Supermercados registram mais um mês de queda de preços em setembro e seguram inflação no Rio
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em setembro, o Rio de Janeiro registrou inflação de mais 0,18%, revertendo a deflação observada em agosto de queda de 0,04%. Pelo quinto mês consecutivo, a inflação no estado do Rio de Janeiro foi menor que no Brasil, com alta de 0,26%.
Segundo William Figueiredo, economista da Future Tank e consultor da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), o mês de setembro foi de alívio no bolso da população do Rio de Janeiro. “Apesar da pequena inflação em outros setores, o carrinho de compras dos fluminenses ficou bem mais barato no último mês, com redução de 1,0% nos preços de alimentos e bebidas, 0,1% nos produtos de limpeza e 1,3% nos artigos de higiene pessoal”, destacou o consultor.
Os alimentos e bebidas, agrupados no subgrupo Alimentação em domicílio, registraram deflação pelo quinto mês consecutivo. Contribuíram para queda da inflação alimentos e bebidas os seguintes itens: batata inglesa (-15,8%), mamão (-14,4%), cebola (-10,8%), cenoura (-9,4%), frango em pedaços (-6,6%), acém (-5,7%), alcatra (-5,1%), ovo (-2,9%), café (-2,4%) e cerveja (-2,2%).
Outro grupo que registrou deflação pelo segundo mês consecutivo foi o de artigos de limpeza. Apresentaram redução nos preços: sabão em barra (-2,8%), água sanitária (-2,0%), detergente (-1,1%), amaciante e alvejante (-0,9%), papel toalha (-0,3%) e artigos de limpeza (-0,1%).
Ainda dentre os produtos vendidos em supermercados, a deflação registrada em artigos de higiene pessoal reverteu a trajetória dos últimos seis meses de inflação. Influenciaram esse resultado, sobretudo, produtos para cabelo com queda de 2,9%.
No acumulado do ano até setembro, a inflação no Rio aumentou 2,65%, mas se manteve abaixo da média nacional, com alta de 3,5%. Fábio Queiroz, Presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), destacou a importância do setor neste cenário. “Apesar do aumento de 4,6% nos preços nos artigos de higiene pessoal, que acumularam alta este ano, tivemos deflação de 3,4% em alimentação em domicílio, e de 0,1% em artigos de limpeza. Isso reflete a contribuição dos supermercados do Rio para a menor inflação geral no Estado”, ressaltou.