Redes sociais têm influenciado decisão de compra dos consumidores, diz pesquisa

Levantamento da PwC também apontou principais critérios usados pelos consumidores para decidir pela compra ou não

A PwC apresentou um megaestudo realizado em 31 países com mais de 20 mil consumidores, entre eles o Brasil, sobre questões que apontam para o comportamento e as crenças do consumidor sobre temas atuais no mercado internacional. A pesquisa Voz do Consumidor está disponível na plataforma da empresa de contabilidade.

“É essencial manter as prioridades do negócio alinhadas, e sempre tentar se antecipar às tendências, principalmente diante das rápidas mudanças no mercado”, recomenda a sócia e líder da indústria de Consumo e Varejo na PwC Brasil, Luciana Medeiros.

Os resultados da pesquisa apontam para a atuação das marcas nas redes sociais e a implementação de inteligência artificial como elementos fundamentais para a construção da confiança entre o consumidor e a empresa. Apesar disso, o relatório destaca o perfil contraditório dos consumidores brasileiros com relação ao uso das marcas com as mídias sociais.

No estudo, os participantes admitiram que usam as redes sociais cada vez mais para compras (49% dos brasileiros e 46% no mundo), um aumento significativo em comparação aos 21% registrados globalmente em 2019. As plataformas também são populares para descobertas e avaliações para 78% dos brasileiros e 67% dos consumidores na média global. Apesar dos números altos com relação aos indicativos de consumo, os participantes demonstraram preocupação com a segurança e a confiabilidade das plataformas.

Durante o Conecta Varejo | Rio Innovation Week, o tema das redes sociais foi amplamente debatido nesta edição. A pioneira do digital influencer no varejo, Karol Babadeira, ressaltou a necessidade de estar sempre atualizado quanto à força das redes sociais na transformação do mercado. “O universo digital está sempre em evolução, não dá para parar de aprender. É importante entender a rotina de consumo do seu público”, afirmou.

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“Os dados dos consumidores são diamantes, mas eles precisam ser bem trabalhados. Uma abordagem muito agressiva pode afastar o consumidor da sua marca. Qual brasileiro não reclama de inúmeras ligações recebidas de telemarketing?”, exemplifica Luciana Medeiros. A sócia da PwC Brasil faz também um alerta para as empresas que estudam e já colocam em prática o uso de inteligência artificial: “Não dispensem o elemento humano”, completa.

Na pesquisa, os brasileiros foram perguntados sobre quais das atividades acreditam que a IA poderia executar com precisão no lugar de um ser humano, as principais opções escolhidas foram “compilar informações sobre o produto antes da compra” (62%), “fornecer recomendações de produtos para mim” e “ajudar nas comunicações escritas” (ambas 57%), e “lidar com atendimento ao cliente” (52%).

Por Publicado em: 4 de setembro de 20240 Comentários