Com preço em alta, arroz e feijão devem ser vilões da inflação em 2024

A dobradinha arroz e feijão sempre foi a base da alimentação do brasileiro. E, agora, esses dois produtos são os grandes vilões da alimentação da inflação

Embora a inflação tenha desacelerado em 2023, a redução não foi tão expressiva assim. Na verdade, a alta foi apenas um pouco menor que a de 2022, e isso aconteceu por causa de alguns itens, que ficaram mais caros no ano passado e pesaram na renda dos brasileiros. Segundo o IPCA, o preço de alimentos e bebidas teve alta de 1,03% em 2023. No ano passado, o arroz (24,54%), o feijão preto (13,2%) e o azeite de oliva (37,11%) registraram aumentos expressivos.

No final de 2023, a produção de alimentos foi impactada pelas chuvas torrenciais frequentes no Sul e secas no Centro-Oeste e Norte. E neste ano tudo indica que não vai ser diferente. Os eventos climáticos que despertam atenção do mundo, juntamente com o fenômeno natural El Niño, provavelmente terão consequência no bolso do consumidor.

A alta do feijão tem relação com a redução da área plantada e o aumento do custo de fertilizantes, além do clima adverso. Em 2024, a safra agrícola será 2,8% menor do que no ano passado, prevê o IBGE. De acordo com o terceiro Prognóstico para a Produção Agrícola publicado no último dia 10, a produção será de 306,8 milhões de toneladas, 8,9 milhões de toneladas a menos do que em 2023. Só a soja deve quebrar recorde na produção, com estimativa 154 milhões de toneladas (+1,7%).

Por Publicado em: 22 de janeiro de 20240 Comentários