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Faturamento dos supermercados do Rio sobe em setembro e indulgência está em alta! ASSERJ te conta

10/10/2025 • Last updated 1 Month

Economia
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O setor supermercadista tem registrado um 2025 de elevação no faturamento e de reforço da confiança já estabelecida com o consumidor. E em setembro, o varejo abastecedor manteve a curva de subida, com resiliência mesmo diante de eventuais turbulências econômicas. Segundo dados do Radar Scanntech, no nono mês deste ano, o desempenho mostrou leve alta de 0,8% em crescimento de vendas, na comparação com o mesmo período de 2024. No Brasil, essa elevação foi de 2,5%.

Especificamente se tratando de supermercados, a subida de faturamento foi de 1,9%. No comparativo entre os três primeiros trimestres de 2025 e 2024, o avanço foi de 5,1%.

Impacto de setembro: perecíveis e mercearia puxam crescimento

As cestas que mais contribuíram para o avanço de faturamento registrado na comparação anual entre os meses de setembro foram perecíveis (+3,7%) e mercearia (+1,5%), com destaque para as indulgências.

Em relação às categorias de maior aporte para a alta, os principais resultados ficam por conta de:

  • Perecíveis: bovino in natura (+12,1% em faturamento); frango in natura (+5,7% em faturamento); e suíno in natura (+12,4% em faturamento e +3,5% em unidades);
  • Mercearia: chocolate (+10,7% em faturamento); leite em pó (+7% em faturamento e +1,5% em unidades); e leite condensado (+6,6% em faturamento e 4,7% em unidades).

Além desses itens, vale mencionar outros SKU's que obtiveram atuação de relevância na comparação entre setembro de 2024 e 2025:

  • Café (+43,3% em faturamento);
  • Óleo (+18,2% em faturamento e +7,2% em unidades);
  • Creme Dental (+10,8% em faturamento);
  • Kit Capilar (+6,3% em faturamento e +3,7% em unidades);
  • Lenço Higiênico (+9,2% em faturamento e +14,9% em unidades).
Missões de compra: reposição é tão importante quanto abastecimento

Já em relação aos objetivos do consumidor em suas idas aos supermercados, o Radar Scanntech apresenta que, no Rio de Janeiro, as compras de reposição e de abastecimento possuem a mesma frequência, ambas com 30,1%. Juntas, elas concentram quase dois terços de todas as viagens às lojas.

Porém, uma missão específica ganha força: a express, com 24,2%, acima da média nacional, que é de 22,1%.

Aprofundando sobre as categorias de destaque no mês de setembro, as missões de compra envolvem:

  • Perecíveis: abastecimento (49,7%); reposição (29,3%); express (8,6%).
  • Mercearia: abastecimento (39,7%); reposição (30,1%); express (19%).
Oportunidades: o que devemos observar?

Os números de setembro reforçam um cenário de estabilidade positiva para o setor supermercadista fluminense, mas também apontam caminhos estratégicos que merecem atenção. A leve alta no faturamento, mesmo em um contexto econômico desafiador, demonstra a força do consumo recorrente e o papel fundamental das categorias de alto giro, especialmente perecíveis e mercearia, na sustentação das vendas.

Nesse contexto, vale observar o desempenho expressivo dos itens de indulgência, como chocolates e produtos lácteos, que seguem ganhando espaço no carrinho. Mesmo diante do maior cuidado com o orçamento, o consumidor se permite viver momentos de prazer, o que pode abrir oportunidades para ativações e campanhas de experimentação no ponto de venda.

Outro ponto de destaque está no crescimento das missões de compra express, que já representam quase um quarto das idas aos supermercados no Rio de Janeiro, acima da média nacional. Isso evidencia o dinamismo e a priorização da conveniência e agilidade no comportamento do cliente. Uma comunicação eficiente e sortimento otimizado para compras rápidas pode aumentar o ticket-médio desse tipo de jornada.

O levantamento traz a conclusão: quem souber equilibrar abastecimento, reposição e conveniência, potencializará os resultados no último trimestre do ano.

"Na ASSERJ, seguimos ao lado do varejo fluminense, oferecendo inteligência de mercado, apoio estratégico e iniciativas que realmente fortalecem nossos associados. O objetivo é claro: o desenvolvimento contínuo do nosso setor", enfatiza Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ e da Associação de Supermercados das Américas (ALAS).