Consumo dos lares brasileiros sobe 1,65%. Saiba como impacta o varejo

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No consolidado geral, o preço da cesta básica caiu em todas as regiões do país

A informação é da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados. O consumo dos lares brasileiros subiu cerca de 2,39% no acumulado de janeiro a julho, segundo o monitoramento mensal da instituição. O setor varejista de supermercado estima um crescimento de 2,5% até dezembro de 2024.

Fábio Queiróz, presidente da ASSERJ, pontuou que “a maior parcela do consumo dos lares brasileiros é com alimentação, e isso representa a importância dos supermercados para a recuperação econômica do varejo”, ressaltando os números de crescimento apontados na pesquisa.

“A projeção de crescimento do consumo dos Lares Brasileiro neste ano, de 2,5% foi puxado pelo setor de supermercados, que acumula alta de a 6,6% no Brasil e 5,7% no Rio de Janeiro”, afirmou William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.

No comparativo com junho de 2024, o crescimento foi de 1,65% no consumo, reflexo do recuo da inflação sobre o grupo de alimentos e bebidas (-1%) no mês, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. Em comparação com julho de 2023, o consumo nos lares cresceu 1,02%.

“Houve menor pressão da inflação sobre o grupo de alimentos e bebidas, o que ajudou o consumidor na hora de compor a cesta de abastecimento dos lares e ainda tornou o consumo dentro do domicílio mais atrativo em julho, mês em que há um certo deslocamento do consumo doméstico por causa das férias escolares e viagens”, analisou o vice-Presidente da Abras, Marcio Milan.

Segundo o IBGE, o preço da alimentação em domicílio caiu 1,51% após diversas altas desde janeiro. Entretanto, o consumo fora do domicílio também cresceu, cerca de 0,39% no último mês. Na avaliação do relatório, a ABRAS pontuou que os repasses de programas do Governo Federal, como o Bolsa Família, ajudaram no crescimento desses números.

Impacto no varejo

O aumento no consumo dos lares brasileiros pode trazer um impacto positivo nas vendas dos supermercados, representando um crescimento do ticket médio das famílias brasileiras. Segundo o Abrasmercado, indicador que mede a variação dos preços da cesta básica, os valores passaram de R$ 752,11 para R$ 742,60 na média nacional.

No mês de julho, os preços caíram nas cinco regiões do país. A queda mais expressiva foi registrada na região Sul (-1,84%) onde os preços passaram de R$ 848,07 para R$ 832,46. A demais variações foram: Centro-Oeste (-1,73%) passando de R$ 710,14 para R$ 697,86; Sudeste (-1,39%) onde os preços passaram de R$ 766,94 para R$ 756,25; Norte (-1,08%) onde os preços saíram de R$ 827,88 para R$ 818,96; Nordeste (-0,86%) passando de R$ 685,03 para R$ 679,12.

Para o segundo semestre, a queda dos preços dos alimentos, verificada em julho no IPCA e em agosto no IPCA-15 deve assegurar esse crescimento do setor. “Atenção dos empresários deve ser para a possível reversão de ciclo de queda da taxa de juros no Brasil e a desvalorização cambial, comprometendo as margens dos produtos importados sazonalmente para as festas de final de ano”, afirmou William.

Por Publicado em: 30 de agosto de 20240 Comentários