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Atualidades
Inteligência Artificial descomplicada: como crescer seu negócio mesmo sem grandes estruturas
A penúltima palestra do terceiro dia no palco Conecta Varejo trouxe o tema “IA Aplicada ao Varejo | O Sucesso Democratizado pela Inteligência Artificial: Como usar a IA para escalar o seu negócio mesmo sem ser uma grande empresa”, conduzida por Joaquim Thiago, CEO e fundador da Xamã AI. “Tudo na vida e na rotina de qualquer empresário é processo. Com a inteligência artificial não é diferente. Mais importante do que saber qual é a melhor IA ou se você tem caixa para investir é ter mentalidade de processo. É entender a arquitetura para criar sua própria solução, delegar para um especialista ou usar ferramentas prontas, mas com método”, afirmou. Thiago destacou que a IA não é apenas tecnologia de suporte, mas uma revolução na forma de produzir. “Se você quer realmente resultados melhores, precisa entender de IA e de processo. O empreendedor deve compreender o que é inteligência artificial, distinguir suas categorias e saber quais se aplicam ao seu negócio. Nem sempre modelos de linguagem grandes são a opção mais eficiente; existem soluções mais baratas e eficazes para determinadas funções. O importante é saber onde aplicar cada tecnologia.” Segundo Thiago, até 2030 o mercado de IA generativa deve movimentar US$ 1,8 trilhão. “Há especialistas que projetam empresas com apenas 1 a 5 pessoas atingindo valor de mercado de US$ 1 bilhão.” Ele citou o caso da Lovable, startup que em apenas 10 meses captou US$ 200 milhões e alcançou valuation de US$ 1,8 bilhão, começando com 15 pessoas e que hoje conta com 45 funcionários. “A IA traz escalabilidade real. É possível sair de algo pequeno e crescer rápido, reduzindo as assimetrias”, completou. Thiago ressaltou ainda que a inteligência artificial vai muito além de ferramentas populares como ChatGPT e que combinar diferentes tipos de IA gera resultados mais consistentes. “A IA preditiva usa dados históricos para prever comportamentos e tendências, presente em ferramentas como Excel e Power BI. É mais barata, simples e rápida de implementar”, explicou. “A IA generativa cria textos, imagens, sons e outros conteúdos do zero. Quando alimentada com insights da IA preditiva, entrega resultados mais personalizados e assertivos. Já a automação, ou RPA, conecta processos e executa ações de forma integrada, mesmo sem depender de aprendizado de máquina. Combinar IA preditiva, generativa e automações cria um ecossistema mais eficiente do que depender de um único modelo.” Sobre a engenharia de prompts, Thiago defendeu que compreender a lógica de formulação de pedidos é mais importante do que decorar comandos prontos. “O modelo de quatro etapas, popularizado por Greg Brockman, presidente da OpenAI, é essencial: primeiro, o objetivo, ou seja, o que você quer e como quer; depois, o formato de resposta, definindo como espera o retorno; depois os avisos, limites e condições, como pedir para a IA informar quando não tiver dados confiáveis; e, por fim, o contexto, que são informações adicionais e exemplos para guiar a resposta.” Ele também recomendou técnicas como Chain of Thought, para explicação passo a passo, e Retrieval Augmented Generation, que consiste em treinar a IA com dados específicos da marca, melhorando assertividade e reduzindo “alucinações”, ou seja, respostas incorretas ou inventadas. Para implementar soluções de IA de forma prática, Thiago sugeriu aplicar um raciocínio de engenharia de produção. “Mapeie as etapas do processo, defina ferramentas e pontos de decisão, estruture fluxos condicionais que combinem IA generativa, preditiva e integrações externas e desenhe o fluxograma antes de implementar. Mais importante do que dominar cada ferramenta é entender a lógica por trás. Isso permite criar soluções escaláveis mesmo sem grandes equipes ou orçamentos.” “Quando toda essa arquitetura e automação estão bem estruturadas, você consegue construir um funil de vendas inteligente. O Xamã faz tudo isso e, agora, estamos expandindo para o WhatsApp e redes sociais. Com isso, não apenas otimiza processos, mas aumenta a capacidade de vender mais e, consequentemente, lucrar mais”, concluiu Thiago.
14/08/2025
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"O varejo é um membro de mídia, um gigante adormecido", supermercados podem (e devem) se tornar plataformas de mídia
Supermercados não são apenas um espaço de compra. Os estabelecimentos do nosso setor são muito mais que isso, são plataformas de mídia, capazes de monetizar dados. E a palestra "Do zero ao topo: como transformar seu supermercado em uma plataforma de mídia", no palco do Conecta Varejo / Rio Innovation Week, nesta quinta-feira, 14 de agosto, apresentou dicas, estratégias e insights para varejistas potencializarem seus negócios. Como construir uma audiência própria, estruturar uma estratégia de retail media e dar os primeiros passos, mesmo começando do zero. Um conteúdo essencial para quem quer inovar, rentabilizar e assumir o protagonismo no relacionamento com a indústria. Fábio Amorim, CEO da Pixel Retail e mediador do painel, destacou em sua fala de abertura: "O mercado publicitário do Brasil movimenta R$ 80 bilhões em verba, mas essa verba nem sempre está presente de forma significativa na indústria do varejo como um todo. O varejo, então, começou a se interessar por isso e, com o tempo, passou a criar painéis de LED's, instalar monitores, e percebemos que, com essas iniciativas, a comunicação se tornou mais adequada. Foi assim que se construiu uma estrutura para viabilizar o uso de vídeo no varejo. A partir dessa experiência, com participação em diversas iniciativas, conseguimos observar mais de centenas de operações no setor varejista. Além disso, temos um projeto focado em qualificar a audiência. Por fim, o terceiro ponto é a monetização dessa mídia. Recebemos o painel, ou as propriedades de mídia do mercado, e no varejo e no out of home, essa mídia foi qualificada para ser monetizada globalmente". Retail Media: não é tendência, é realidade Douglas Pombo, CEO da Inviron Technologies SA, reforçou a importância de assumir que o Retail Media é uma ferramenta necessária no varejo, mas que é preciso preparo técnico e estrutura para conquistar resultados: "Não é mais uma tendência, é uma realidade. Se começa com a captura, será necessário inserir o conteúdo e, do outro lado, esse conteúdo deverá ser entregue como anúncio, com bastante segurança e de forma escalável. Os componentes necessários para que isso funcione são, no mínimo, três: hardware, software e conectividade. Na camada de hardware, temos os painéis de LED em diversos formatos (indoor e outdoor), monitores, eventualmente tablets, e também os players PC, que são os set-top boxes, equipamentos que recebem o conteúdo e o exibem por meio desses monitores ou painéis de LED. Eventualmente, você também pode contar com sensores, que servem, por exemplo, para contagem de audiência, identificação de ações como a abertura de uma porta, entre outras funcionalidades. Tudo isso é conectado a um CMS (Content Management System), que é o sistema de gerenciamento de conteúdo. Nele, os vídeos e anúncios são cadastrados e transmitidos para que possam ser exibidos corretamente. Além disso, é possível complementar esse sistema com dados de BI (Business Intelligence), para entregar ainda mais valor ao anunciante. Também é viável integrar o sistema com mídia programática — e o Renan vai falar um pouco mais sobre isso, pois é uma das formas mais importantes de monetizar esse tipo de ativo. Já na camada de conectividade, é essencial ter um processo bem estruturado. É preciso contar com uma boa comunicação de rede, com qualidade e estabilidade, e também com uma rede elétrica adequada, já que ela influencia diretamente o funcionamento do hardware". "Você precisa garantir a compatibilidade e estabilidade do hardware. Também é fundamental ter um CMS robusto e escalável. O CMS é o sistema que gerencia a conectividade da mídia com as telas. É o software que vai rodar no hardware e permitir o cadastro do conteúdo pela internet, além de possibilitar a conexão com plataformas de mídia programática, facilitando a transmissão, exibição e auditoria desse conteúdo. Ou seja, é essencial escolher um CMS que seja, de fato, confiável, robusto e escalável. Para começar um projeto como esse de forma eficiente, vale a pena começar em menor escala. É importante garantir boa conectividade desde o início e, sempre que possível, contar com redundância de conexão, para evitar falhas. Você também precisa monitorar o que está acontecendo. Não adianta simplesmente instalar os equipamentos e esquecer. É necessário ter algum tipo de monitoramento ativo, para acompanhar se as campanhas estão sendo entregues corretamente, se os equipamentos estão funcionando, e se