Brasil reduz importações de laticínios: oportunidade ou desafio para a indústria?

Preços para o consumidor final continuarão alinhados aos padrões internacionais

A indústria de leite anda animada com as perspectivas de clima favorável e queda das importações. O cenário é mais positivo do que nos anos anteriores. Nesse período, cresceram as compras de matéria-prima do exterior, especialmente de Argentina e Uruguai. Além disso, sucessivas estiagens em estados produtores importantes reduziram a oferta e afetaram a produtividade no campo.

O aumento dos preços dos lácteos no mercado internacional e a desvalorização do real devem enxugar as importações brasileiras de lácteos, que bateram recorde no país em 2024.

Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat (Sindicato das indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul, a diminuição das importações beneficia a cadeia produtiva local, mas os preços para o consumidor final continuarão alinhados aos padrões internacionais, sem uma garantia de serem mais acessíveis. O impacto principal será um fortalecimento da produção nacional:

“Com a diminuição das importações, o produtor fica mais motivado para aumentar a produção. A tendência é termos uma oferta boa de produtos a preços de mercado internacional. Não dá para dizer que os preços serão mais acessíveis, porque todos os preços estão nivelados a preços mundiais. Mas o que importa é que a produção nacional deve crescer.”

Ele segue explicando que a desvalorização do dólar pesa muito mais como custo do que benefício, já que grande parte dos insumos, embalagens e ingredientes para alguns derivados é dolarizada.

“Espera-se que a questão cambial estabilize e que efetivamente a gente não precise repassar algum custo devido a essa transição cambial. A gente observa com bastante cautela essa desvalorização cambial porque impacta diretamente nos custos da indústria.”

Preços para o consumidor final continuarão alinhados aos padrões internacionais

A indústria de leite anda animada com as perspectivas de clima favorável e queda das importações. O cenário é mais positivo do que nos anos anteriores. Nesse período, cresceram as compras de matéria-prima do exterior, especialmente de Argentina e Uruguai. Além disso, sucessivas estiagens em estados produtores importantes reduziram a oferta e afetaram a produtividade no campo.

O aumento dos preços dos lácteos no mercado internacional e a desvalorização do real devem enxugar as importações brasileiras de lácteos, que bateram recorde no país em 2024.

Para Darlan Palharini, secretário executivo do Sindilat (Sindicato das indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul, a diminuição das importações beneficia a cadeia produtiva local, mas os preços para o consumidor final continuarão alinhados aos padrões internacionais, sem uma garantia de serem mais acessíveis. O impacto principal será um fortalecimento da produção nacional:

“Com a diminuição das importações, o produtor fica mais motivado para aumentar a produção. A tendência é termos uma oferta boa de produtos a preços de mercado internacional. Não dá para dizer que os preços serão mais acessíveis, porque todos os preços estão nivelados a preços mundiais. Mas o que importa é que a produção nacional deve crescer.”

 Darlan Palharini é secretário executivo do Sindilat (Sindicato das indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul)

Darlan Palharini é secretário executivo do Sindilat (Sindicato das indústrias de laticínios do Rio Grande do Sul) / Crédito: Dudu Leal

Ele segue explicando que a desvalorização do dólar pesa muito mais como custo do que benefício, já que grande parte dos insumos, embalagens e ingredientes para alguns derivados é dolarizada.

“Espera-se que a questão cambial estabilize e que efetivamente a gente não precise repassar algum custo devido a essa transição cambial. A gente observa com bastante cautela essa desvalorização cambial porque impacta diretamente nos custos da indústria.”

E finaliza dizendo que a possibilidade de mudança drástica nas ofertas nos supermercados é quase impossível, mesmo numa situação de calamidade como ocorreu no Rio Grande do Sul, no ano passado.

“Naquela época, a oferta de leite foi afetada muito pouco. Diria que hoje está muito bem organizado o sistema de produção e não vejo possibilidade de crise de abastecimento.”

Por Publicado em: 6 de janeiro de 20250 Comentários