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Falsificação de café: saiba como proteger sua gôndola

01/09/2025 • Atualizado pela ultima vez 3 Meses

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A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) emitiu um alerta importante aos consumidores sobre a circulação de cafés torrados e moídos com embalagens falsificadas no mercado. Os produtos, muitas vezes vendidos em pontos de venda não convencionais e com preços muito abaixo da média, podem representar riscos à saúde e não seguem padrões de qualidade exigidos pelo setor.

Segundo a ABIC, os consumidores devem ficar atentos a sinais de fraude, como a ausência do selo de qualidade com QR Code, embalagens com aparência suspeita e preços excessivamente baixos. Além disso, a entidade disponibiliza um canal de denúncias para suspeitas de falsificação, incentivando o envio de fotos e informações sobre o local da compra.

"Os supermercados têm um papel decisivo em proteger o consumidor e fortalecer a cadeia do café. A melhor forma de garantir isso é priorizando apenas cafés certificados, que passam por programas de controle de qualidade e rastreadibilidade. Ao dar espaço nas gôndolas para produtos com selo ABIC e exigir a conformidade com a legislação, O supermercado protege sua própria marca, valoriza o empresário sério, que cumpre as regras e, acima de tudo, oferece ao consumidor o direito de levar para casa um café puro, seguro e de qualidade", frisa Celírio Inácio, diretor executivo da ABIC.

O alerta acende uma luz também para o varejo supermercadista. Flávio Graça, consultor de Alimento Seguro da ASSERJ, ressalta a responsabilidade legal dos estabelecimentos que comercializam esse tipo de produto.

"A recomendação da ABIC quanto à verificação da veracidade do selo é importante e deve ser observada pelas equipes de compras dos supermercados, especialmente quando houver desconfiança em relação a preços muito atraentes", afirma o especialista.

Graça destaca que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) é claro ao atribuir responsabilidade ao fornecedor, mesmo que ele não seja o fabricante direto do produto. "É importante ressaltar que o fornecedor pode ser responsabilizado pela venda do produto fraudado ou adulterado, mesmo que não tenha fabricado. A responsabilidade é objetiva, ou seja, independe de culpa, com base na teoria do risco da atividade. Isso significa que o estabelecimento que coloca o produto nas gôndolas é responsável por eventuais danos ao consumidor", explica.

A ASSERJ recomenda que os supermercados redobrem a atenção nos processos de compra e fiquem atentos à procedência dos produtos. O objetivo é garantir a segurança alimentar dos consumidores e evitar a exposição a produtos irregulares que afetam toda a cadeia produtiva e comercial do café.

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