Setor supermercadista ajuda a frear nova alta da inflação no Rio

O Rio de Janeiro voltou a registrar inflação em outubro, com um aumento de 0,38% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O resultado ficou acima da média nacional, que foi de 0,24%. Foi o segundo mês seguido de alta nos preços no estado, que já havia registrado uma inflação de 0,18% em setembro.

Os principais responsáveis pelo aumento da inflação fluminense foram os itens de artigos de residência, que subiram 1,59%, e os de vestuário, que tiveram uma alta de 1,28%.

O consultor econômico da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), William Figueiredo, destaca que outro setor também provocou o aumento do índice. “Outro grupo que contribuiu para a inflação no Rio de Janeiro foi o de alimentação e bebidas, que registrou uma variação positiva de 0,28%, depois de cinco meses seguidos de queda”, afirmou.

Os alimentos comprados nos supermercados do Rio ficaram mais caros, principalmente produtos como batata (+25,1%), cebola (+11,5%), manga (+11,0%), batata-doce (+6,2%) e azeite (+4,6%). Além de carnes como chã de dentro (+6,0%), contrafilé (+4,9%), acém (+6,9%), alcatra (+6,8%) e frango (+4,4%). Por outro lado, os produtos de limpeza ficaram mais baratos e sofreram uma baixa de 0,26%, puxados pela queda nos preços do desinfetante (-2,7%), detergente (-2,2%) e sabão em pó (-0,6%).

No acumulado do ano, de janeiro a outubro, a inflação no Rio ficou em 3,0%, abaixo da média nacional, que foi de 3,8%. O presidente da ASSERJ, Fábio Queiróz, destaca a colaboração positiva do setor supermercadista para frear o aumento do índice.  “Os grupos que mais ajudaram a conter a inflação no estado foram os de alimentação em domicílio e de artigos de limpeza, esses números refletem o efeito dos supermercados do Rio na inflação geral do Estado”, destacou o Presidente, fazendo referência a queda 3,1% e 0,3% nos setores de alimentação em domicílio e de artigos de limpeza, respectivamente.

Artigos de higiene pessoal, por sua vez, foi o grupo que mais pesou no bolso dos consumidores fluminenses. O grupo acumulou uma alta de 5,1%, no ano. O setor voltou a ter uma alta na inflação de 0,47% em outubro, com destaque para o preço do desodorante, que subiu 2,3%, e para os produtos para barba que tiveram alta 2,0%.