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Energia elétrica: um vilão dos supermercados. Tem luz no fim do túnel?

23/05/2025 • Atualizado pela ultima vez 6 Meses

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Os supermercados fazem parte da rotina de milhões de brasileiros, oferecendo desde alimentos frescos até soluções de última hora para as refeições. Mas, por trás das portas automáticas e das prateleiras bem abastecidas, existe um vilão silencioso: o consumo excessivo de energia elétrica. E quem paga essa conta? Todos nós – consumidores, o meio ambiente e os próprios varejistas, que enfrentam contas de luz cada vez mais altas.

A energia elétrica é uma das principais despesas operacionais dos supermercados no Brasil. Estudos apontam que os custos com eletricidade representam entre 10% e 15% do total das despesas desses estabelecimentos.

“Tem luz no fim do túnel: usar energia limpa, eficiente e – o melhor de tudo – mais acessível. Os supermercados têm potencial para liderar a revolução das energias renováveis, e vou mostrar como”, destaca Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ.

Com o agravamento da crise climática e os custos operacionais em alta, adotar fontes de energia limpa deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade estratégica. Ainda assim, muitos supermercados seguem presos a sistemas ultrapassados e ineficientes, adiando uma transição energética que já é inevitável. A boa notícia? As soluções já existem – e estão mais ao alcance do que se imagina.

Telhados solares: um mar de oportunidade não aproveitada

A maioria dos supermercados possui telhados planos e espaçosos, com áreas que variam entre 500 e 1.500 metros quadrados. Um cenário perfeito para a instalação de painéis solares. "Além de reduzirem as contas de luz e a dependência da rede elétrica, esses sistemas podem ser acoplados a baterias, ampliando a autonomia energética da loja", destaca o diretor associado da Global Earth Day, Aidan Charron.

Estacionamentos com coberturas solares: sombra, conforto e sustentabilidade

Charron lembra que, se os telhados dos supermercados já são verdadeiras minas de ouro solar, os estacionamentos também representam um enorme potencial – especialmente no estado do Rio de Janeiro, onde o sol brilha a maior parte do ano. Segundo ele, coberturas solares, além de gerar energia limpa, oferecem sombra para os carros dos clientes e ajudam a combater o efeito de ilha de calor urbana.

"Mais do que conforto, essa solução melhora a eficiência térmica do ambiente ao redor e pode até reduzir o uso de ar-condicionado dentro das lojas. Como bônus, há a possibilidade de instalar estações de carregamento para veículos elétricos – o que atrai um novo perfil de consumidor e reforça o compromisso ambiental da marca", explica Charron.

A refrigeração: o devorador invisível de energia

Pouco lembrada pelos consumidores, a refrigeração é responsável por boa parte do consumo energético dos supermercados. Charron alerta que os sistemas tradicionais são ineficientes, caros e vulneráveis a falhas que podem causar perdas enormes em mercadorias.

"A modernização desses sistemas com tecnologia de ponta e menor consumo energético reduz custos operacionais, melhora a conservação dos alimentos e ainda pode ser abastecida com energia solar. Uma equação perfeita para quem deseja economizar e ser sustentável", sugere Charron.

Hora de agir – e de liderar pelo exemplo

"Iniciativas como iluminação LED, climatização inteligente, embalagens ecológicas e gestão de resíduos já deveriam ser padrão no setor. O argumento é simples: quem investe em sustentabilidade economiza, atrai mais clientes e ainda cumpre seu papel social. Quando falamos em desenvolvimento do setor, essa é uma das pautas a serem discutidas e executadas", orienta Fábio Queiróz.

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