Arroz branquinho, soltinho e mais barato para o consumidor
Período de despedida do ‘El Niño’ já impacta em resultados melhores vindo do agro e reflete nas gôndolas de supermercados
Produtos ‘in natura’, aqueles que não passam por processamentos, estão passando por uma desaceleração do preço ocasionada pelo período de transição do ‘El Niño’, fenômeno climático responsável por elevar as temperaturas do Oceano Pacífico para o ‘La Niña‘ movimento que age no sentido oposto, segundo dados levantados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a Fipe.
Os números apresentados na última quarta-feira, 3, mostraram que os alimentos ‘in natura’ seguem em alta, mas agora com a menor taxa de evolução no preço dos últimos seis meses. A pesquisa aponta para uma resposta melhor das safras no campo.
Com a colheita crescendo, o arroz está avançando consideravelmente sobre a área semeada. Isso significa que, a grosso modo, o cereal vem tendo números positivos no campo, o que vai ‘afrouxar’ o preço nas gôndolas dos supermercados após sete meses em alta.
Segundo a Fipe, o arroz atingiu a sua menor oferta no mercado interno nos últimos meses após uma alta acumulada de 30% nos preços entre abril de 2023 e março de 2024. Por outro lado, o feijão, que estava em baixa durante o segundo semestre de 2023, acumula alta de 16% no primeiro trimestre desse ano.
Preços no FLV
O relatório também incluiu produtos do FLV no grupo ‘in natura’ e apontou que legumes, verduras, ovos e os tubérculos (batata, cebola e alho), apresentarão leve queda. As hortaliças, pela primeira vez desde outubro de 2023, registraram uma taxa negativa em seu preço.
Segundo a Fipe, as verduras recuaram 0,31% em março, mas ainda somam uma taxa acumulada no primeiro trimestre de 8%. Os legumes, puxados pelo tomate, tiveram reajuste de 2,64% em março, abaixo dos 4,9% de fevereiro. Somente no primeiro trimestre, o acumulo alcançou cerca de 9,5%.
As frutas entram em contraste com os números do FLV e seguem com a alta no preço após 9 meses de crescimento. O setor vem sendo influenciado pela correção nos preços da banana, mamão, melão e laranja. Diferentemente dos legumes e verduras, a oferta de frutas no primeiro semestre é normalmente menor.
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