
Como construir novas experiências para clientes no varejo?

Edmour Saiani é a mente visionária por trás da Ponto de Referência, a única empresa brasileira especializada na construção da cultura de servir e implantar atendimento como estratégia de marca. Com foco em inovação, sua trajetória é marcada pelo desafio de ajudar empresas como L’Oréal, Whirpool, Pão de Açúcar e Oi a olhar as necessidades de cada consumidor com foco no cliente. Ele vai trazer para o Conecta o que é Varejo PHD: Physical, Human e Digital e como construir novas experiências para clientes nesse cenário.
– Como será para você participar do Conecta Varejo esse ano?
É o momento mais importante para fazer eventos que conversam sobre como construir o futuro. Em um momento onde o Brasil está ‘estático’ é uma iniciativa muito boa da ASSERJ, porque tira a agenda negativa e cria uma agenda
positiva, com possibilidades de melhorar e sair da inércia que todo mundo se põe em uma situação como a atual. Fiquei muito honrado pelo convite para participar do Conecta para falar sobre construir. O Rio de Janeiro precisa disso!
– Pode adiantar os conceitos do PHD: Physical, Human e Digital?
Todo mundo começou a achar que o varejo era só digital e não é. O varejo precisa ter uma base física, tanto que os varejistas digitais estão abrindo lojas físicas, ou seja, não há possibilidades de o varejo ser uma coisa ou outra e fazer sucesso. Para fazer sucesso o varejo tem que ter os dois componentes: o físico e o
digital.
Bom, os varejistas digitais puros não ganham dinheiro, ou demoram. Existe uma ‘guerra’ estupenda no mercado. A Amazon, por exemplo, ganha dinheiro com os web services (solução utilizada na integração de sistemas e na comunicação entre aplicações
diferentes), como armazenagem de dados (35% de seu lucro). Imagina o que é você ser um varejo normal e querer ser só digital? Precisa querer ser os dois. E nesse período os varejistas se esqueceram das pessoas. É mentira que não terão mais empregos, o varejo precisa disso o tempo todo. No entanto, as pessoas que estiverem no varejo terão que ser muito boas. Em minha palestra vou falar sobre o que tem que ser feito no digital, físico e no humano, para que as pessoas construam negócios equilibrados nesse tripé.
– Como os colaboradores se encaixam nesse contexto da transformação digital?
As pessoas são mais capacitadas com o digital do que as empresas. Elas já fazem uso das ferramentas. O primeiro digital que você tem que usar na empresa é o WhatsApp. Antigamente as pessoas precisavam enviar malote, hoje a comunicação com o pessoal da loja é feita o tempo todo. Os funcionários sabem mexer com o digital, o problema é que os donos (que não tem muita visão digital) acham que é tudo muito caro, quando na verdade, existem tecnologias com custo zero, como o Instagram. A resistência de verdade está nos donos que não aprenderam a aprender o novo. Digo que eles precisam ‘parar de fazer alguma coisa todo dia e começar a fazer alguma coisa todo dia’. Tenho duas pessoas que trabalham comigo no digital que me ensinam todos os dias. Eu costumo dizer que liderar é liberar, não é prender, e as pessoas não dão liberdade para quem trabalha com elas colocarem em pratica aquilo que sabem. Todo mundo fala no Trello como ferramenta de comunicação interna e gestão nas empresas, e recentemente me apresentaram ao Kaizala, uma espécie de WhatsApp da Microsoft, novo aplicativo que facilita a conexão e a coordenação do trabalho com toda a cadeia de valor, incluindo funcionários internos e externos. Precisamos liberar as pessoas para fazerem o digital, físico e humano melhores.
– Qual a importância de os varejistas investirem em melhores práticas para implantar o atendimento como estratégia de marca?
Temos que construir resultados Inteligentes, com I maiúsculo. Você constrói isso não com uma corporação onde a pirâmide é o dono lá em cima e a galera lá embaixo, mas em uma comunidade onde todos participam. A empresa é construída com a opinião de todos, e em vez de você ter uma empresa, você tem uma comunidade. Todo mundo doa, os funcionários não são mercenários, são voluntários. E eles passam a ser uma fonte de informação do cliente, que uma outra corporação não tem. Numa corporação em formato de comunidade todos falam sobre o que pode ser melhorado todo dia, e a empresa os ouve, a outra precisa fazer revisões anuais de tudo. Em vez de ter a pirâmide triângulo, você tem um bolo de gente convivendo, onde o dono é parte do jogo e considera todos importantes. Isso é a essência de atender, que é ajudar o outro. O supermercado é um lugar que se espera pouca evolução, mas os supermercadistas são muito bons em fazer as coisas acontecem de uma maneira diferente quando tem os insights.
CONECTA VAREJO 2019A tecnologia está transformando o varejo nos últimos anos e a tendência é que ela ocupe cada vez mais espaço no mercado de vendas. Mas, qual a melhor ferramenta? Como dar o pontapé inicial rumo à cultura digital? Quanto investir em soluções que muitas vezes parecem tão futurista e pouco acessíveis?
O Conecta é o encontro anual da tecnologia para o varejo.
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