Natural da Terra aposta em linha de sorvetes para aumentar produtos de marca própria
Essa é uma das novas estratégias internas da rede, que pretende alcançar mais 300 itens de marca própria
O Hortifruti Natural da Terra expande seu braço de marcas próprias lançando a sua primeira linha de sorvetes. As opções iniciais apresentadas nas gôndolas estão nas versões tradicionais (1,5L) nos sabores de chocolate, flocos e creme, e a gourmet (490 ml) nos sabores pistache, manga com maracujá, doce de leite, choco chip e vanilla.
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“O lançamento da nova linha de sorvetes segue um dos nossos objetivos, que é a expansão da marca própria para categorias complementares. A expectativa em 2024 é alcançar mais de 300 itens”, conta Renata Lenza, gerente de Marcas Próprias da rede Hortifruti, e que espera encerrar 2024 com a meta batida, mesclando variedades para o café da manhã, almoço e jantar.
A expansão para itens de marca própria tem sido uma tendência seguida em algumas redes de supermercados como o caminho mais rápido para baratear o preço de compra e venda dos produtos. Atualmente, o Hortifruti mantém 250 itens próprios oferecidos ao consumidor.
Entre os produtos disponíveis estão os sucos integrais, laticínios (queijos e requeijões), cápsulas de café, méis, frutas e legumes orgânicos, aveias sem glúten, granolas, ovos orgânicos, dadinho de tapioca, pimenta e sal rosa (com moedor), palmito, farofa, temperos, bebidas vegetais (aveia, amêndoas e castanha-de-caju), azeites, pescados, saladas, cortes nobres bovinos e burgers 100% carne bovina, entre outros.
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Segundo a rede, a iniciativa começou após pesquisas internas mostrarem que o comportamento do consumidor brasileiro tem se direcionado para alimentos premium. “Queremos promover nossos produtos marca própria e gerar reconhecimento da marca, inserindo cada um deles na rotina do nosso cliente. Trazer identificação e desejo de consumo”, explicou Patrícia Carneiro, gerente de Marketing da rede.
Tendência apontada na pandemia
O uso de marcas próprias nas prateleiras dos supermercados brasileiros ainda caminha timidamente, mas demonstra avanços nos últimos anos. Segundo um levantamento feito pela GS Ciência do Consumo, a pedido do Estadão, em 2022, o brasileiro investiu cerca de 22,5% em itens de marca própria durante a pandemia.
“Isso esta virando uma prática nas grandes redes, tendo em vista que o objetivo é aumentar a margem de produtos de supermercado. Com marca de produtos próprios você reduz a cadeia econômica”, explica Fernando Schaefer, mestre em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria da iFinance.
Essa estratégia visa aumentar a fidelidade do consumidor com a marca, não apenas pelo produto comprado mas também na experiência do cliente. Segundo Erlon Labatut, mestre em engenharia pela UTFPR e especialista em varejo, as marcas carregam um valor agregado que impactam o custo do produto, mas que pode ser revertido com investimentos na qualidade.
”Quando o supermercado tem um produto de marca própria, o custo não existe. Além disso, acaba fortalecendo a sua identidade, que pode aumentar ainda mais o seu valor e que, mesmo que seja repassado ao cliente, será revertido para o próprio varejista“, afirmou o especialista.