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Perdas silenciosas: como proteger sua loja?

16/07/2025 • Atualizado pela ultima vez 4 Meses

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Responsável por cerca de R$ 4,2 bilhões em prejuízos anuais, segundo dados da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (Abrappe), o furto em supermercados segue sendo um dos maiores desafios enfrentados pelo varejo, gerando impactos que vão muito além da subtração de produtos. Além das perdas financeiras diretas, a necessidade de reforçar a segurança representa um custo extra que poderia ser direcionado à melhorias na operação, estrutura e atendimento.

Para Roger Toshi, gerente Administrativo e de Marketing da SG Sistemas, a gravidade do problema vai além do que aparece nas planilhas. “O impacto direto no caixa é apenas a ponta do iceberg. Os furtos forçam o empresário a redirecionar investimentos que poderiam ser usados para inovação, treinamento da equipe ou melhoria da experiência do cliente”, afirma.

Os tipos de furto são diversos e vão desde ações externas — como clientes que escondem produtos na roupa, trocam etiquetas ou aproveitam momentos de maior fluxo para sair com mercadorias sem pagar — até desvios internos, cometidos por colaboradores que conhecem os processos e as vulnerabilidades da operação. “O furto interno ainda é uma das principais dores de cabeça no setor. Por envolver colaboradores que conhecem os processos, é essencial adotar soluções com controle de acesso por nível de usuário. Isso evita que pessoas não autorizadas tenham acesso a áreas críticas do sistema”, explica Roger.

Além disso, há perdas que não envolvem má-fé, mas causam danos semelhantes: são as chamadas quebras operacionais. Erros no registro de vendas, falhas no controle de estoque ou conferência incorreta de mercadorias também comprometem os resultados. A prevenção, portanto, exige um olhar integrado para processos, pessoas e tecnologia.

Investir em sistemas de gestão é uma das estratégias mais eficazes para coibir fraudes e identificar irregularidades com agilidade. “Na SG Sistemas, desenvolvemos ferramentas que oferecem rastreabilidade total da operação. Desde a entrada do produto no estoque até a sua saída no PDV, tudo pode ser monitorado. Isso garante maior segurança e agilidade na identificação de problemas”, destaca o executivo.

Redes como o Guanabara implementaram processos mais rigorosos no recebimento de mercadorias e controle de estoque, reduzindo furtos internos e erros logísticos que também geram perdas financeiras.

Apesar da ajuda da tecnologia, a atuação humana continua sendo indispensável. Treinar a equipe para reconhecer comportamentos suspeitos, agir com ética e seguir protocolos padronizados é fundamental para criar uma cultura de prevenção e responsabilidade. E tudo isso deve ser feito em conformidade com a legislação, já que o furto — seja interno ou externo — é tipificado como crime no Código Penal Brasileiro e pode levar à prisão.

Mais do que coibir perdas, adotar uma estratégia de segurança bem estruturada fortalece a confiança de clientes e colaboradores. “Mais do que combater o furto, o objetivo é construir um ambiente de confiança e transparência. Com processos sólidos e sistemas inteligentes, é possível proteger o negócio e, ao mesmo tempo, criar uma relação saudável com os clientes e a equipe”, conclui Roger Toshi.

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