Estabilidade nos preços dos supermercados contribui para queda da inflação brasileira em maio; no Rio, preços de alimentos registraram deflação
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (7), desacelerou novamente em maio (+0,23%), ante abril (+0,61%), março (+0,71%) e fevereiro (+0,84%). Essa contínua diminuição dos preços sinaliza que a inflação no Brasil começa a ceder de forma consistente, como efeito da elevada taxa de juros.
O setor de Supermercados também contribuiu para a desaceleração da inflação brasileira em maio, sobretudo pela estabilidade nos preços de:
- Alimentação no domicílio, ante alta em abril (+0,7%);
- Produtos de limpeza, que também observaram menor inflação em maio (+0,4 ante +0,6% em abril).
Esta estabilidade se deu pelo equilíbrio entre produtos com inflação, como tomate (+6,7%), leite longa vida (+2,4%) e pão francês (+1,4%), e produtos com deflação, como frutas (-3,5%), óleo de soja (-7,1%) e carnes (-0,7%). Já os artigos de Higiene Pessoal, tiveram maior alta nos preços (+1,1% ante +0,6%).
Cenário no Estado do Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, a inflação geral em maio (+0,08%) ficou abaixo da média nacional (+0,23%) e, também, desacelerou ante abril (+0,85%). Essa desaceleração foi verificada em cinco dos nove grupos pesquisados, inclusive no setor de Supermercados.
A se destacar, três grupos que registraram deflação no último mês:
- Transportes (-0,6%);
- Alimentação no domicílio (-0,4%); e
- Habitação (-0,1%).
Respectivamente, os produtos que definiram essas quedas nos preços foram: passagem aérea (-21%) e óleo diesel (-5,4%); carnes (-2,0%), cereais (-1,5%) e pescados (-4,7%); e gás encanado (-0,6%). Produtos de limpeza também observaram menor inflação no Rio (-0,4% em maio ante +0,4% em abril), ao contrário dos artigos de Higiene Pessoal, que tiveram maior inflação (+1,4% ante +0,9%).
No acumulado do ano até maio, a inflação no Rio (+2,7%) ficou abaixo da média nacional (+3,0%). Destaque para inflação acumulada nos Supermercados fluminenses, muito baixa em Alimentação no Domicílio (+0,2%) e negativa em Produtos de limpeza (-0,8%), o que sinaliza alívio para o bolso dos consumidores do Rio. Artigos de Higiene pessoal, por sua vez, acumulam forte alta nos preços (+5,0%), puxada por produtos para cabelo, desodorante, sabonete, produtos de higiene bucal e papel higiênico, todos itens com preços maiores em pelo menos 5% na comparação com dezembro do ano passado.