tudo está operando conforme o esperado. Outro ponto importante é a governança de conteúdo. Ou seja, saber quem está inserindo o conteúdo, qual o tipo de conteúdo, e se ele está realmente adequado para o ambiente em que será exibido — especialmente quando você estiver conectado a uma plataforma de mídia programática. Afinal, nesse tipo de mídia, o anunciante compra o público-alvo (target), e não o local físico. Então, garantir a adequação e a governança do conteúdo é o mínimo necessário para que o ecossistema funcione com qualidade e confiança", prosseguiu o CEO da Inviron. Douglas Pombo concluiu destacando os principais pontos de atenção que podem, tecnicamente, prejudicar a estratégia: "Investimento em elétrica e rede: 90% dos problemas vêm dessa questão. Relacionado a isso, quando você for colocar um painel de LED, é necessário fazer uma instalação própria para esse painel. Outra questão é não levar em conta, eventualmente, o local. Por exemplo, se você for colocar um painel de LED, existem painéis que permitem manutenção frontal e outros que são vendidos em gabinetes montados. Você coloca um painel na parede, e a manutenção frontal é muito mais fácil para acessar do que em gabinetes. Imagine que estragou um gabinete no meio desse painel: será necessário desmontar o painel inteiro para trocar esse gabinete, o que pode levar dias. Assim como, às vezes, você coloca o monitor ou o equipamento em um local insalubre, que esquenta muito ou tem umidade, e esse monitor não foi feito para isso. Outra questão importante é a padronização. Quando você fala de mídia programática ou mídia outdoor, já existem alguns padrões de conteúdo. É muito mais fácil comercializar um conteúdo que está dentro de um padrão. Então, imagine quando alguém começa a instalar um mobile de LED na loja dele sem padronizar isso, será muito difícil esse projeto ter sucesso". Fábio Amorim ainda comentou: "E também é importante pensar na redundância de comunicação, porque pior do que um monitor apagado é um monitor exibindo conteúdo desatualizado ou fora de contexto. Muitas vezes, até esquecemos disso, mas é um ponto muito relevante. É muito interessante observar o movimento que acontece na área de conectividade: vemos muitas telas com erro, com 'tela azul', ou simplesmente com conteúdo desatualizado. Isso geralmente ocorre porque ainda há um processo muito precário de atualização em tempo real, às vezes, feito por meio de pen drive, por exemplo. Esse é um processo que não tem um custo elevado, mas que pode (e deve) ser resolvido com uma boa estratégia de conectividade e com os painéis conectados de forma simultânea. Isso garante que o conteúdo esteja sempre atualizado e no ar. Então, isso é um pouco do básico e, claro, cada caso será diferente. Mas não adianta apenas ter o painel, ou apenas ter conectividade, se você não conseguir qualificar sua audiência. No final das contas, a agência e a indústria querem comprar audiência. E muitas vezes, elas nem sabem o que está sendo exibido na frente desses painéis". Números comprovam: com investimento, o potencial do varejo é gigantesco Lucas Cunha, business development manager da Kantar IBOPE Media, apresentou dados do setor de mídia exterior, que saltam os olhos e confirmam, com investimento o varejo supermercadista é um colosso midiático: "Temos um alto grau de conectividade. A atividade das pessoas no Brasil, com o advento da internet e, de fato, com a evolução das novas formas de produção de conteúdo e mídia, tem mudado a jornada do consumidor. Hábitos que até ontem existiam estão sendo substituídos, a todo instante, por novos comportamentos. Esse movimento é muito rápido, muito acelerado, adicionando maior fluidez e uma comunicação mais one-to-one. A mídia tem um papel central nesse processo, porque ela acaba moldando diversos comportamentos e toda essa fluidez com que nos relacionamos, seja no consumo de mídia, seja no consumo de produtos, entre outros. E, cada vez mais, essa comunicação é one-to-one, é customizada. Para quem é do mercado publicitário de vídeo, é possível conhecer soluções como o Target Group Index, que oferece uma série de informações para segmentar o consumidor. Com ele, conseguimos entender, por exemplo, o comportamento de consumidores de mais de 3.000 marcas no Brasil, abrangendo diversos estabelecimentos comerciais e mais de 200 categorias de produtos". "Mídia de varejo está dentro de mídia exterior, o famoso out of home. Uma das mídias de maior penetração no nosso país. Hoje, 90% da população declara ter visto mídia out of home nos últimos 30 dias. Isso é enorme, uma das mídias de maior alcance do país. Quando esse recorte vem para mídia em estabelecimentos comerciais é 78%. 3 em cada 4 brasileiros já declarou ter visto mídia em estabelecimentos comerciais. Então, de fato é uma mídia de enorme alcance. O outro lado da moeda, não muito favorável, ou muito favorável, porque mostra potencial, é que o share de investimento em mídia de estabelecimento comercial é muito pequeno. Em 2024, do total de investimento em mídia exterior, apenas 6% foram em estabelecimentos comerciais. Reparem, 78% da população vê essa mídia, que só recebe 6% de investimento. Desse 6% de investimento, só 13% foram em supermercados", continuou Lucas Cunha. Na sequência, o business development manager da Kantar IBOPE Media relatou: "E como é que conhecemos? Como é que eu descubro? Como eu mostro para o mercado publicitário, para as agências, para os anunciantes, como podemos explorar mais esse potencial? Claro, começamos mostrando os dados macros de alcance. Mas também vamos além, segmentando e mostrando a qualificação desse público. Por exemplo: vocês sabem quem é o público que, de fato, viu mídia no supermercado nos últimos 17 dias? Eu vou trazer algumas informações para vocês entenderem como é um público com alto potencial de consumo, muito interessante para o varejo trabalhar. 70% desse público está na faixa de 20 a 54 anos. O que isso significa? Que está concentrado principalmente na população economicamente ativa, acima da média da população geral. Em termos de classe socioeconômica, 64% pertencem às classes A, B e C, um número também superior à representatividade dessas classes na população, que é de 58%. Quando olhamos para a renda média familiar, ela é 11% superior à média da população brasileira, passando da faixa de R$ 5.000. Ou seja, é um público com maior poder de compra, com maior presença nas classes mais altas e, além disso, economicamente ativo. Isso mostra uma grande oportunidade para os supermercados, que ainda não está sendo totalmente aproveitada". "Agora, pensando no mercado publicitário: esse público também demonstra forte intenção de compra. Por exemplo, quando perguntamos se eles pretendem comprar um carro nos próximos 12 meses, quase metade diz que sim. É um público disposto a gastar, a investir, ou seja, com apetite de consumo. Outra informação interessante: 60% concordam que o cartão de crédito permite comprar coisas que eles não conseguiriam sem ele. Isso reforça que não é só intenção, é também a disposição e a consciência de poder de compra. É um público disposto a consumir, se tiver acesso ao crédito. O que eu quero mostrar com tudo isso? Que há, de fato, uma grande oportunidade pouco explorada no mercado de mídia em vídeo no varejo, especialmente nos supermercados. A primeira coisa, de fato, é entender o consumidor. E, como eu coloquei aqui, muitas vezes entender o consumidor não é apenas observar o comportamento dele diretamente, até porque, em muitos casos, ele é desconhecido até mesmo pelo próprio varejo. Por isso, muitas vezes, é necessário mostrar para a agência, para o mercado, para o comprador de mídia, quem é aquele público. Como eu mostrei: 61% dos brasileiros veem mídia no varejo, e quando vamos para a classe A-B, esse número sobe para 67%. Então, o varejo precisa mostrar esses dados para o mercado. Agora, além de entender o consumidor, eu separaria três grandes camadas de informação. Alcance: são os grandes números que citei — quantas pessoas veem aquela mídia, quais são os dados demográficos, etc. Qualificação: se a primeira camada serve para quantificar, a segunda serve para qualificar esse público. Por exemplo: quem é o consumidor de refrigerante ou de iogurte? Qual o ticket médio dele? Que tipo de embalagem ele costuma comprar? Com qual frequência? Terceora: retorno à compra, que é fundamental para as agências, porque elas precisam prestar contas aos anunciantes. Ou seja, é essencial demonstrar o impacto da campanha em resultados reais. Para as duas primeiras camadas, eu consigo responder com os dados que apresentei aqui para vocês, dados do Target Group Index, por exemplo, que ajudam a quantificar e qualificar o público. Já para a terceira etapa, é muito importante que o próprio varejo forneça essas informações às agências. E eu acredito que essa conexão entre os