Inflação no Rio de Janeiro foi o dobro da média nacional em novembro
Os consumidores fluminenses enfrentaram uma alta nos preços em novembro, que foi o dobro da média nacional. A inflação no Rio de Janeiro foi de 0,57%, enquanto a média nacional foi de 0,28%.
“Este foi o terceiro mês consecutivo de aumento nos preços no Estado e o mais intenso desde abril. Os principais responsáveis pela inflação fluminense foram os grupos Alimentação e bebidas e Habitação, que registraram variações de 1,10% e 1,07%, respectivamente”, destaca William Figueiredo, consultor de economia da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ).
Dentro do grupo Alimentação e bebidas, o subgrupo Alimentação no domicílio, que engloba os produtos vendidos nos supermercados, teve uma alta de 1,37%, a segunda consecutiva.
Entre os itens que mais encareceram no subgrupo Alimentação no domicílio, destacam-se a cebola, que subiu 52,7%, a couve-flor, que aumentou 22,4%, e o brócolis, que ficou 14,7% mais caro. Outros produtos que tiveram altas expressivas foram a batata, a banana-prata, a alface, o azeite, a laranja, o feijão e o cheiro-verde.
Outro subgrupo que registrou inflação em novembro foi o de Produtos de limpeza, que teve uma variação de 0,53%, após três meses de queda nos preços. Os produtos que mais influenciaram esse resultado foram papel toalha (+2,1%), detergente (+1,9%) e desinfetante (+1,1%).
Apesar da alta dos preços no Estado, o Presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, lembra que outros subgrupos operaram em queda. “Artigos de higiene pessoal tiveram uma deflação de 1,1% em novembro, puxada pela queda no preço do absorvente higiênico, que ficou 1,8% mais barato”, afirmou o Presidente.
No acumulado do ano até novembro, a inflação no Rio de Janeiro foi de 3,6%, abaixo da média nacional, que foi de 4,0%. Um dos fatores que contribuíram para a menor inflação no estado foi a deflação de 1,8% no subgrupo Alimentação no domicílio, que reflete o comportamento dos supermercados fluminenses. Já os subgrupos de Artigos de higiene pessoal e de Produtos de limpeza acumularam altas de 4,0% e 0,2%, respectivamente, no mesmo período.
