Ganho econômico é a principal motivação para fraude alimentar

Ministério da Agricultura vem, desde 2023, intensificando a fiscalização para combater a fraude alimentar
Um levantamento feito pelo Ministério da Agricultura apontou que as 5 principais fraudes alimentares encontradas nas ‘batidas’ feitas pela pasta são de origem vegetal, e embora pareçam curiosos, são mais comuns do que parece.
A Food fraud ou Fraude alimentar é substituição, diluição ou adição fraudulenta e intencional de um produto ou matéria-prima, ou adulteração do produto ou material, com a finalidade de ganho financeiro, aumentando o valor aparente do produto ou reduzindo o custo de sua produção.
Segundo o consultor de segurança alimentar da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, Asserj, Flávio Graça, um dos exemplos mais comuns dessa atividade ilegal, conhecida na área de alimentos, é a fraude no leite que pode ser realizada de diversas formas como por exemplo a adição de água visando o aumento de volume.
Principais fraudes verificadas no leite:
- Adição de água para aumento do volume;
- Adição de reconstituintes como formol ou melamina para mascarar a adição da água e agir como um conservante;
- Adição de conservantes, como a água oxigenada, para destruir microrganismos ou impedir sua multiplicação, aumentando a durabilidade do leite;
- Adição de neutralizantes, como a soda cáustica, para mascarar a acidez da fermentação microbiana
Para evitar esse tipo de contaminação, é necessária uma análise de riscos da empresa para que possa ser capaz de identificar seus pontos frágeis e estabelecer medidas mitigadoras a proteção do alimento.
Seja por meio de um crime via fraude ou uma sabotagem, é de extrema importância que as empresas adotem medidas de prevenção que garantam o fornecimento de alimentos seguros aos clientes e consumidores, a integridade e continuidade da marca.
Segundo o Ministério da Agricultura, além do leite, sucos industrializados, feijão, vinho, arroz e água de coco estão entre os produtos que mais sofrem adulteração no mercado.
A transgressão da fraude alimentar em grande parte é de motivação econômica e o resultado da combinação de oportunidades e medidas inadequadas de controle. Por isso, para identificar e avaliar os potenciais fraquezas do processo é necessário realizar uma avaliação de vulnerabilidade que englobe toda a cadeia desde monitoramento dos fornecedores até análises de seu próprio produto, garantindo sua pureza e implementando medidas de mitigação para ameaças significativas.
Na visão da consultora técnica de varejo, Walquyria Majeveski, uma das grandes ferramentar para enfrentar a fraude alimentar é a visita técnica de supermercadistas as fábricas de seus fornecedores.