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Do monitoramento à estratégia: como supermercados podem usar dados visuais para crescer

03/10/2025 • Atualizado pela ultima vez 2 Meses

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No varejo supermercadista, o uso de câmeras de segurança deixou de ter apenas a função de registrar imagens para consultas posteriores e passou a ocupar um papel estratégico na gestão. Com o avanço da visão computacional e da análise de dados em tempo real, esses equipamentos se transformaram em sensores inteligentes, capazes de reduzir perdas, otimizar operações e gerar informações que permitem prever situações de risco e antecipar problemas.

“O que não pode ser medido, não pode ser melhorado. Essa máxima de Peter Drucker é cada vez mais atual para o nosso setor. Sem dados estruturados, é impossível tomar decisões eficazes. Por isso, a visão computacional se tornou um dos pilares da inteligência operacional no varejo moderno”, afirma Carlos Eduardo dos Santos, presidente da Associação Brasileira de Prevenção de Perdas (ABRAPPE).

No ambiente supermercadista, a tecnologia já permite mapear o fluxo real de clientes, identificar zonas quentes de circulação, monitorar o tempo médio de permanência, detectar gargalos que afetam a experiência de compra e ainda prevenir furtos por meio da identificação de comportamentos suspeitos. Para Santos, o impacto vai muito além da segurança. “Estamos falando de inteligência aplicada à gestão. A câmera deixa de ser um simples recurso de vigilância e passa a ser uma fonte de dados estratégicos para decisões de negócios”, reforça.

A integração de câmeras, alarmes, controle de acesso e sistemas analíticos possibilita uma visão completa da operação. Essa abordagem permite, por exemplo, detectar áreas com excesso ou ausência de movimento, mapear espaços ignorados pelos clientes e agir de forma imediata diante de acessos não autorizados.

“Transformar vigilância em inteligência é um passo estratégico para os supermercados que desejam maior controle, menos perdas e decisões baseadas em evidências. No varejo atual, dados visuais não são apenas uma questão de segurança: são um diferencial competitivo que impacta diretamente no resultado financeiro e na satisfação do cliente”, conclui o presidente da ABRAPPE.

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