Páscoa: pesquisa analisa comportamento de compra dos anos de 2023 e 2024, veja resultado

Ter uma Páscoa completa, com bacalhoada e ovos de chocolate, exigirá um orçamento maior dos brasileiros neste ano. É o que indica o novo estudo da Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados que desenvolve soluções para a gestão da cadeia de consumo. A pesquisa analisou o comportamento de compra, preço e o tíquete médio desses produtos nos últimos dois anos, trazendo insights e tendências para 2025.
Segundo o levantamento, ao comparar as semanas pré, pós e durante a Páscoa, é possível observar que, em 2024, os brasileiros gastaram menos do que em 2023. No feriado daquele ano, o tíquete médio chegou a R$ 32,61, o que representa um aumento de 19,8% em relação à semana anterior e de 11,5% maior do que na semana seguinte. Já em 2024, o tíquete médio no mesmo período ficou em R$ 27,69, com um crescimento de somente 4,2% sobre a semana anterior e 26,1% superior à semana seguinte.
A pesquisa da Neogrid também revela que os consumidores levaram menos produtos para a casa na semana da Páscoa em 2024. A média de itens por compra no período no ano passado foi de 3,6 – bem inferior a 2023, que teve um índice médio de 4,3 produtos por carrinho.
“A Páscoa sempre foi um momento de alto consumo, mas os dados mostram que o comportamento do consumidor está mudando”, explica Anna Carolina Fercher, coordenadora de atendimento ao cliente e dados estratégicos da Neogrid. “Os brasileiros agora tendem a adquirir menos produtos, escolhendo com mais critério. Isso desafia o varejo a oferecer opções que se encaixem no orçamento dos clientes, como estamos vendo em embalagens menores, promoções estratégicas e alternativas que mantenham a experiência da data sem comprometer tanto o bolso.”
Preço dos alimentos
O estudo da Neogrid também analisou as variações de preços dos itens típicos da Páscoa, identificando grandes oscilações no último ano. Em 2024, o bacalhau, protagonista de muitos pratos tradicionais da data, saltou de R$ 48,86 na semana pré-Páscoa para R$ 100,69 na semana do feriado. Já em 2023, no mesmo período, o preço da proteína subiu de R$ 65,67 para R$ 70,75 – uma variação bem mais discreta na comparação com 2024.
O azeite de oliva, presente na maioria dos pratos à base de peixe, ganhou destaque no noticiário no ano passado devido às altas de preço. O produto registrou um incremento expressivo de 97% em apenas uma semana em 2024, passando de R$ 33,89 na semana pré-Páscoa para R$ 66,77 no feriado. Um cenário bem diferente no ano anterior, quando o produto apresentou uma leve queda de preço no mesmo período, reduzindo de R$ 23,41 para R$ 22,66.
Já os ovos de Páscoa e chocolates seguiram, em 2024, um padrão diferente ao do ano anterior, evidenciando aumento na semana festiva e queda na seguinte. O preço médio dos ovos e chocolates foi de R$ 45,75 antes da Páscoa, subiu para R$ 81,03 na semana festiva e recuou para R$ 25,36 na seguinte.
Levantamento da ASSERJ mostra que 58% dos cariocas vão comprar algum pescado para a Semana Santa
Uma pesquisa realizada pela Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), com os moradores da cidade do Rio de Janeiro, comprova a entrada do pescado na mesa das famílias. Segundo o estudo, 60,8% dos cariocas consomem peixes regularmente, independentemente da época do ano. Já 23,1% afirmaram comprar pescados apenas na Semana Santa e 16% disseram adquirir algumas vezes ao longo da Quaresma.
Quando indagados se pretendem comprar pescados para a Quaresma ou Semana Santa, 58% dos consumidores cariocas disseram que vão adquirir o produto apenas para a Semana Santa. Outros 29,5% revelaram comprar durante toda a Quaresma. Apenas 12,5% não pretendem ter peixe na mesa este ano.
Com relação ao valor que estão prevendo gastar na compra do pescado, mais da metade dos cariocas (51,7%) pretende gastar até R$ 100. Os consumidores que devem gastar até R$ 200 representam 33,5% e somente 14,9% disseram prever gastar até R$ 300. A forma preferida para pagar os gastos será o cartão de crédito (64,4%), seguido pelo pagamento em dinheiro (26,7%) e o parcelamento no cartão (9%).