Varejo supermercadista deve se manter atento à tensão comercial entre China e EUA. Vem entender!

O prolongamento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos tem movimentado o comércio global e pode trazer reflexos indiretos para o setor supermercadista brasileiro. A avaliação é do consultor econômico da ASSERJ, Willian Figueiredo, diante das recentes movimentações entre as duas maiores economias do mundo.
Em março, a China registrou um superávit comercial próximo de US$ 103 bilhões, impulsionado por um salto nas exportações, especialmente para países do Sudeste Asiático. O movimento acontece em meio à continuidade da guerra tarifária com os Estados Unidos, que inclui medidas de retaliação e ajustes na política de importação e exportação de ambos os lados.
Para Figueiredo, o cenário pede atenção, mas não é motivo de preocupação imediata para os supermercados brasileiros. “Estamos acompanhando com cautela o desenrolar dessa disputa comercial. Ainda que o impacto direto no varejo seja limitado no curto prazo, mudanças no comércio internacional sempre exigem um olhar atento por parte do setor”, afirma.
O consultor destaca que o principal ponto de atenção está na cadeia de suprimentos de produtos com componentes importados, além de possíveis variações cambiais. “Produtos industrializados, embalagens e itens com insumos importados podem sentir oscilações de preços. Nosso papel é manter os supermercadistas informados para que possam se planejar com mais eficiência e estratégia”, explica.
Ele ressalta, ainda, que o Brasil pode se beneficiar com a maior demanda por alimentos em mercados externos, o que reforça a competitividade do agronegócio nacional.
A ASSERJ segue acompanhando os desdobramentos internacionais e seus efeitos no setor. “Nosso compromisso é garantir que os supermercados do estado do Rio estejam preparados para lidar com os desafios e também aproveitar as oportunidades que surgem em um cenário econômico em constante transformação”, conclui.