dados do varejo, os dados de vendas e a experiência do consumidor é o que vai realmente fazer a diferença para as agências. As agências não vão se atentar a todas essas associações por conta própria. Cabe ao varejista mostrar que esses dados são relevantes, que fazem diferença. Ele precisa defender o seu espaço no mercado. Caso contrário, essa diferença que vemos entre o tamanho da oportunidade e a efetiva realização da conversão vai continuar grande", expôs Lucas. O business development manager da Kantar IBOPE Media finalizou: "O varejo precisa conseguir atribuir a conversão diretamente àquele meio. E, para isso, vou dar um exemplo: cada meio tem suas características, e há casos em que não é possível isolar o fator de impacto para saber se uma conversão aconteceu por conta daquela mídia, como acontece com o rádio, por exemplo. Já a mídia de varejo tem essa capacidade em muitos casos. Conseguimos realizar pré e pós-campanhas, por exemplo, e atribuir aquela mídia a uma conversão real. Então, isso torna a mídia de varejo um ativo muito valioso. Poucas mídias tem a oportunidade que o varejo tem". Fábio Amorim pontuou: "Quem implementa a parte de painéis, mídia, softwares, hardwares e tudo mais, muitas vezes não qualifica, está mais preocupado com o tamanho do que com os resultados que esses ativos podem gerar. Só que esses ativos oferecem diversas condições coletivas. Lá fora, o Retail Media, nos Estados Unidos, já está em outro patamar e o formato é um pouco diferente do que estamos acostumados aqui. No Brasil, ainda vendemos muito no formato tradicional: vai até a agência, bate lá na porta, vende a mídia diretamente". Mídia programática: realidade que precisa de foco Ronan Daniel Cezar, CEO da WOOOH Wonders of Out of Home, explicou as tecnologias, investimentos e estudos necessários para que uma estratégia de retail media alcance resultados expressivos, com foco na mídia programática: "Quando falamos de tecnologia, as pessoas costumam se assustar um pouco. Mas, na verdade, já vivemos num mundo programático no nosso dia a dia. Para vir até aqui, por exemplo, muita gente chamou um Uber, algo totalmente programático. Eu entrei no aplicativo, escolhi o carro, ele veio até mim. A mídia programática é basicamente a mesma coisa: uma forma de comprar e vender por meio de uma plataforma intermediária. Aqui temos um esboço de como funciona esse processo. A mídia programática envolve, basicamente, dois atores principais. De um lado, temos o anunciante, e do outro lado, o veículo. Entre eles, há duas plataformas principais. Do lado do anunciante, temos o DSP, a plataforma de demanda. Do lado do veículo, temos o SSP, a plataforma de oferta. Essas duas plataformas conversam entre si, trocando dados que permitem que, quando um anunciante quer atingir um público específico, ele entre na plataforma, com uma experiência semelhante à de reservar um hotel no Booking.com ou um apartamento no Airbnb, e veja todos os espaços de mídia disponíveis. Muitas vezes, esse anunciante vai definir um objetivo de campanha. Por exemplo, se eu sou uma marca que vende produtos veganos, quero saber onde essas pessoas estão e quais locais têm afinidade com esse estilo de vida. Não faria sentido, por exemplo, comprar mídia em um supermercado que não vende produtos veganos. Então, dentro da plataforma, o anunciante pode especificar com quem quer falar, e o sistema vai selecionar as localizações que fazem sentido para o objetivo da campanha". "Do lado do veículo, o SSP carrega as informações dos ativos, das telas disponíveis, e permite a criação de segmentações que ajudam o anunciante a encontrar esses pontos de mídia. Essas plataformas (SSP e DSP) ficam em comunicação constante, com todo um aparato técnico por trás. Assim, o processo funciona da seguinte forma: o anunciante envia o anúncio pelo DSP, que é entregue ao SSP, e então é exibido nas telas do veículo, seja no varejo, na rua ou em outros ambientes. O processo é simples e integrado, mas exige que toda a parte técnica esteja bem estruturada: precisamos de um gerenciador de conteúdo, que receba o material enviado pelo anunciante, e de um sistema que consiga entregar esse conteúdo nas telas, com segmentação eficiente, para garantir que a campanha atinja o público certo. A segmentação é essencial. Sem ela, o anunciante não tem visibilidade sobre o impacto da sua campanha. Hoje, a mídia programática é um canal que cresce fortemente, com crescimento anual de dois dígitos no Brasil. Ela permite que varejistas conectem suas telas a essas plataformas, mesmo que não tenham experiência direta com publicidade. Se o varejista não quiser fazer esse processo internamente, ele pode contar com um representante ou parceiro comercial que o ajude na venda dos espaços publicitários. Além disso, existe o papel da chamada Ad Exchange ou Ad Network, que funciona como um intermediário de gestão entre o veículo (ou varejista) e os compradores. Esse parceiro representa os ativos do varejo junto às DSPs e aos anunciantes, assumindo a operação e repassando ao varejo apenas a receita, geralmente com um percentual combinado. Esse intercâmbio entre plataformas facilita e democratiza o acesso à mídia digital, tanto para os varejistas quanto para os anunciantes. Como essas plataformas são globais, por exemplo, um comprador no Japão pode anunciar em uma tela localizada em um supermercado no Rio de Janeiro. Isso aumenta a visibilidade dos ativos e as possibilidades de monetização para os veículos e varejistas", continuou Ronan Daniel Cezar. O CEO da WOOOH Wonders of Out of Home apresentou posteriormente: "Basicamente, vamos separar esses dois cenários entre o grande varejista e o pequeno. Vemos uma grande aceleração dos grandes varejistas em desenvolver suas próprias plataformas e suas equipes de venda de mídia. Eles entendem a segmentação e a importância disso. A venda de mídia para o grande varejista pode representar até 10% da receita total do varejo, ou seja, uma receita incremental bastante significativa. Esses grandes varejistas estão se associando com empresas de métricas para entender e oferecer ao mercado todas essas segmentações possíveis. Mas isso não quer dizer que esse seja o modelo que precisa ser replicado também por pequenos e médios varejistas. O que o pequeno e médio varejista precisa garantir é, primeiro, que ele tenha toda essa consistência técnica. Que a tela dele esteja conectada, esteja conversando com esse ecossistema aqui. Então, é importante pensar que você é um Uber e identificar qual é a plataforma com a qual você precisa trabalhar. Você vai trabalhar com o 99 e o Uber ao mesmo tempo? Vamos seguir para o varejo: quais são as plataformas com as quais você precisa trabalhar? Isso vai trazer demanda? O que vai ser necessário? De forma geral, independente do tamanho, porque estamos falando de mídia e de controle, eu preciso saber o que vai passar na minha tela. Seria importante que existisse pelo menos uma equipe, uma pessoa responsável que possa aprovar os criativos que vão rodar naquelas telas. Porque, de repente, eu tenho algum acordo comercial com uma marca específica e não posso anunciar a marca concorrente". "Quando o anunciante escolhe as telas, muitas vezes essa escolha é feita com base em dados geográficos, onde a tela está posicionada, ou eventualmente qual é o público que passa na frente daquela tela. Ele não sabe se existem restrições específicas. Por isso, é importante ter pelo menos uma pessoa que entenda quais são as restrições que eu, como varejista, tenho nas minhas lojas, e me associar a parceiros que me ajudem a realizar essa distribuição, garantindo que meu inventário está bem listado e que minha equipe técnica consegue identificar se as telas estão em comunicação. É claro que precisamos garantir receita, porque muitas vezes existe demanda, há compradores que querem comprar, mas a tela não está funcionando, não está conectada às plataformas, e essa é a pior coisa que pode acontecer: saber que existe uma demanda de alguém querendo comprar o meu inventário, minhas telas, e não estar vendendo porque a comunicação não está ocorrendo. Então, temos essas duas frentes: trabalhar e desenvolver uma equipe internamente que represente o meu relacionamento com as plataformas do meio, ou eventualmente terceirizar. Aqui no Brasil, a terceirização tem sido muito comum. Não temos mais um slide sobre isso, mas muitos veículos, sejam varejistas ou mídia exterior, se associam com plataformas que fazem toda a gestão, acompanham tecnicamente se a venda está ocorrendo e repassam para o varejista o valor dessa venda no final do mês. Portanto, depende muito da disponibilidade e da mão de obra dentro desse varejo", concluiu Ronan Daniel Cezar. Fábio Amorim encerrou o painel com uma frase que resume bem o segmento de retail media para o varejo supermercadista: "O varejo é um membro de mídia, um gigante adormecido".
