Rio de Janeiro tem primeira alta no preço da cesta básica, confira o novo valor
Aumento acontece pela primeira vez no trimestre, após resultados deflacionários nos meses anteriores
O valor da cesta básica no Rio de Janeiro subiu 1,56% no Rio de Janeiro, apontou os números medidos pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estudos Estatísticos Socioeconômicos), que registrou deflação nos meses de julho (-6,97%) e agosto (-1,58%) e, pela primeira vez no trimestre, teve uma nova alta.
Avaliando o aumento do preço, o Rio de Janeiro observou o encarecimento dos seguintes produtos:
– café, impactado pela ausência de umidade no ar, efeito do El Niño, e as queimadas pontuais;
– óleo de soja, diante da demanda firme pelo grão e pelo óleo e o excesso de calor;
– carne bovina, em que o Rio registrou a maior alta do país (+4,04%), diante do aumento do consumo;
– leite, impactado pela menor oferta no campo, devido ao clima adverso (chuvas excessivas no Sul,
estiagem e queimadas em outras regiões);
– tomate.
Por outro lado, registraram queda de preços em setembro no Rio, a batata, que recuou novamente devido ao calor excessivo que elevou a oferta. E o açúcar, apesar da ligeira melhora na demanda e da diminuição da oferta de cana, afetada pelo clima seco e as queimadas.
Com a inflação de setembro, o preço da cesta básica na capital carioca subiu para R$ 757,30. Dessa forma, o Rio se manteve como a terceira cesta básica mais cara do país, superado apenas pelas capitais de São Paulo (R$ 792,47) e de Santa Catarina (SC) (R$ 768,33). A diferença de preços da cesta básica do Rio para a de Belo Horizonte (MG), a mais barata do Sudeste, foi de R$ 105,86 em setembro.
Para William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ, o encarecimento da cesta básica no Rio “foi fortemente influenciado pelas questões climáticas, o que deve se repetir até o final do ano”. No acumulado de 2024 até setembro, o valor da cesta básica aumentou 2,5% no Rio de Janeiro (RJ). Foi o segundo maior crescimento no ano dentre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, bastante superior à média nacional (+0,3%). São Paulo (SP) registrou a maior inflação (+4,1%) da cesta básica no país esse ano.