Aparas de cortes de carne podem virar um grande atrativo para o cliente do seu supermercado

Evite o desperdício, facilite a vida dos consumidores e transforme prejuízo em rentabilidade

Uma dúvida constante na seção de açougue dos supermercados é o que fazer com sobras boas de carne, que muitas vezes não têm tamanho para bifes, mas estão frescas, perfeitas para consumo. Uma dica que vale a pena seguir é aproveitar esses pedaços em receitas de hambúrguer. Usando o começo do coxão mole e sobras de granito (corte do peito bovino), por exemplo, podemos fazer rodelas de hambúrguer prontas para fritar e comercializá-las, oferecendo mais uma opção aos consumidores.

Vale destacar que a qualidade da carne é um fator essencial de decisão de compra do consumidor. Daí a importância de se implantar medidas de manejo durante toda a produção animal, visando alcançar um resultado cada vez melhor em termos de qualidade do produto final. Além disso, o açougue é um dos setores com maior visibilidade no varejo de alimentos.

Atributos que agradam aos olhos e ao paladar

Cuidadosamente embalados ou expostos na vitrine do açougue, os cortes de carne chamam atenção dos consumidores pela coloração, maciez, sabor, suculência e perfil de gordura.

A coloração da carne está diretamente relacionada à tomada de decisão do consumidor no momento da compra. A maciez influencia a precificação do corte e o consumidor paga mais caro devido à expectativa de maciez. Por isso, uma picanha custa mais caro do que acém, por exemplo. O sistema de produção (pasto ou confinamento), entre outros fatores, impacta no sabor. Já a suculência está ligada a gordura intramuscular (marmoreio), porém nem toda raça tem a tendência de acumular essa gordura intramuscular. Outra característica importante é o perfil de gordura da carne, pois pode afetar a vida de prateleira. Carnes com maior teor de ácidos graxos insaturados (gordura) podem apresentar validade menor.

A higiene dos equipamentos, instalações e manipuladores é fator primordial para evitar a contaminação e deterioração do produto. O consultor da ASSERJ, Flávio Graça, explica que “os cuidados com a higiene influenciam diretamente na qualidade do produto e devem receber muita atenção. Além disso, as temperaturas de conservação precisam ser monitoradas periodicamente. O descongelamento técnico, realizado em temperaturas entre 0 e 5º em locais higienizados e protegidos é um dos pontos mais importantes”.

 

 

Por Publicado em: 5 de fevereiro de 20240 Comentários