14/08/2025
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Por que a arquitetura de varejo precisa criar experiências e memórias?
Nesta quinta-feira, 14, Juliana Neves, CEO da Kube Arquitetura, subiu ao palco do Conecta Varejo para falar sobre como a experiência do cliente se tornou o grande diferencial no varejo presencial. Para a especialista, a arquitetura de varejo deixou de ser apenas um espaço para vender produtos e passou a ser uma ferramenta para criar memórias e conexões duradouras. “Arquitetura não começa na planta baixa”, destacou Juliana Neves, parafraseando sua colega Renata Togni. “Ela começa no comportamento de consumo. É preciso entender a estratégia das marcas para que o espaço físico seja uma extensão dessa experiência e gere resultados reais para o negócio.” Durante a palestra, Juliana explicou que o varejo físico não consegue competir com a velocidade ou o preço do comércio online, citando exemplos como Amazon e Mercado Livre. “A loja física precisa oferecer algo que o digital não entrega: emoção, engajamento e descoberta”, afirmou. Segundo ela, a jornada do consumidor precisa ser humanizada, consistente e envolvente, transformando o ponto de venda em um ambiente de pertencimento e interação. A palestrante também destacou tendências globais e conceitos como o Retail Attainment, que combina varejo e entretenimento. Juliana apresentou ainda pilares como interatividade, sensorialidade, personalização e pertencimento, mostrando exemplos de marcas internacionais, como Coldplay e Louis Vuitton, que utilizam experiências físicas para engajar o público e fortalecer a marca. “Não precisamos ir à loja apenas para comprar. O varejo físico deve ser um espaço de encontro, de diversão e de conexão com a marca. Esse é o verdadeiro diferencial competitivo”, concluiu Juliana Neves, enfatizando que a experiência se tornou o “novo produto” do varejo presencial. Experiências IRL As chamadas experiências IRL (In Real Life, ou “na vida real”) estão se tornando cada vez mais relevantes para engajar o público, especialmente as gerações mais jovens e digitais. Com o aumento da solidão e do isolamento social, muitos consumidores buscam não apenas produtos, mas conexão e pertencimento. Segundo Juliana Neves, a geração Z tem apresentado maior vulnerabilidade a questões emocionais, como depressão e solidão, muitas vezes agravadas por relacionamentos distantes e excesso de interações digitais. Nesse cenário, as marcas têm uma oportunidade única: tornar-se hubs de suas comunidades, promovendo encontros, eventos e experiências que aproximem pessoas com interesses compartilhados. “Afinal, por que não usar o espaço da sua marca para gerar conexões reais?”, questiona Juliana Neves. Transformar a relação com o consumidor em algo experiencial e humano pode se tornar um diferencial estratégico, fortalecendo laços e criando fidelidade de longo prazo. As experiências IRL mostram que, mesmo em um mundo digitalizado, o toque humano e o encontro presencial continuam tendo valor insubstituível — e marcas que investirem nisso podem se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
14/08/2025
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"Visibilidade e vendas serão consequência se tudo estiver bem estruturado", o segredo por trás de uma boa estratégia de influência
Não é mais possível fugir do mundo das redes sociais e da cultura da influência. Aliás, utilizar esse universo com uma estratégia bem definida pode ser uma excelente aposta para alavancar vendas e atrair novos consumidores. E nesta quinta-feira, 14 de agosto, o palco do Conecta Varejo / Rio Innovation Week se debruçou sobre a análise desse mundo e sua interlocução com os varejistas. Os influenciadores Livian Aragão, CEO da LVA Produções, Nina Talks e Vitor Gomes Maia, fundador da Halle, analisaram a relação dos influencers com as redes do varejo, o impacto na decisão de compra no ponto de venda e no comportamento do consumidor na palestra "Do feed ao carrinho: como a influência move o varejo". Como transformar likes em vendas? Como gerar conexão, relevância e conversão? "Pensando no varejo, tenho visto cada vez mais as marcas enxergando os influenciadores como parte essencial da estratégia de vendas como um todo. Antes eu via muito aquela lógica: 'Sobrou dinheiro, vamos fechar alguma coisa com um influenciador'. Hoje em dia é diferente. A estratégia já é pensada com isso: parte do orçamento vai ser destinada a trabalhar com influenciadores porque isso gera retorno sobre o investimento", destacou Nina Talks. Livian Aragão frisou: "As redes sociais são tão rápidas que de repente tudo muda. Precisamos estar sempre se atualizando. Acho que precisamos entender o que está acontecendo. Se a marca quer visibilidade, ela precisa olhar para os perfis certos. E geralmente as marcas também procuram perfis que têm a ver com o que elas querem comunicar. Então é muito interessante essa nova perspectiva de mercado". "Eu vim de uma época em que, para crescer nas redes sociais, você precisava vender a perfeição: ter o feed perfeito, a vida perfeita... para que as pessoas entrassem nas suas redes e idealizassem a vida delas ali. Mas isso mudou completamente. Hoje, as pessoas querem verdade, querem conexão, querem histórias com as quais possam se identificar", pontuou Vitor Gomes Maia. Desafios do mercado de influência Nina afirmou: "O Brasil é um mercado extremamente aquecido quando se fala em Creator Economy. Se olharmos para outros países, o Brasil com certeza está no topo em quantidade de influenciadores e conteúdo criativo. Mas ainda é algo muito novo e que tem acontecido muito rápido. Muitas marcas querem aproveitar esse movimento, mas ainda ficam um pouco perdidas: 'Como eu começo? Como eu abordo? Como trabalhamos juntos?'. Até hoje chega muito briefing engessado, com regras rígidas: 'Você tem que fazer exatamente isso'. Mas isso não gera conexão. Para mim, co-criação é a chave para uma ação realmente dar certo. E tudo é sempre pra ontem. Isso atrapalha o processo criativo. Fica ruim pra mim e ruim pra marca. É importante parar, respirar e entender como podemos trabalhar juntos. Porque nós, criadores, queremos ser um pilar estratégico, não só entregar uma publicidade. Estamos colocando nossa relevância em jogo. É uma via de mão dupla". "É importante ter abertura para ser criativo. Quando o briefing é muito engessado, a gente só entrega o básico. Mas o nosso público espera ver a nossa personalidade ali. É legal quando a marca permite essa co-criação, porque o conteúdo fica mais autêntico e mais eficaz", salientou Livian. Vitor concluiu: "Esse mercado exige constante adaptação. O termo 'influenciador digital' já existe há uns dez anos, mas ainda é tudo muito novo. É um mar de descobertas. As marcas precisam se adaptar, os influenciadores também, para que todos consigam crescer e alcançar resultados reais". Como as mudanças nas redes impactam na forma de criação de conteúdo para o varejo? Os influenciadores também abordaram especificamente os impactos das mudanças nas redes sociais no setor varejista, como explicou Livian: "Acho importante entender que existem públicos e formatos diferentes. Então, a entrega tem que ser diferente também. Às vezes falam: 'Ah, faz esse Reels e posta no TikTok também'. Mas o público não é o mesmo. Não dá pra replicar o mesmo conteúdo no YouTube, Instagram e TikTok. Às vezes a edição tem que mudar, o ritmo, o tom. É preciso entender a linha de raciocínio de cada plataforma e como a campanha conversa com o que você já está falando. Só assim o conteúdo será eficaz. É muito legal quando o varejo entra em uma trend. Isso humaniza a marca. Ver uma empresa participando da mesma trend que está rolando na comunidade gera identificação com o público. Isso pode não ser o que faz a marca crescer sozinha, mas é um ponto estratégico importante de visibilidade". "Você pode ter um conteúdo ótimo, mas se não estiver falando da melhor forma, ele não engaja. A quantidade de horas que passo escrevendo um roteiro de 30 segundos… porque eu quero prender a atenção. Quero impactar alguém com uma oportunidade. Parece só um videozinho, mas tem muito esforço cognitivo por trás. Tem técnica. O público precisa sentir que a marca está