com positivação de 0,8% no ticket médio e de 2,5% na ida às lojas. A Scanntech traça contexto semelhante, com subida de 4,5% em faturamento no mês passado e 5,6% no acumulado de 2025.
"Um crescimento ou uma retração muitas vezes são eventos mais complexos no varejo do que apenas percentuais positivos ou negativos. Por isso, cada varejista precisa agir para lidar com imprevistos e focar esforços, principalmente, em entender o comportamento dos shoppers, que é o que pode direcionar decisões mais eficientes", analisa Fernando Gibotti, vice-presidente de Varejo e Indústria da Rock Encantech.
Outro levantamento que indica o excelente momento é o Alelo-Fipe. Os dados do Índice de Consumo em Supermercados (ICS) apontam que os supermercados registraram um aumento de 1,5% no número de transações efetivadas, acompanhado por um incremento de 0,8% no valor total das transações.
Na comparação anual, os supermercados têm crescimento de 15,5% no valor movimentado, de 5,2% no volume e de 9,8% no valor médio por compra. Já no recorte de 2025, o número de transações tem subida de 4,4%, acompanhada por um crescimento de 13,1% no faturamento nominal em relação ao mesmo período de 2024. O ticket médio também evoluiu 8,3%.
"Ganhe a multidão"Na sequência de paráfrases cinematográficas, chegamos a uma citação de "Gladiador", cuja adaptação cabe ao nosso setor quando o assunto é fidelização. De acordo com a pesquisa da Rock Encantech, em julho, os supermercados registraram um percentual de 81,8% no Índice de Fidelidade e Engajamento do Varejo (IFEV). O indicador é importante para entender como as ações adotadas geram impacto no consumo e na retenção. Ele é calculado após análise do ticket médio e a diferença entre o engajamento do cliente fidelizado e do não fidelizado. Ou seja, o IFEV reafirma: o primeiro compra mais que o segundo.
"A composição do crescimento indica que a pressão inflacionária ainda tem um papel muito relevante no desempenho do varejo. Por outro lado, os sinais de ajuste em categorias-chave podem influenciar o setor nos próximos meses", explica Gibotti.
O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, destaca: "Mais uma vez, os números confirmam aquilo que nós, do setor supermercadista, sentimos no dia a dia: o varejo segue forte, resiliente e crescendo. O desempenho de julho mostra que o nosso setor não apenas resiste, mas também se reinventa constantemente, acompanhando o comportamento dos consumidores e respondendo de forma estratégica aos desafios do mercado. Esse crescimento é fruto do trabalho árduo de milhares de pessoas que, mesmo diante das pressões inflacionárias e de tantas variáveis externas, têm buscado eficiência, inovação e proximidade com os clientes. O índice de fidelidade e engajamento alcançado em julho mostra que o consumidor brasileiro reconhece esse esforço".
Já em relação aos produtos mais vendidos em julho, entre os 25 mais comercializados, 14 registraram redução no preço médio. As maiores quedas foram em FLV (-5,3%), café em pó (-3,5%) e arroz (-3,2%). Por outro lado, registraram alta sabonete (+2,8%), biscoitos industrializados (+2,7%) e açúcar refinado (+2%). O vice-presidente de Varejo e Indústria da Rock Encantech pontua: "Assim como a inflação, há uma gama de questões externas que recaem diretamente sobre os preços dos produtos. Estamos falando de fatores como períodos de safra, ajustes de fornecedores, aumento dos custos de produção etc.".
No mesmo tema, mas na visão da Scanntech, a principal missão de compra foi a de reposição (30,3% do total), seguida de abastecimento (29,6%), express (24,2%) e outras (16%). Nesse contexto, os principais itens de destaque de venda foram as cestas de Perecíveis (+8,0%, com destaque para frango in natura); Mercearia Básica (+6,0%, com destaque para café e óleo); e Mercearia (+3,5%, com destaque para Petisco Snack). "Preços mais atrativos e maior atenção do consumidor sobre o que colocar no carrinho contribuíram para a recuperação da cesta básica", comenta Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.
"A vida só pode ser compreendida olhando para trás, mas só pode ser vivida olhando para frente"Encerrando com mais uma citação, dessa vez inspirados pelo "O Curioso Caso de Benjamin Button", sobre os próximos passos do nosso setor. Os resultados dos últimos meses apontam altas subsequentes, mas é preciso estarmos atentos para manter a curva de subida na segunda metade do ano. Ações assertivas, estratégias bem executadas e, principalmente, planejamento e controle operacional eficientes serão fundamentais para que o varejo supermercadista continue crescendo e entregando um serviço de qualidade para a sociedade.
"Na ASSERJ, acompanhamos esses movimentos de perto, sempre atentos às transformações e comprometidos em apoiar nossos associados na busca por melhores resultados. O nosso papel é justamente esse: oferecer conhecimento, promover a troca de experiências e ser uma ponte entre o setor, as autoridades, a indústria e a sociedade. Olhando para frente, sabemos que manter esse ritmo positivo exige planejamento, controle e, sobretudo, união do setor. Mas também temos a confiança de que estamos no caminho certo. O varejo supermercadista é parte fundamental da vida da população do estado do Rio de Janeiro, e continuaremos trabalhando para garantir que ele cresça de forma sustentável, inovadora e, acima de tudo, com qualidade no atendimento às famílias", conclui Fábio Queiróz.
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