Setor de supermercados registra queda no número de empregos no Rio em maio
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que foram fechadas 236 vagas nos supermercados do Rio de Janeiro em maio. Esse número vem na contramão do que aconteceu nos últimos dois meses, quando foram registradas 570 novas oportunidades em abril e 126 em março.
Em maio, o Rio foi o terceiro estado que mais fechou postos de trabalho no setor supermercadista, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, com menos 333 vagas, e do Paraná, com menos 239. Segundo o economista e consultor da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), William Figueiredo, na comparação com o mesmo mês de 2022, quando houve uma queda de 27 empregos, o resultado de maio deste ano também foi negativo, mas em maior magnitude.
Um panorama contrário foi observado em nível nacional, com saldo de contratações em maio: foram mais 1.188 postos de trabalho. Trata-se do terceiro mês seguido de geração de empregos no setor, que registrou 6.083 novas oportunidades em abril e 8.601 em março. Minas Gerais foi o estado que mais abriu vagas em maio no setor, com um aumento de 1.188 chances, seguido por São Paulo, com um acréscimo de 858, e Paraíba, que teve 618 contratações. Se comparado ao mesmo mês do ano passado, que registrou a abertura de 5.838 empregos, o resultado de maio deste ano também foi positivo, porém em menor escala.
No acumulado do ano até maio, os supermercados apresentaram saldos negativos tanto no Rio, com menos 1.652 vagas, quanto no Brasil, com menos 8.821. Esse cenário é reflexo das demissões ocorridas em janeiro e fevereiro, quando o setor precisa fazer um reequilíbrio da força de trabalho, após as contratações temporárias do fim do ano. O mesmo aconteceu nos últimos três anos. Observando apenas os últimos três meses, de março a maio, o resultado foi geração de empregos nos supermercados do Estado do Rio de Janeiro, com 460 contratações, e do Brasil, com 16.506.
Em 18 dos 26 estados e Distrito Federal, foram verificados saldos negativos nos supermercados no acumulado do ano até maio. São Paulo foi o estado que mais fechou postos de trabalho no ano no setor, com 3.377 demissões, seguido de Santa Catarina, com 1.806, e Rio de Janeiro, que teve menos 1.652 vagas. Situação diferente aconteceu no Ceará, que foi o estado que mais abriu postos de emprego: 1.189. O mesmo ocorreu na Paraíba, com 1.145 novas oportunidades, e no Rio Grande do Sul, com 641.