se comunicando do mesmo jeito que o criador. Isso gera identificação e identificação gera venda", alertou Nina. Vitor Gomes arrematou: "O maior desafio é o movimento constante das redes sociais: nos formatos, na forma de se comunicar, editar e gravar. Você precisa consumir conteúdo, entender o que está funcionando e adaptar ao seu jeito, à sua identidade visual. Cada pessoa tem uma bagagem individual, e é isso que diferencia você dos outros produtores de conteúdo e das empresas concorrentes". Atenção! O perfil do influenciador importa na escolha O debate focou ainda em outro ponto relevante para uma estratégia bem traçada de parceria, o perfil do influenciador, como disse Livian: "Primeiro, tem sinergia? Pode ser com a marca ou com uma campanha específica. É importante também entender o que a marca quer: visibilidade ou engajamento? Se a ideia é alcançar muitas pessoas, você pode contratar alguém com grande alcance. Mas se o foco for conversão, talvez seja melhor um influenciador com uma comunidade mais segmentada, mais próxima da marca. Cada campanha exige uma estratégia. Às vezes, o influenciador com mais seguidores não é a melhor opção. E o engajamento é algo que também precisa ser observado com cuidado". "O mais interessante pra mim é a interseção entre valores. Estou emprestando minha relevância para a marca, e a marca está emprestando a dela pra mim. Gosto de observar os valores no briefing. Isso mostra que há conexão e quando o público percebe isso, não causa estranhamento. Parece uma extensão natural. É muito legal quando você vê um influenciador que você admira trabalhando com uma marca que também gosta. A combinação faz sentido. Também acredito que pulverizar a influência é importante. Nem sempre contratar o maior influenciador é a melhor estratégia. Às vezes, trabalhar com nichos e micro ou nano influenciadores traz mais resultado e reduz o risco de apostar tudo em um único canal. É importante entender também que podem existir outros fatores, como se há problema na landing page, se o produto está bem explicado e precificado, dentre outros". Vitor finalizou: "As marcas precisam ter tudo muito bem estruturado: estratégia, posicionamento, comunicação. Assim, conseguem identificar qual influenciador realmente combina com elas. Se você contrata alguém só pelo número de seguidores, pode se frustrar. O público pode até visitar seu perfil naquele dia, mas não haverá retenção, nem conversão. Hoje não é mais sobre quantidade, e sim sobre conexão. Existem micro influenciadores que geram muito mais resultado porque falam diretamente com a audiência certa e isso faz toda a diferença para as marcas. Tudo precisa estar alinhado. Porque você vai ter essa visibilidade do influenciador que contratou, mas é essencial reter esse público. Realmente, é necessário que a sua comunicação e a comunicação do seu negócio estejam muito bem alinhadas, porque, do contrário, esse investimento pode acabar sendo em vão". É preciso focar em personalização Nina afirmou: "Com esse universo cada vez mais saturado, mais influenciadores aparecendo, mais inteligência artificial chegando, mais conteúdo genérico, eu vejo duas frentes principais: a inteligência artificial ajudando a gerar mais conteúdo, mas, ao mesmo tempo, as pessoas buscando cada vez mais humanização e personalização. As pessoas seguem os influenciadores porque confiam neles, e vai se criando uma comunidade em torno disso. Então, produzir algo personalizado, que comunique bem e fuja daquela comunicação genérica, é o que vai fazer a diferença. É isso que vai diferenciar o conteúdo de uma propaganda comum que a marca poderia simplesmente impulsionar nas redes sociais. Trazer o influenciador para perto serve justamente para proporcionar essa personalização e alcançar pessoas que, provavelmente, a marca não conseguiria atingir sozinha ou que, muitas vezes, não confiariam nela de forma tão fácil. O influenciador está, de certa forma, emprestando a sua confiança à marca". "Do influenciador, espera-se autenticidade e personalização. Mas eu acho que, hoje, a marca também pode, e deve, ter sua própria autenticidade e personalização. Às vezes, a marca pode até se tornar a própria influência. A marca pode se tornar um perfil que também exerce influência. Em alguns casos, pode até ser contratada para divulgar outras empresas. Então, um conselho que eu daria para uma marca que quer ter mais autenticidade e personalização é investir em humanização. Mostrar os bastidores, permitir que as pessoas vejam como tudo é feito, aproximá-las da marca. Isso gera identificação. Eu realmente acredito que isso contribui muito para criar uma comunicação personalizada e para se diferenciar. Porque, isso já nem é novidade para ninguém, o mercado está saturado. Muitos influenciadores, muitas marcas postando sobre tudo. Hoje, todo mundo já entendeu a necessidade de estar presente nas redes sociais. Por isso, você precisa se diferenciar, estar à frente dos seus concorrentes. Se você produzir conteúdo de forma autêntica, e não só repetindo o que todo mundo está fazendo, com certeza vai se destacar. Se você tiver uma estratégia bem definida, com impacto relevante na vida das pessoas, com certeza terá resultado", concluiu Vitor Gomes. Fidelização: o pós-venda importa tanto para o varejo, quanto para o influenciador Uma estratégia bem aplicada não gera apenas conversão em vendas, mas também em fidelização de clientes. E um planejamento bem feito proporciona resultados relevantes para ambos os lados da parceria, como explicou Livian Aragão: "Realmente, a marca se aliar ao influenciador é uma estratégia muito boa, especialmente considerando tudo o que já falamos: existe um excesso de informação, e as pessoas estão saturadas de ver publicidade o tempo todo produto, produto, produto... por isso, conseguir comunicar a sua marca junto com o influenciador, em uma relação de longo prazo, faz toda a diferença. Não se trata apenas de uma pós-venda, mas de infinitas vendas, porque você cria associação e confiança. Então, não se pode parar de pensar em estratégias de longo prazo com influenciadores que tenham um relacionamento mais próximo com o público. Eu acredito que isso é extremamente valioso". Nina Talks pontuou: "Depois que o post vai ao ar, acompanhamos as métricas por um tempo. Entregamos esses resultados, analisamos os números juntos, o que deu certo, o que deu errado. Se olharmos para isso com mais atenção e cuidado, recebemos muitos feedbacks valiosos. Às vezes, os comentários vão além do esperado e trazem insights incríveis. Eu tento me envolver ao máximo no pós marketing. Quando alguém me manda mensagem dizendo que comprou, eu pergunto a opinião, por exemplo, e mostro para a marca. Esse trabalho após a publicação é fundamental. Continuar construindo junto, entender o que pode ser melhorado para as próximas etapas, é algo essencial e, sinceramente, não vejo todo mundo fazendo isso". Conclusão: análise de público e de influenciador são as bases de uma boa estratégia Vitor Gomes encerrou o painel destacando: "Como você quer se comunicar e como você quer que o influenciador se comunique por você? Você está contratando esse influenciador pra te representar. É preciso ter entendimento da essência da sua marca. Assim, é possível construir algo em parceria, de forma transparente e mais leve para o influenciador e o público. Por que você criou a marca? Por que você quer se comunicar? Nesse momento, o influenciador pode compartilhar ideias, e esse pode ser um espaço para vocês moldarem juntos a melhor abordagem. Muitas marcas contratam influenciadores sem saber exatamente o que querem, sem definir objetivos claros. E, com isso, se frustram, porque esperam que o influenciador faça tudo: o vídeo, o conteúdo, o resultado, toda a estratégia. Mas essa não é a função do influenciador. O influenciador está ali para entender a intenção da marca e se comunicar de forma clara, autêntica, do seu jeito, mas alinhada ao objetivo proposto. Visibilidade e vendas serão consequência se tudo estiver bem estruturado. Portanto, tenha sua comunicação completamente alinhada para garantir um briefing redondo e claro. Assim, o influenciador poderá criar do jeito dele, mas sem perder a essência da sua marca".
