Padarias: sistemas de exaustão são fundamentais para segurança
Padarias e rotisserias precisam ter um bom sistema de exaustão para garantir o bom funcionamento e a segurança do ambiente
Implementar um sistema de exaustão em uma padaria é essencial para garantir a qualidade do ar, a segurança dos funcionários e clientes, além de manter a higiene e a eficiência operacional. Essas preocupações devem ser levadas ainda mais a sério quando o ambiente está dentro de um supermercado, onde há um tráfego considerável de pessoas e a necessidade de produção imediata para saída de itens próprios.
Os exaustores, muitas vezes subdimensionados ou até mesmo esquecidos, são vitais para manter um ambiente saudável, melhorar a qualidade do produto e garantir a conformidade sanitária. “O processo de panificação produz uma variedade de subprodutos, incluindo calor, vapor, gordura e partículas transportadas pelo ar, como pó de farinha. Sem ventilação adequada, estes elementos podem acumular-se, levando a uma má qualidade do ar”, explicou o consultor técnico de segurança alimentar da ASSERJ, Flávio Graça
A inalação de pó de farinha por longos períodos pode causar problemas respiratórios e agravar doenças como asma. Além disso, o calor e a humidade excessivos podem criar um ambiente de trabalho desconfortável, podendo causar estresse térmico ou desidratação entre os trabalhadores.
Para isso, os sistemas de exaustão eficazes são essenciais para minimizar esses riscos, removendo continuamente os contaminantes e regulando os níveis de temperatura e umidade. Além disso, manter os níveis corretos de temperatura e umidade é crucial para a fermentação da massa, o que afeta diretamente a textura e o sabor dos produtos assados.
A adequação dos sistemas de exaustão faz parte das normas sanitárias e trabalhistas para qualquer instalação de produção de alimentos. Segundo as normas sanitárias todo e qualquer equipamento emissor de calor, fumaça ou vapor instalado na área de preparo de alimentos, deve ser submetido à ação direta de adequada exaustão mecânica, suficientemente dimensionada à emissão dos gases.
“O não cumprimento destas normas e a constatação de temperaturas muito elevadas nas áreas de manipulação pode resultar em sanções e interdições”, alerta o consultor técnico. O subdimensionamento de sistemas de exaustão pode promover uma economia imediata de recursos, mas acarretará prejuízos severos a médio e longo prazo. “Investir num sistema de exaustão de alta qualidade não é apenas uma questão de conformidade sanitária, mas um compromisso com o bem-estar dos funcionários, a satisfação dos clientes e a qualidade dos produtos”, completa Flávio Graça.
Matéria feita em parceria com Flávio Graça, consultor técnico de segurança alimentar da ASSERJ.