Supermercados do Rio de Janeiro mantém alta nas contratações pelo segundo mês consecutivo
A confiança no aumento das vendas no último trimestre de 2023 por parte de uma parcela dos empresários do Rio de Janeiro aumentou o número de postos de trabalho no Estado. Segundo uma sondagem da Fecomércio RJ, em setembro foram geradas 696 novas vagas nos supermercados fluminenses. Período que, por sua vez, foi o segundo com saldo positivo e que apontou o melhor resultado do setor no ano.
Em relação ao aumento de postos de trabalho em nível nacional, o mês de setembro também apresentou dados positivos. Os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram uma abertura de mais 7162 vagas no setor em setembro. Esse foi o terceiro mês consecutivo de resultado positivo, assim como agosto (+3.558) e julho (+2.332).
“Essa sequência de contratações está relacionada à maior perspectiva de crescimento da economia brasileira e do Comércio Varejista, em um cenário de queda da taxa de juros, da inflação, do desemprego e do endividamento das famílias”, destacou William Figueiredo, consultor de economia da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ)
Por sua vez, Fábio Queiróz, Presidente ASSERJ, explicou os fatores que proporcionaram o aumento expressivo no quadro de colaboradores do setor. “Os supermercados estão contratando mais colaboradores pelo segundo mês consecutivo, pois a confiança do setor está em alta e os preços dos alimentos baixaram. Isso atrai mais consumidores às lojas, que precisam de mais atendimento. Além disso, o Estado gerou mais de cento e vinte mil novos empregos, aumentando a renda da população. Com esse cenário, esperamos um final de ano muito bom, com mais contratações temporárias, fornecedores e terceirizados”, afirmou o Presidente da ASSERJ.
Apesar do aumento nas contratações nos últimos meses, os supermercados fluminenses seguem com saldo negativo, uma queda de 361 no acumulado do ano até setembro. O consultor William Figueiredo ressalta que este resultado se deve sobretudo pelo grande volume de demissões ocorridas em janeiro e fevereiro. “Tradicionalmente, demissões ocorrem nos primeiros meses do ano para reequilíbrio da força de trabalho, após as contratações sazonais do final de ano; assim ocorreu nos últimos três anos. O mesmo cenário foi observado em nível nacional até agosto. O resultado de setembro reverteu esse quadro e os Supermercados brasileiros passaram a acumular saldo de contratações no ano, mais 3.029”, explicou Figueiredo.