14/08/2025
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"O futuro não será B2B ou B2C. Será AI2C", uma Aula Magna de futuro com Amy Webb
A Plenária do Rio Innovation Week, no Galpão Kobra, foi palco de uma verdadeira Aula Magna nesta quinta-feira, 14 de agosto, sobre o futuro e como nos comportaremos com o avanço da tecnologia. E uma lição com um grande sinal de alerta: tendências não bastam sem atenção aos detalhes e sem visão estratégica de longo prazo. Na palestra "Tendências Emergentes de Tecnologia", Amy Webb, futurista, fundadora e CEO da Future Today Institute, provocou o público com um questionamento que, segundo ela, deveria orientar qualquer organização: "No futuro, o que você acha que será mais importante? O meio, ou seja, a forma como a mensagem está sendo entregue? Quem está entregando a mensagem? Como ela está sendo entregue? Ou a própria mensagem, o conteúdo do que está sendo dito?". Amy Webb afirmou que essa, talvez, seja a questão mais relevante a ser pensada nos próximos anos. A futurista apontou como as tecnologias emergentes não apenas mudam a forma como a informação circula, mas também o próprio significado das mensagens, e como tudo isso está a ponto de se transformar ainda mais com a ascensão da inteligência artificial. Visão estratégica: mais do que tendências A CEO da Future Today alertou que observar apenas tendências pode ser perigoso: "Sinais e tendências são aquilo que conseguimos perceber no presente, mas tendências, sozinhas, não são tão úteis assim. Elas apenas nos dão uma noção do que está por vir, mas há muita incerteza. Existem muitas coisas sobre as quais ninguém tem controle total. Se você estiver apenas observando tendências, mas não estiver atento a todo o restante, você poderá estar absolutamente certo, porém, apenas por um instante. Depois, vai estar errado, por causa de todas as incertezas". Segundo Amy Webb, o segredo está na combinação dos fatores, baseados em dados e modelos, além de meras especulações: "Por isso, combinamos o que sabemos com o que não podemos saber. E isso nos dá os cenários. Cenários não são apenas histórias interessantes sobre o futuro ou suposições. Eles devem ser baseados em modelos, dados e matemática. Esses cenários são importantes porque moldam nossa perspectiva de futuro". A partir desses cenários, frisa a futurista, entra o componente mais importante: estratégia. "A terceira etapa é a estratégia. Cenários, sozinhos, são interessantes, mas não ajudam ninguém a tomar decisões. Por isso, essa terceira parte é talvez a mais importante do nosso processo, pois ela se baseia em três perguntas, que todas as organizações deveriam se fazer constantemente: para onde o mundo está indo? Onde será criado valor? E como nós, como empresa, ou como indivíduos, vamos participar? Essas três perguntas podem ser feitas por qualquer pessoa. No centro dessas perguntas está o que chamamos de visão estratégica de futuro, ou 'foresight estratégico'. Isso é o que um futurista faz". Meios de marketing: inúmeras possibilidades, ruídos e influenciadores Amy Webb também discutiu os desafios atuais da comunicação. Mesmo com bons produtos ou causas fortes, chamar a atenção das pessoas nunca foi tão difícil: "Se uma empresa é tão boa assim, se um movimento social é tão eficaz, se todos estão fazendo bem o seu trabalho, com ótimos produtos... por que precisamos de influenciadores? Porque é difícil romper o ruído, é difícil capturar a atenção das pessoas. Sempre foi assim, mas agora está ainda mais difícil, porque a tecnologia está evoluindo, o que está resultando em novas mensagens e novos meios de comunicação. Fiz um cálculo para descobrir quantos meios de marketing existem atualmente, em 2025. Contei 52. Temos canais digitais e online, sites, banners, marketing em mecanismos de busca, newsletters... temos redes sociais (e muitas delas). Facebook, WhatsApp, TikTok, Instagram... cada uma com seu público diferente. Há também plataformas interativas, como o Discord. Temos marketing dentro de jogos. Temos canais tradicionais. E eu poderia continuar listando...". A IA mudará tudo, e muito rápido A CEO da Future Today aproveitou o ensejo para deixar um alerta, a maior mudança não é apenas tecnológica, mas de mentalidade: "O futuro está prestes a parecer radicalmente diferente do presente. Minha preocupação é que, ao falarmos sobre IA, estamos olhando com um foco muito estreito. Achamos que o futuro será como o presente, só que mais avançado. Ou achamos que será como nos filmes, mas talvez não tão ruim. Na verdade, o futuro não será nenhum dos dois. Está se revelando bem diferente. Por isso, precisamos aprender a olhar para o presente com uma expectativa completamente diferente do futuro. E quando falo de futuro, não estou falando de dez anos à frente. Estou falando de dois anos". AgentFluence Marketing: a próxima revolução Amy Webb apresentou um novo conceito: AgentFluence Marketing, um termo que ela mesma cunhou. Segundo a palestrante, o marketing do futuro não será voltado apenas para humanos, mas também para inteligências artificiais, remodelando a figura do 'influencer' de hoje: "O conceito de 'influencer' pode mudar radicalmente, pode nem ser mais humano nos próximos 24 meses. O meio e a mensagem, e como esses dois se conectam, podem se entrelaçar de formas que ainda não imaginamos. Estamos falando de sistemas com múltiplos agentes de IA, todos colaborando para o mesmo propósito, sem humanos no comando. Os modelos de IA de hoje já são impressionantes, mas, quando eles começam a trabalhar em equipe, se tornam muito mais poderosos. Sistemas multiagentes do futuro permitirão que agentes de IA atribuam tarefas entre si, construam soluções em conjunto e resolvam problemas que, individualmente, não conseguiriam resolver. A grande revolução é que a IA agora pode criar dados artificiais quando os dados reais estão ausentes. Isso é chamado de pensamento em modalidades, uma maneira de acionar etapas de raciocínio lógico para resolver problemas enquanto gera dados ao mesmo tempo. Nunca vimos nada parecido com isso". "Você pode estar pensando: 'Isso não tem nada a ver comigo ou com meu negócio'. Esse é um grande erro. Isso tem tudo a ver com você e com o futuro. Esses são sinais fortes, relevantes para todas as pessoas, negócios, governos, a sociedade. Vejo empresas ignorarem esses sinais o tempo todo. Acham interessante, dizem 'vídeo legal', e vão para a próxima reunião... ou deixam tudo para a 'equipe de inovação' ou para os jovens. Mas isso importa para todos nós. Estou vendo surgir algo que chamo de 'AgentFluence Marketing', um termo que inventei. É sobre criar e implantar agentes autônomos de IA como influenciadores digitais para promover ideias, produtos ou comportamentos. Não para pessoas, e sim para outras IA, outros agentes, dentro de sistemas em rede. Em vez de um único influenciador humano, imagine 3.000 versões digitais desse influenciador, feitos para se comunicar entre si, não com você", prosseguiu a palestrante. Cenários futuros: hipersegmentação e internet sem cliques A CEO apresentou dois cenários principais, expondo as possibilidades delineadas por cada possibilidade: "Lembram dos 52 meios que mencionei? Nos próximos dois anos, isso pode se tornar 520 meios, e muitos deles terão a IA como o meio, o criador da mensagem e o mensageiro. Um cenário possível é o que chamo de 'Mais Coisas'. Imagine inovação de produto em tempo real, influenciadores humanos usando sistemas multiagentes e raciocínio multimodal para criar novos produtos a serem vendidos. Ao invés de poucos megainfluenciadores, teremos milhares de criadores de nicho, capazes de produzir conteúdo e produtos personalizados, em todas as plataformas e idiomas. Esses produtos, mesmo super segmentados, serão economicamente viáveis porque a IA os conectará com os consumidores certos. Outro cenário possível é o que chamo de 'Vestido Preto Básico'. Em breve, não precisaremos mais procurar por algo ideal. A internet será sem busca. Teremos uma internet sem cliques. Consumidores usarão IAs com memória, o que significa que você terá que aprender a fazer marketing não só para pessoas, mas para os agentes de IA também". "Vamos ser realistas: a maioria das empresas não estava preparada para a internet. Também não estavam preparadas para o mobile. E vejo isso acontecendo de novo com a IA. Produtos começarão a aparecer em plataformas como o ChatGPT, e nem saberemos por quê, porque será o sistema de IA que fará