Com estratégia de guerra, supermercados garantem venda de repelentes

Mulher avalia preços de repelentes em supermercado
Indústria de repelentes cria produção antecipada para alimentar demanda de supermercados e farmácias

O Brasil chegou a marca de 920 mil casos de dengue nos primeiros meses de 2024, em uma das piores epidemias já registradas pela doença. No Brasil, são 180 mortes causadas pelo vírus do mosquito Aedes aegypti, enquanto no Rio de Janeiro, o balanço pontuou cerca de 9 confirmadas e 63 suspeitas nos últimos dias.

Com casos alarmantes, cresceu exponencialmente a demanda pelo uso de repelentes. Supermercados e Farmácias, e outras lojas do varejo, passaram a mudar suas estratégias de venda para comportar a demanda absurda que surgiu diante dos casos de dengue.

Nas últimas semanas, segundo dados do O Globo, redes de supermercados registraram uma procura de 450% dos repelentes em suas unidades. Isso obrigou a indústria a criar uma ‘estratégia de guerra’ para evitar que aconteça o desabastecimento desse item essencial na luta contra a epidemia.

Segundo números da Cimed, o repelente “Xô Insetos” se tornou o carro-chefe da companhia, tendo um faturamento de R$ 28 milhões apenas em 2024, aumentando a demanda da linha em 100%. Em condições normais, a empresa fabrica cerca de 500 mil unidades para o mercado, mas desde janeiro a produção tem sido de 1 milhão de vidros de repelentes.

A missão da Cimed tem sido antecipar as demandas dos supermercados, visando evitar o desabastecimento, “Nós usamos insumos da China, com o transporte por meio de navios, o que implica no prazo aproximado de 120 dias para a chegada”, explica João Adibe, CEO da gigante farmacêutica, que apenas no Rio de Janeiro viu um aumento de 74% na demanda.

A SP Johnson, das marcas “OFF” e “Exposis”, apontaram também um aumento exarcebado nas vendas de seus repelentes, e precisaram antecipar demandas que estavam programadas para junho/julho.

Dentro dos corredores do Supermercados Guanabara da Barra da Tijuca, prateleiras inteiras são repostas a todo momento devido a venda de repelentes. Segundo a companhia, o crescimento nas vendas foi de 30% e obrigou a mudar a sua estratégia para os consumidores. Novos espaços foram destinados para esses produtos, e localizados de maneira privilegiada.

Mas não apenas os repelentes. Os inseticidas também estão ganhando espaço nas vendas. No último final de semana, em que foram registrados temperaturas acima dos 35º, em apenas uma loja, foram vendidos cerca de 1,2 mil unidades de uma mesma marca dentro de 5 minutos.

Redes de supermercados no Rio de Janeiro vem mudando sua forma de comunicação com o consumidor sobre os perigos da dengue. Recentemente, o Mundial apresentou algumas novidades criativas para chamar a atenção dos clientes na venda de repelentes e outros itens para o combate a epidemia e você pode acessar o link da matéria por aqui. 

Por Publicado em: 28 de fevereiro de 20240 Comentários