IBGE prevê safra de 295,1 milhões de toneladas para 2024

Em comunicado, veiculado hoje, o IBGE estima uma redução de mais de 20 milhões de toneladas em relação ao ano passado

De acordo com os dados do IBGE, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas estimada para 2024 deve totalizar 295,1 milhões de toneladas. A safra é 6,4% menor que a obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas), com redução de 20,2 milhões de toneladas; e 0,4% abaixo da informada em agosto, com decréscimo de 1,2 milhão de toneladas.

A área a ser colhida é de 78,7 milhões de hectares, crescimento de 1,1% frente à área colhida em 2023, com aumento de 817,3 mil hectares, e acréscimo de 0,1% (101,3 mil hectares) em relação a agosto.

Arroz, milho e soja, os três principais produtos, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. Frente a 2023, houve acréscimos de 15,6% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço), de 5,4% na do arroz em casca, de 6,6% na do feijão, e de 3,3% na da soja, ocorrendo declínios de 3,3% na área do milho (queda de 9,3% no milho 1ª safra e de 1,4% no milho 2ª safra), de 11,9% na do trigo e de 2,2% na do sorgo.

De acordo com o consultor econômico da ASSERJ, Willian Figueiredo, “a menor produção este ano implicou em menor oferta de produtos, e consequentemente em aumento de preços. A inflação de alimentos foi a que mais impactou o índice geral este ano e dentre os produtos, os cereais e hortifrutigranjeiros foram os grandes vilões de 2024”.

Ele lembra que “as questões climáticas foram determinantes para essa escala nos preços, afetando sobretudo a população de mais renda que consome grande parte de seus recursos nesses produtos”.

Figueiredo avisa aos supermercadistas que “para 2025, os preços não devem retroceder, tendo em vista a redução dos estoques nesse ano”.