essa escolha. Mas e se essa IA combinar perfeitamente com os seus gostos e preferências? Imagine uma empresa de IA que faz parceria com uma fábrica. A usuária diz 'quero um vestido preto'. A IA não mostra algo genérico, de tamanho inadequado. Ela mostra o vestido exato que ela quer, com o estilo exato, com uma imagem que parece com ela. E se ela quiser mesmo esse vestido? A IA pode usar as medidas exatas da mulher, criar um molde e enviar direto para a fábrica", continuou a futurista. AI2C, o futuro De acordo com Amy Webb, a IA passará a ser a marca, substituindo os modelos B2B e B2C: "Produção personalizada. Sem loja, sem intermediários. Não é mais B2B ou B2C. É AI2C – Inteligência Artificial para o Consumidor. Esse cenário não é pura ficção. É um futuro totalmente diferente. Nesse futuro, o modelo de IA é a marca. Talvez o modelo gratuito ofereça o básico. E pessoas com mais dinheiro paguem por uma versão premium — com tecidos de luxo, acabamentos manuais feitos por humanos. É o mesmo modelo de escassez que marcas de luxo usam hoje, mas com mais automação". Por fim, a palestrante deixou uma provocação, como forma de incentivo, ao público: "Se esses cenários são plausíveis, e são, não importa em que setor você trabalha. O meio, a mensagem e a forma como ela é criada e entregue... tudo isso vai mudar radicalmente. Então, você está realmente inovando? Ou apenas iterando? Há muita coisa acontecendo agora. Pode parecer difícil correr riscos estratégicos para promover mudanças significativas. Mas inventar o futuro exige coragem, trabalho e inovação".
14/08/2025
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Do brinquedo à experiência: lições do varejo infantil para transformar supermercados
O terceiro dia do palco Conecta Varejo, no Rio Innovation Week, destacou a transformação do varejo infantil em experiências de entretenimento que vão além da simples venda de produtos. Thiago Rebello, CEO da Ri Happy, e Renata Feltrin, cofundadora da Forwd, discutiram como as lojas podem se tornar ambientes que unem diversão, aprendizado e engajamento familiar, criando um ecossistema que fideliza clientes e amplia oportunidades de receita. Segundo Thiago, o propósito da Ri Happy vai muito além de comercializar brinquedos. “Criar momentos mágicos com diversão significa gerar memórias positivas para crianças e famílias. Com a adição de entretenimento pago, como teatros, oficinas e colônias de férias dentro das lojas, conseguimos aumentar a frequência de visitas e engajar ainda mais o público”, explica. Ele ressaltou também a importância dos dados na operação: “Dado é matéria-prima para melhorar. Quem não tem dados qualificados está muito atrás. Entender o que o cliente deseja permite transformar insights em ações práticas no dia a dia da empresa, potencializando a experiência e a fidelização.” Renata reforçou a importância de transformar a cultura organizacional e o atendimento. “O foco não é o brinquedo, mas as famílias e as crianças. Cada detalhe da experiência, desde a recepção com personagens lúdicos até as atividades dentro das lojas, cria uma conexão emocional com o cliente”, disse. Para ela, a inovação começa internamente, com treinamentos e experimentação, e permite que a Ri Happy evolua de uma rede de varejo tradicional para um verdadeiro ecossistema de entretenimento, onde serviços pagos e experiências imersivas, aliados ao uso estratégico de dados, ampliam o valor percebido pelo público.
14/08/2025
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Do online ao físico: saiba tudo sobre a estratégia da Época Cosméticos para transformar a experiência do consumidor
A terceira palestra desta quinta-feira (14), no palco Conecta Varejo do Rio Innovation Week, trouxe um panorama detalhado das transformações do varejo de beleza. Giancarlo Chiapinotto, sócio e líder de Tax para indústria de Consumo e Varejo da PWC Brasil, conversou com Christiane Bistaco, CEO da Época Cosméticos, sobre estratégias de integração entre físico e digital, inovação tecnológica e regionalização do atendimento ao consumidor. “O varejo passa por diversas fases. A Época é um grande laboratório de experiências e aprendizados, e precisamos entender o que vocês vêm trazendo para o mercado”, iniciou Chiapinotto, destacando a relevância de observar cases de liderança no setor de cosméticos. A fala do executivo abriu espaço para que Christiane detalhasse a evolução e os diferenciais da empresa. Christiane explicou como a Época cresceu e se transformou nos últimos anos: “Quando assumi, a Época já era relevante, com mais de 500 marcas. Hoje, temos mais de 700, incluindo perfumes importados e produtos brasileiros. Sempre tivemos no nosso DNA a compreensão do consumo feminino — democrático e acessível — mas também pensamos no homem. Transformamos nosso negócio em quatro frentes: varejo, internet e mídia, marketplace e, em breve, loja física. Tudo isso com foco em curadoria, autenticidade e experiência do consumidor.” A discussão naturalmente se aprofundou na primeira loja física da Época, que Christiane descreveu como estratégica para conectar o físico ao digital. “Não é um complemento, mas essencial para a experiência digital. A loja funcionará como ponto de coleta, atração de novos clientes e teste de produtos, conectando-se ao marketplace e às nossas plataformas online. Nosso objetivo é criar experiências únicas, trazendo marcas de prestígio e produtos nativos digitais que refletem as tendências do consumidor.” A conversa evoluiu para a importância da regionalização no varejo brasileiro. Christiane destacou: “O Brasil é vasto. Produtos que funcionam no Sudeste podem não ter o mesmo impacto no Norte e Nordeste. Nosso marketplace permite que marcas menores alcancem públicos antes inacessíveis e que a Época ofereça produtos adaptados às preferências locais.” Chiapinotto trouxe o foco para a tecnologia e a inteligência de dados como alavancas da operação. Christiane detalhou: “Utilizamos dados para busca, recomendação, precificação e logística. Investimos em soluções de inteligência artificial e machine learning para agilizar processos e aumentar a eficiência, mas sempre com validação humana. Um exemplo é o Virtual Trial, ferramenta de teste de maquiagem digital que exige interação humana para garantir precisão e experiência realista ao cliente.” O diálogo reforçou como a integração entre físico, digital e marketplace fortalece a confiança e a experiência do consumidor. “O cliente quer autenticidade, variedade e experiências completas. Por isso, conectamos inovação tecnológica, curadoria de produtos e estratégias de regionalização para atender às expectativas de cada público”, concluiu Christiane. Para Chiapinotto, essa abordagem é estratégica: cria personalização e engajamento, permitindo que marcas construam relacionamentos mais profundos com os consumidores e elevem o varejo de beleza a uma experiência integrada e diferenciada. Retail Media: a importância! A Época Cosméticos se destacou como pioneira no uso de retail media ao criar, em 2019, a área “Meteoromídia”, dedicada à publicidade no varejo online. O objetivo foi permitir que as marcas, especialmente do setor de beleza, pudessem utilizar dados do consumidor para campanhas mais precisas, indo além da venda tradicional de produtos. Segundo Christiane Bistaco essa abordagem gera uma nova fonte de receita para a empresa, baseada no valor da informação e na capacidade de converter dados em resultados concretos para os anunciantes. Além de oferecer maior precisão na segmentação, o retail media da Época também fortalece o relacionamento com criadores de conteúdo e pequenas marcas. Iniciativas como o Open Doors, que abre os espaços da empresa para influenciadores conhecerem produtos e criar conteúdo, têm elevado o engajamento e ampliado o alcance das campanhas. “Conseguimos criar experiências autênticas que conectam marcas e consumidores de forma direta e significativa”, afirmou Bistaco, destacando o papel estratégico dessa prática. Para a executiva, o retail media se tornou indispensável no varejo digital moderno, pois transforma dados em oportunidades reais de negócios e engajamento. Além de monetizar o conhecimento sobre o consumidor, permite inovação na comunicação e aproximação com o público, criando vínculos de confiança e relevância. “Hoje, retail media não é apenas uma ferramenta de publicidade; é um elemento central para quem quer crescer e se diferenciar no mercado online”, concluiu.
