Nestlé anuncia nova linha de alimentos para usuários de Ozempic

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Medida é considerada inovadora no setor de alimentos e pode fazer a marca despontar como pioneira em um mercado ainda não explorado comercialmente

A informação é do New York Post. A Nestlé anunciou que lançará uma nova linha de alimentos direcionada aos usuários de Ozempic e outros GLP-1, em uma medida que poderá permitir que a marca suíça ‘nade sozinha’ em um mercado ainda não explorado comercialmente pelas grandes marcas alimentícias.

Segundo o New York Post, a nova linha será batizada de ‘Vital Persuit‘, e começará com cerca de 12 produtos, incluindo massa de proteína congelada, sanduíches e pizzas. Esses itens, segundo o jornal, terão uma concentração maior de proteínas e outros nutrientes essenciais, incluindo ferro, vitamina A e potássio.

As refeições da ‘Vital Persuit‘ serão controladas em porções e especificamente projetadas para “o apetite do usuário de medicamentos para perda de peso”, disse a empresa em um comunicado à imprensa. É a primeira vez que a Nestlé cria alimentos direcionados exclusivamente ao público consumidor de GLP-1, que inclui marcas como Ozempic e Wegovy.

Em seu comunicado à imprensa, a Nestlé defendeu a medida visando “uma oportunidade de mercado em crescimento”. A American Phamacists Association revelou que um em cada 60 adultos recebeu uma prescrição de medicamentos GLP-1 em 2023, e a tendência é que esse número aumente. Atualmente, cerca de 30 milhões de pessoas, 9% da população nos Estados Unidos, usam algum medicamento GLP-1.

Em uma projeção feita pela própria Nestle, a ‘Vital Persuit‘ poderá ultrapassar cerca de US$ 100 bilhões até 2030. A decisão da gigante dos alimentos acompanha os relatos de que a Novo Nordisk investiu cerca de US$ 6 bilhões em Ozempic e Wegovy no inicio de maio.

Em uma participação no ‘Good Morning America’, da ABC, Negelle Morris, vice-presidente sênior e chefe de vendas da Novo Nordisk, afirmou que mesmo com o alto investimento em Ozempic e medicamentos semelhantes, a produção está longe de atingir a demanda. “A estratégia é ser muito atento e cuidadoso sobre a quantidade das doses mais baixas que estamos colocando no mercado e, acredito que, ao longo do tempo, os investimentos que estamos fazendo em capacidades de fabricação garantirão que sejamos capazes de atender a essa demanda“, declarou.

Por Publicado em: 24 de maio de 20240 Comentários