Taxa de rotatividade dos supermercados do Rio de Janeiro fica abaixo da média nacional; saiba mais
O levantamento mede o percentual dos trabalhadores substituídos em relação ao estoque em um determinado período
No 1º semestre de 2024, a taxa de rotatividade dos supermercados no Rio de Janeiro foi de 40,2%. Esse resultado foi ligeiramente superior ao observado no final do ano passado (37,9%), mas, se manteve abaixo da média nacional do setor (62,7%). Os dados usados no relatório da consultoria econômica da ASSERJ, Future Tank, são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo o relatório, essa ligeira elevação da taxa de rotatividade nos supermercados em 2024 está diretamente relacionada à queda da taxa de desemprego. No estado do Rio, o desemprego recuou de 10,0% no 4º trimestre de 2023 para 9,6% no 2º trimestre deste ano, enquanto no Brasil de 7,4% para 6,9%.
“A queda da taxa de desemprego revela que as economias fluminense e brasileira estão mais aquecidas, portanto, com mais oportunidades de emprego e maior escassez de profissionais, o que estimula trabalhadores a trocarem de emprego em busca de maior remuneração ou de melhores benefícios financeiros ou sociais”, afirmou William Figueiredo, consultor econômico da ASSERJ.
Em alguns estados, onde as taxas de desemprego se encontram abaixo de 6%, a situação de pleno emprego já se apresenta e começa a pressionar salários e preços. Esse fenômeno gera novos desafios para os empregadores, como retenção de talentos, aumento das despesas com a folha salarial e a necessidade de investimentos em tecnologia e automação para suprir a carência de trabalhadores.
Entre os estados brasileiro, o Rio de Janeiro apresentou a quarta menor taxa de rotatividade do setor de supermercados no 1º semestre de 2024 (40,2%), superior apenas a dos estados de Sergipe (30,6%), Piauí (33,2%) e Pará (37,6%). Esses quatro estados também registraram taxas de desemprego superiores à média nacional, sendo que, no Rio e em Sergipe, superiores a 9,0%.