14/08/2025
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"Se coloque no papel do seu consumidor, porque você também é", a arte de vender a experiência
Storytelling, elevator speech... no dia a dia do varejista, muitas expressões são cunhadas e reproduzidas com frequência. Porém, uma coisa permanece essencial: a venda real. Nesse contexto, uma pergunta fica no ar: como vender em um mundo com cada vez mais empreendedores e concorrentes. As respostas para esse e outros questionamentos sobre a arte de comercializar foram detalhadas na manhã desta quinta-feira (14), na Plenária do Rio Innovation Week, no Galpão Kobra, na palestra "Antes de existir pitch, já existia venda: os bastidores da mente Polishop | Farani Stage". Camila Farani, maior investidora anjo mulher da América Latina, e João Appolinario, fundador da Polishop, empresa que virou sinônimo de varejo multicanal no Brasil, compartilham insights para inovar, criar demanda e construir uma marca forte, com foco em um mesmo fim, a experimentação como fator de diferenciação, para vender não apenas para consumidores, mas para todo ecossistema. Experiência e benefício como produtos: o produto é um meio para um fim João Appolinario enfatizou uma percepção extremamente relevante para todo varejista que busca a diferenciação da concorrência. O foco principal da venda não deve ser no produto, mas no que ele oferece ao consumidor. O produto é apenas um meio para realizar uma satisfação, portanto, a experiência é fundamental: "Eu acredito no produto, mas não só no produto em si, e sim naquilo que ele entrega. Ou seja, todo mundo que está empreendendo, no fim das contas, está vendendo alguma coisa, seja um produto ou um serviço. E as pessoas não querem comprar o produto em si, elas querem o benefício que aquele produto entrega. Mesmo quando se trata de serviço. Ninguém procura um médico porque quer ir ao médico, a pessoa quer resolver um problema, curar alguma dor". "Então, não foque no produto, foque no benefício. E qual é a melhor forma de focar no benefício? Demonstrando. Demonstração é tudo. Eu nunca quis apenas vendedores trabalhando comigo, eu quero demonstradores. Seja um bom demonstrador daquilo que você faz. E, para isso, você precisa conhecer bem o que está fazendo, entender profundamente o produto ou serviço que está oferecendo. Às vezes, as pessoas querem vender um produto só por ele ser um produto. Mas eu não acredito que alguém acorde de manhã querendo comprar uma centrífuga. Isso não acontece. A pessoa acorda querendo tomar um suco. A centrífuga é apenas o meio. Então, não foque na centrífuga, foque no suco. Mostre que existe uma forma de tomar um suco de maneira rápida, fácil, com mais qualidade, extraindo mais nutrientes e vitaminas das frutas. Quando a demonstração é bem realizada, a venda não precisa ser feita, porque o desejo já foi criado. O cliente vai querer comprar", prosseguiu o fundador da PoliShop. Appolinario concluiu: "Por isso, é muito importante que a pessoa conheça bem o que está vendendo. Eu vejo pessoas que têm um negócio, mas não conhecem profundamente a própria empresa, o produto ou o serviço. E esse é o primeiro passo para o negócio não dar certo. As pessoas precisam entender o valor da sua empresa, entender que o seu produto tem mais valor do que o que é cobrado dele". "O que eu quero é um serviço. Às vezes se pensa: 'Eu não vendo porque não uso o canal adequado'. E eu costumo dizer: 'você está vendo errado'. Não é isso ou aquilo. A questão é que esse negócio ainda não resolve uma dor que seja suficientemente relevante", pontuou Camila Farani. Comunique de forma igual e clara em todos os canais O fundador da PoliShop também destacou uma estratégia que tem sido utilizada de forma equivocada por diversos negócios, a diferenciação de cobranças por canais variados: "Multicanal é vender em vários canais. Ominichannel é a mesma coisa, porém, ele tem que ter sempre os mesmos produtos, os mesmos preços, um alinhamento, porque aí você não cria correntes entre seu próprio negócio. Se você tiver um preço diferente, que é muito comum, diferente no e-commerce, na loja física, e então você tem uma concorrência com você mesmo. Então, o Omnichannel, o verdadeiro, é quando você tem um alinhamento dos preços, produtos e ofertas. Ou seja, tudo tem que ser o mesmo, porque seu cliente estará tomando apenas a decisão de qual canal ele quer comprar, do que é mais confortável naquele momento. O cliente que vai resolver e não vai ser prejudicado pagando um pouco mais caro porque ele foi em um determinado canal. Isso não faz sentido. O consumidor não vê sentido nisso. Se coloque no papel do seu consumidor, porque você também é". Inovação não é só tecnologia Appolinario ainda frisou a necessidade de observar a inovação como algo muito mais amplo do que somente tecnologia: "Muita gente acha que inovação tem a ver apenas com tecnologia. Mas inovação é questionar aquilo que já existe. Eu insisto muito nisso, porque é isso que realmente importa. Muitas pessoas saem em busca de inovação sem ter ideia de que podem inovar com coisas que estão bem próximas delas". Aprenda a lidar com falhas Por fim, o fundador da PoliShop enfatizou que para alcançar o sucesso do seu negócio, falhas devem ser encaradas como parte do processo e lições para o futuro: "A primeira coisa que eu acho sobre ser empreendedor é que você realmente precisa se desprender de várias coisas. Ou seja, é necessário focar no dia a dia e entender que isso faz parte do processo. Você precisa ter um propósito, e esse propósito é essencial para o empreendedor, ele está à frente de tudo. Eu sempre gosto de destacar que as pessoas, muitas vezes, buscam uma resposta imediata, mas não é assim que funciona. É importante que a pessoa se conscientize de que é o dia a dia que faz a diferença naquilo que você faz. E esse dia a dia é cheio de altos e baixos, então é fundamental estar preparado para isso, para não se frustrar. A frustração pode surgir se você estiver com expectativas diferentes da realidade do que é ser empreendedor".
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