Grandes oportunidades para o Brasil e o setor de supermercados em 2024
Estabilidade político-econômica, matriz energética limpa e reformas microeconômicas tornam o país atraente para investidores internacionais
Os conflitos no Oriente Médio, a guerra entre Rússia e Ucrânia, e vários outros focos de tensão no exterior ampliam os riscos para os investidores, ao mesmo tempo que abrem uma janela de oportunidades para o Brasil. A instabilidade econômica nos países do Leste Europeu, concorrentes nossos na atração de investimentos, pode reorientar os investimentos para o Brasil e ser uma grande alavanca para o crescimento econômico brasileiro. Dessa forma, teremos desdobramentos de geração de emprego e renda e, consequentemente, com impacto no consumo do varejo e, notadamente, nos supermercados.
De acordo com o economista-chefe da Future Tank e consultor econômico da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), Guilherme Mercês, “outro fator que contribuirá para o crescimento brasileiro diz respeito ao processo de transição energética em que o Brasil está muito bem posicionado. O país já possui matriz energética limpa e o custo da transição será muito menor do que em outras economias”. Mercês acredita que isso será um grande impulsionador de investimentos no país.
O terceiro ponto que contribuirá para o crescimento da economia brasileira maior do que os economistas estão prevendo é que nos últimos anos foram aprovadas várias reformas microeconômicas. Apesar de serem de impacto setorial, não gerando grande repercussão midiática, essas reformas, como, por exemplo, a Lei do Gás, o Marco Legal do Saneamento, entre outras medidas, têm potencial de gerar grandes efeitos na economia, como maior velocidade e intensidade no crescimento este ano.
A performance do estado do Rio de Janeiro no setor de supermercados também sinaliza boas perspectivas. De acordo com os dados do IBGE, as vendas no Rio cresceram 5,5%, em 2023, mais do que o Brasil, que teve aumento de 3,9%. Dessa forma, o Rio de Janeiro foi o 4º estado em que o setor de supermercados mais cresceu, impulsionado pela maior geração de empregos no estado. Nesse contexto, o Brasil e o Rio de Janeiro devem se manter como mercados atrativos ao investimento externo.