Brasil surpreende e ultrapassa EUA na exportação de algodão

Algodão
Com vendas consolidadas no mercado interno, números da exportação ultrapassaram as expectativas do mercado

O Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior exportador mundial de algodão com a safra de 2023-24. A informação foi divulgada na 75ª reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Algodão e seus Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), realizada no 21º Anea Cotton Dinner, promovida pela Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), em Comandatuba, na Bahia.

A liderança, no entanto, deve se revezar futuramente com os estadunidenses. Além da colheita norte-americana não ter sido encerrada, a expectativa para esse resultado expressivo era aguardado apenas em 2030. Na safra atual, o Brasil deverá colher algo em torno de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações chegarão em 2,6 milhões de toneladas.

“A liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo. Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”, afirmou Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).

A conquista foi muito celebrada pelo setor, que lembrou a posição do Brasil há duas décadas, quando o país era o segundo maior importador do produto. “Essa guinada de deve a muito trabalho e investimento na reconfiguração total da atividade, com pesquisa, desenvolvimento científico, profissionalismo e união“, completou.

O aumento da produção de algodão no Brasil impulsionou a indústria têxtil e o comércio em geral, cujo o consumo, nos últimos anos, esteve estacionado entre 700 e 750 mil toneladas de pluma. O crescimento do consumo interno “vai exigir muita dedicação, estratégia e uma boa execução” de toda a cadeia produtiva e de abastecimento, pontuou Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

Por Publicado em: 7 de julho de 20240 Comentários