
Em outubro, supermercados do Rio registram deflação pelo sexto mês consecutivo. ASSERJ explica cenário

Após a subida registrada em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, apresentou forte desaceleração no início do último trimestre de 2025. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, 11 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA indicou alta de 0,09% em outubro.
A baixa de 0,39 ponto percentual na comparação entre outubro e setembro fez com que o IPCA ficasse próximo ao projetado pelo mercado, que esperava uma elevação de 0,1%. No acumulado de 2025, o indicador soma 3,73%. Já especificamente o varejo supermercadista do Rio de Janeiro registrou deflação no décimo mês do ano.
Alimentação, mais uma vez, ajuda a conter inflação no Brasil. Supermercados do Rio têm baixa de preços
Segundo o IBGE, três dos nove grupos pesquisados apresentaram variação negativa. Os principais responsáveis por pressionar a inflação foram os setores de Vestuário (+0,51%), Despesas Pessoais (+0,45%) e Saúde e Cuidados Pessoais (+0,41%). Já os grupos a registrar retração foram Artigos de Residência (-0,34%), Habitação (-0,3%) e Comunicação (-0,16%). Alimentação no Domicílio, que concentra os alimentos e bebidas vendidos no varejo supermercadista, apontou baixa de 0,16%, a quinta deflação consecutiva.
Considerando somente no cenário do Rio de Janeiro, o índice de inflação de Alimentação no Domicílio recuou pelo sexto mês consecutivo, com queda de 0,05% em outubro, a segunda maior do Sudeste (empatada com Belo Horizonte e atrás de São Paulo). No acumulado até o início do quarto trimestre de 2025, o estado tem a quinta maior deflação entre os entes federativos, e a maior do Sudeste, no setor de Alimentação no Domicílio (-0,21%), muito inferior à média nacional (+1,49%).
Dos alimentos e bebidas vendidos nos supermercados do Rio, 54,4% tiveram queda de preços em outubro, com destaque para: alho (-8,3%); laranja pera (-5,42%); banana prata (-5,26%); azeite (-4,73%); arroz (-3,52%); frango inteiro (-2,43%); macarrão (-2,24%); ovos (-2,21%); e feijão preto (-0,60%).
Já entre as altas, as principais foram: batata-inglesa (+22,66%); uva (+5,93%); cenoura (+4,74%); óleo de soja (+3,56%); alcatra (+3,21%); alface (+2,96%); contra-filé (+2,09%); cerveja (+1,53%); e sal (0,82%).
Resultado apresenta oportunidades para o varejo supermercadista fluminense
A sexta deflação seguida nas categoria de maior importância para o varejo supermercadista fluminense apresenta a sequência de uma janela de oportunidade que vem se consolidando no cenário do estado do Rio. Produtos mais baratos nas gôndolas significam alívio no orçamento dos consumidores e maiores possibilidades de atração. Baixa de preços também pode significar a chance de renegociação com fornecedores. Mas atenção, aproveitar oportunidades exige acompanhamento, análise e boa gestão, antecipando fatores futuros que possam reverter a maré de baixa ou afetar de forma específicas certas categorias.

