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Quer aumentar as vendas, a permanência em loja e muito mais? Confira dicas de setorização!

19/08/2025 • Last updated 3 Months

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Quando pensamos em supermercados bem-sucedidos, a imagem que vem à mente é a de gôndolas bem organizadas, frutas coloridas, o cheiro de pão fresco vindo da padaria e a variedade de produtos distribuídos de forma estratégica. Essa disposição não é aleatória: trata-se da setorização, uma prática essencial para atrair clientes, influenciar o comportamento de compra e estimular o consumo. A divisão planejada dos setores de um supermercado busca melhorar a experiência de compra, incentivar a permanência no ambiente e, ao mesmo tempo, otimizar a operação da loja.

Para Roger Toshi, gerente Administrativo e de Marketing da SG Sistemas, a setorização vai muito além da estética. “Ela não serve apenas para deixar o espaço bonito. A forma como os setores estão organizados impacta diretamente nas vendas, no tempo de permanência do cliente e até na percepção de qualidade da loja. Uma boa setorização pode aumentar significativamente os resultados de um supermercado”, explica.

O consumidor, ao entrar em uma loja, espera encontrar lógica e padrão. Hortifrúti, açougue e padaria, por exemplo, têm localizações que já fazem parte do imaginário coletivo. Quando o supermercado respeita esse padrão, até quem está ali pela primeira vez se localiza com facilidade, o que gera satisfação imediata. Além disso, essa organização favorece o consumo por impulso. “Quantas vezes o cliente entra para comprar apenas o essencial e sai com o carrinho cheio? Isso acontece porque o layout é pensado para estimular compras adicionais”, observa Toshi.

A setorização, portanto, deve ser planejada de acordo com o perfil dos consumidores e o porte da loja. Supermercados de bairro, em geral, focam nos setores de maior giro e produtos essenciais, enquanto hipermercados apostam em maior variedade de categorias, incluindo bazar, eletrodomésticos, pet shop e até farmácia. A estratégia deve levar em conta o comportamento de compra, os horários de maior movimento e até datas específicas. Em feriados ou finais de semana, por exemplo, setores como carnes, bebidas e padaria ganham mais relevância. “Entender o fluxo de clientes é fundamental. Com essa informação, o gestor consegue posicionar setores de forma inteligente, facilitando a jornada de quem compra e aumentando as chances de consumo por associação”, afirma Toshi.

Outro ponto crucial é a disposição dos produtos nas gôndolas. Itens básicos e de alta rotatividade, como arroz e feijão, devem estar em locais de fácil acesso, enquanto produtos de maior valor agregado ou promocionais podem ser posicionados em pontos estratégicos para chamar mais atenção. O agrupamento de produtos complementares também é uma prática eficiente. Colocar carnes próximas a vinhos ou cervejas, por exemplo, estimula a compra casada e aumenta o ticket médio.

No entanto, não basta apenas organizar bem os setores. A eficiência operacional depende de um controle de estoque ágil e preciso, além de sistemas de gestão integrados que garantam abastecimento constante e atendimento rápido. “De nada adianta ter uma setorização bem feita se o cliente não encontra o produto disponível ou enfrenta filas no caixa. A experiência de compra precisa ser positiva em todos os pontos, e a tecnologia é um grande aliado nesse processo”, conclui Toshi.

Assim, a setorização do supermercado se consolida como uma estratégia que une organização, experiência de compra e aumento de vendas. Para os gestores, trata-se de um investimento que impacta diretamente a percepção do cliente e os resultados financeiros da loja.

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