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Servitização: conheça esse conceito e aplique para sair na frente da concorrência!

21/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 1 Mês

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Quando a pauta é inovação, muitos pensam em lançamentos de produtos, tecnologia, inteligência artificial... mas hoje em dia ela vai muito além disso. A inovação se revela com outra faceta, na concepção de serviços e, principalmente, na forma como são entregues e percebidos pelos consumidores. Em um segmento de margens apertadas e concorrência árdua como o varejo supermercadista, com clientes cada vez mais exigentes, oferecer serviços de experiência bem planejados, e com capacidade de marcar positivamente clientes, não é apenas uma estratégia, é uma diferenciação competitiva essencial.

Nesse contexto, surge o design de serviços, uma ferramenta estratégica na busca por proporcionar experiências integradas e escaláveis, digitais e humanas simultaneamente, com o consumidor no centro de todo o planejamento de longo prazo, como explica Frederico Burlamaqui, especialista em marketing e estratégia de negócios: "Inovar em serviço é repensar cada ponto de contato, tornar invisível o backstage e colocar o cliente como protagonista da jornada. Mais do que novidade, trata-se de criar consistência e escalabilidade na experiência".

"Servitização"

Um conceito que ganha força nesse cenário é "servitização", ou transformar produtos em serviços. Segundo pesquisa publicada na revista Gestão & Produção, diversas tecnologias e análise de dados têm impulsionado o surgimento de soluções em serviço conectadas e personalizadas, porém, sozinha a tecnologia não é uma certeza de sucesso.

A mudança e aplicação da inovação em serviços vai além da digitalização. Aliás, seu início parte da própria cultura das empresas. É necessário integrar processos, sistemas e alinhar equipes, garantindo experiências eficazes e capazes de encantar o cliente, como alerta Frederico Burlamaqui: "Não adianta colocar tecnologia se a cultura não acompanha. Toda a organização precisa estar alinhada em entregar valor contínuo, e não apenas vender soluções pontuais. O que acontece nos bastidores é decisivo. Quando o backstage funciona bem, o cliente sente a diferença, mesmo sem perceber o esforço por trás".

O cliente como parceiro da inovação

O grande diferencial das empresas que se destacam nesse campo está no grau de envolvimento do consumidor, tratado como um co-criador no processo. Testes e pesquisas fazem com o que o serviço já seja concebido de forma assertiva e conectada às necessidades reais do cliente, diferencial que divide serviços comuns de experiências memoráveis.

"Muitas vezes as empresas criam soluções dentro de casa e esquecem de ouvir quem realmente importa. A co-criação, seja em testes pilotos, pesquisas ou protótipos, garante que o serviço nasça já conectado com a necessidade do cliente", destaca o especialista em marketing e estratégia de negócios.

Mapeie resultados

A mensuração de resultados é um ponto crucial para a certeza de sucesso. Limitar a avaliação às métricas tradicionais de satisfação pode deixar parte da compreensão comprometida, sem uma visão do impacto real, frisa Burlamaqui: "Se a empresa só olha para NPS, está perdendo metade da história. É preciso avaliar retenção, margem e até o quanto do valor foi co-criado junto ao cliente. São esses indicadores que mostram se a inovação realmente se sustenta no tempo".

O design de serviços, portanto, já não é uma simples tendência, mas uma necessidade real do mercado para aqueles que desejam competitividade. Os negócios que transformarem suas infraestruturas internas, engajarem consumidores em suas criações e apurarem corretamente o valor gerado por suas ações sairão na frente da concorrência.

"Inovação em serviço não é um projeto pontual, é uma jornada constante. Quem adota essa mentalidade antecipa rupturas em vez de apenas reagir a elas", finaliza Frederico Burlamaqui.

Para o nosso setor, esse tema possui grande relevância. No varejo supermercadista, a capacidade de entregar experiências consistentes, tanto no atendimento presencial, no digital ou na logística, é automaticamente transformada em uma vantagem competitiva tangível. Ou seja, o design de serviços deixa de ser uma preocupação supérflua, para ser uma exigência estratégica.

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