Índice de furtos no varejo é o maior em 7 anos, diz estudo

De 2022 para 2023, as perdas aumentaram 6,08%, resultando em um prejuízo de quase 35 bilhões de reais

A Associação Brasileira de Prevenção de Perdas lançou, nesta semana, a 7ª pesquisa Abrappe de Prevenção de Perdas, feita em parceria com a KPMG, e apontou números extraordinários captados pela primeira vez em sete anos. O levantamento foi realizado com as principais empresas do varejo brasileiro, em diversos segmentos.

Segundo os dados da pesquisa, o índice de perdas médio em 2022 foi de 1,48% e subiu para 1,57% em 2023, um aumento de 6,08%, o maior em 7 anos, significando uma perda equivalente a R$ 34.950 bilhões. Este valor representa o percentual de 1,57% sobre as vendas líquidas do varejo em 2023, que foi de R$ 2,23 trilhões.

“Cresce muito a importância do investimento nesta área de prevenção de perdas e na contratação destes profissionais para melhor gestão do estoque e controle dos furtos, pois todas essas consequências diminuem a competitividade tendo reflexo na redução dos lucros e impactando o preço dos produtos para o consumidor”, explicou Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.

No varejo alimentar, o atacarejo, que passou a também oferecer mais serviços, teve suas perdas crescendo em 20,87%; lojas de conveniência chegaram a 25,57% de aumento; lojas de vizinhança com 7,65% e supermercados tradicionais 5,54%.