Economistas analisam impacto da redução do diesel na operação dos supermercados

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (17) uma nova redução no preço do óleo diesel vendido às distribuidoras. A partir desta sexta-feira (18), o litro do combustível será R$ 0,12 mais barato, com a parcela da estatal passando a ser de R$ 2,95 por litro. Segundo a companhia, a expectativa é de que a queda nas bombas seja de cerca de R$ 0,10 por litro, considerando a composição do diesel, que inclui 14% de biodiesel.
A nova redução reverte parte do reajuste de R$ 0,22 realizado em janeiro e se soma ao corte anterior de R$ 0,17 em março. A medida acompanha a tendência de queda no mercado internacional, impulsionada por fatores como a disputa comercial entre Estados Unidos e China, que levou à revisão para baixo da demanda global por petróleo.
O consultor econômico da ASSERJ, William Figueiredo, ressalta que toda queda de preço dos combustíveis impacta positivamente o setor logístico e por conseguinte a economia brasileira como um todo, tendo em vista a matriz logística brasileira ser essencialmente rodoviária. “Uma redução dos custos logísticos, portanto, deve arrefecer a inflação dos alimentos e bebidas vendidos nos supermercados”, explica.
Para o economista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Simões, a decisão, mesmo que tímida, pode representar um alívio importante para os setores que dependem do transporte rodoviário.
“O anúncio da Petrobras pode ter efeitos relevantes na logística dos supermercados brasileiros. Como principal combustível do transporte rodoviário de mercadorias, a queda no preço do diesel tende a impactar positivamente a cadeia de abastecimento, com potencial para reduzir os custos operacionais do varejo”, afirma.