Conecta Varejo: mudar os pratos muda o mundo com Tanya O`Callaghan
O segundo dia do Conecta Varejo, evento que acontece dentro do Rio Innovation Week, começou abordando o tema sustentabilidade. A primeira palestra do dia foi com Tanya O`Callaghan, baixista da banda Whitesnake e co-criadora e apresentadora do programa Highway to Health que aborda questões ambientais e alimentares e seu impacto no mundo. Participaram do debate Luiza Batista, co fundadora da Arado, e Gabriel Santos, sócio da Hortifrios.
Tanya começou o bate-papo ressaltando que somos treinados para comer proteína que vem dos animais mas na verdade as proteínas também estão nos vegetais e nas plantas. “Quando vou a restaurantes eu peço pratos só de vegetais e plantas e o atendente pergunta sobre a proteína que vai acompanhar a refeição. Eu respondo que a proteína já está ali. Normalizar questões alimentares e seu impacto no mundo deve ser normal e não exceção. Saber o que está por trás daquele produto que você consome, sobre o ciclo de vida do que consumimos nos supermercados é fundamental”, exemplificou.
Questionada sobre a responsabilidade da indústria e do varejo em relação à sustentabilidade, Tanya falou que na hora da escolha do produto na prateleira do supermercado nosso cérebro acaba optando por alimentos que não são bons para o planeta e nem pra nós. “Infelizmente não existe incentivo sobre a alimentação saudável e sustentável. Na prateleira do supermercado é muito mais fácil e prático encontrar produtos industrializados. Nosso cérebro acaba optando por alimentos que não são bons para o planeta e nem pra nós”, destacou.
Sobre a forma de alimentação na estrada quando está com a banda Whitesnake, Tanya falou que não costuma ter problemas. “Todo restaurante no mundo é vegano por natureza, nós que colocamos outras coisas no prato. Se eu for a uma churrascaria vou escolher os acompanhamentos e substituo a carne por castanha de caju, por exemplo. Nos Estados Unidos como a cultura do fast-food é muito forte, fica um pouco mais difícil mas no geral acho que a gente só complica o que deveria ser simples”, concluiu.