
IA e sorvete? Como a Unilever conseguiu juntar tecnologia e sabor para inovar em escala global

A marca de sorvetes Magnum, da Unilever, que deve abrir capital em novembro, planeja usar a inteligência artificial da start-up chilena NotCo para reformular receitas e desenvolver novos produtos. A tecnologia será aplicada para analisar o teor calórico dos sorvetes, criar versões à base de plantas e auxiliar no gerenciamento do aumento dos custos de commodities, informou Zbigniew Lewicki, diretor de pesquisa, design e inovação da Magnum Ice Cream Company, em comunicado.
“Os consumidores querem se deliciar, mas também buscam porções menores e produtos mais sustentáveis”, afirmou Lewicki, em entrevista à Reuters.
A Magnum, que também engloba as marcas Ben & Jerry’s e Cornetto, é uma das mais de uma dezena de companhias de bens de consumo que trabalham com a NotCo para reformular produtos, segundo o presidente-executivo da start-up, Matias Muchnick, também em entrevista à Reuters.
IA na indústria de alimentos
Nos últimos anos, grandes fabricantes de alimentos passaram a adotar a tecnologia da NotCo para responder com mais agilidade às mudanças de gosto do consumidor — impulsionadas por movimentos como o “Make America Healthy Again” (Torne a América Saudável Novamente) e pela alta nos preços de ingredientes como o cacau, explicou Muchnick.
De acordo com ele, as empresas utilizam a inteligência artificial para encontrar substitutos de corantes sintéticos, reduzir o teor de açúcar e até identificar o próximo sabor viral, como o chamado “chocolate de Dubai”.
A NotCo já colaborou anteriormente com a Kraft Heinz em produtos à base de plantas, como macarrão com queijo, queijos simples e maionese.
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