Conselho da ASSERJ discute desafios da jornada 12×36 e impactos de projetos legislativos

Com a participação expressiva dos conselheiros, o Conselho Diretor da ASSERJ se reuniu nesta terça-feira (27), no Hotel Windsor Marapendi, na Barra da Tijuca. O presidente da entidade, Fábio Queiróz, abriu o encontro destacando um importante debate sobre a jornada de trabalho 12×36, destacando os impactos dessa escala para o setor supermercadista.

Fábio Queiróz enfatizou que a adoção da escala 12×36 representa uma alternativa estratégica para evitar modelos mais rígidos, como o 4×3 e o 5×2. Segundo ele, existe em Brasília uma movimentação para promover o 4×3 como caminho para a implementação do 5×2 — e isso ocorre justamente às vésperas das eleições.

Ele ainda alertou os associados que, caso o novo sistema seja implementado nos seus estabelecimentos, a ASSERJ deve ser comunicada com antecedência. Ao mesmo tempo, defendeu a liberdade de gestão das empresas, ressaltando a importância de leis de caráter facultativo. “Quem quiser adotar o trabalho intermitente ou outras escalas deve ter esse direito. O que não podemos aceitar é a imposição de um modelo que seria trágico para o setor.”

Em seguida, foi debatido um novo projeto de lei propõe um aumento de 2% sobre todos os benefícios e incentivos fiscais concedidos pelo Estado, o que pode impactar indiretamente os preços da cesta básica. Fábio Queiróz esclareceu que o projeto não trata de um aumento direto nos produtos da cesta básica, mas ressaltou que, ao elevar custos na cadeia de abastecimento — como transporte e logística —, os preços podem acabar subindo para o consumidor final.

Por fim, Fábio lembrou que está em discussão no Congresso o chamado “Projeto Médicos Supermercados”, que propõe tornar obrigatória a presença de uma equipe médica em supermercados. “O texto propõe que a responsabilidade legal de problemas que aconteçam em estabelecimentos possa recair sobre o nós. Isso representaria uma inversão da legislação atual, que pelo Código de Defesa do Consumidor não atribui essa responsabilidade aos supermercados. O projeto também aborda a necessidade de diálogo e negociação com deputados e líderes políticos para evitar que leis com esse tipo de responsabilidade sejam aprovadas”, destaca.

 

ABIC apresenta programa que leva mais segurança, qualidade e credibilidade ao café nos supermercados

Com o foco em oferecer ainda mais segurança, qualidade e excelência ao café oferecido aos consumidores de supermercados, a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) apresentou ao conselho diretor o projeto Gôndola Certificada . A iniciativa assegura que apenas cafés em conformidade com as normas oficiais — especialmente em relação à cor, pureza e características físico-químicas — estejam disponíveis nas prateleiras dos supermercados.

Por meio de análises laboratoriais e avaliações sensoriais rigorosas, apenas os produtos que atendem aos critérios exigidos recebem o selo de qualidade, garantindo rastreabilidade e segurança alimentar. “A Gôndola Certificada representa um compromisso público do varejista com a qualidade do café que oferece. É uma iniciativa que aproxima indústria, governo e varejo em prol do consumidor”, destaca Pavel Cardoso, presidente da ABIC e membro colaborador da Avint.

A adesão ao programa é gratuita e descomplicada. Para participar, o varejista precisa apenas assinar um termo de compromisso, indicar um responsável pela loja e preencher os dados do estabelecimento. Após esses passos, o certificado oficial de compromisso com a qualidade é emitido. “Mais do que um selo, o programa é uma ferramenta de diferenciação e confiança. Ao aderir, o varejista demonstra seu compromisso com a qualidade do que vende e com a experiência do consumidor na gôndola”, frisa Cardoso.

Tributo Devido promete agilizar processos tributários em supermercados

No modelo de negócios ASSERJ Experience , onde empresas podem apresentar soluções, produtos e novidades para os membros do Conselho ao longo da reunião, o presidente do Tributo Devido, Gustavo Ribeiro, apresentou aos associados o diferencial da sua empresa, que oferece automação e agilidade na gestão de processos tributários. Segundo ele, a eficiência do sistema permite cumprir prazos rigorosos de investigação e execução de processos que, tradicionalmente, demandam muito tempo.

A empresa, de acordo com ele, utiliza um sistema próprio chamado TDAX, que, conforme o presidente, opera com “uma escala de 102 robôs fazendo operações de forma simultânea”. Isso possibilita atender milhares de empresas de forma rápida e escalável. “Se eu tiver 2.000 empresas para rodar, em um dia eu vou rodar as 2.000 empresas. Se eu tiver 10, eu vou rodar, e o tempo é igual”, afirma.

Além da eficiência operacional, a empresa também se envolve em projetos sociais que fortalecem a imagem das empresas parceiras. “Usamos o grupo para melhorar o branding das empresas”, destaca o presidente.

SRE movimenta US$ 1,8 bilhão e gera 8 mil empregos: “O setor está mais forte do que nunca”, afirma Fábio Queiróz

Para fechar o encontro de maio, foram apresentados aos presentes os big numbers da SRE 2025, que movimentou US$ 1,8 bilhão e gerou 8 mil empregos: “O setor está mais forte do que nunca”, afirma Fábio Queiróz

Com um público de 78 mil pessoas, 750 marcas expositoras e a impressionante movimentação de US$ 1,8 bilhão em negócios, a Super Rio Expofood (SRE) consolidou sua posição como uma das maiores feiras de alimentos e varejo da América Latina. O evento, realizado no Rio de Janeiro, também foi responsável pela geração de 8 mil empregos diretos e indiretos, reforçando seu impacto econômico e social na região.

Para Fábio Queiróz, os números da edição mais recente mostram a força e a capacidade de renovação do setor. “A SRE não é apenas uma feira, é um termômetro da economia e da força do varejo. Os resultados falam por si: mais de US$ 1,8 bilhão em negócios fechados e milhares de empregos gerados. O setor está mais forte do que nunca”, revelou Queiróz.

Por Publicado em: 27 de maio de 20250 Comentários