Adequar seu produto ao mercado impulsiona as vendas, diz Steve Blank
Adequar seu produto ao mercado impulsiona as vendas, é o que diz Steve Blank
Sair do escritório, buscar feedback constante e fazer as perguntas certas. Essas foram algumas das dicas que o papa da inovação e do empreendedorismo Steve Blank, professor adjunto de Stanford University e criador da Metodologia “Startup Enxuta” deu durante sua apresentação no Rio Innovation Week. A conversa foi mediada por Carlos Júnior, um dos sócios do RIW, que ressaltou que boa parte da plateia, com cerca de 500 pessoas, só estava ali graças à metodologia criada por Steve.
Para o professor, os dois maiores desafios que um empreendedor deve enfrentar são: levantar dinheiro e adequar o seu produto ao mercado. “Eu vejo quem está começando passar muito tempo em cima do produto, mas o desenvolvedor deve sair do escritório e falar com os clientes, saber o que eles querem. Claro que quando você cria algo novo, não tem como perguntar sobre o que não existe. Eu já fiz oito startups e é difícil equilibrar as duas coisas quando se desenvolve algo do zero. Mas, é importante sair e saber das pessoas o que elas fazem hoje para entender se querem realizar de modo diferente”, ponderou.
Para Blank, um dos maiores erros das startups, incialmente, era se comportar como grandes companhias em uma escala menor, o que engessava o poder de inovação. A metodologia de startup enxuta criada por ele quebrou esse paradigma e permitiu que as empresas iniciantes atuassem com menos custo e mais escalabilidade. Ele destacou, ainda, que por outro lado, grandes corporações não devem se comportar como grandes startups. A combinação das duas coisas é o desafio, e são chamadas de organizações ambidestras.
De acordo com o empresário, a inovação nasce onde existem muitos problemas que precisam de resoluções. Nesse sentido, o Brasil seria uma terra de oportunidades para os empreendedores. “O país é um ótimo lugar para a inovação. Acredito que vocês estão na melhor época para buscar soluções para problemas reais que poderão ser úteis para o resto do mundo, como nas questões ambientais e de transição energética”.
Conteúdo revista Super Negócios